Réplica a Dio Vigon

Day 3,622, 09:26 Published in Brazil Norway by Ashavard






Lingua mendax et dolosa,
lingua procax, venenosa,
lingua digna detruncari
et in igne concremari.
- Carmina Burana (117)






Foi por não suportar as mentiras e as dissimulações que assombram este ePaís que este jornal ganhou vida. Desta vez, não poderia ser diferente. Apresento, nas linhas a seguir, resposta ao artigo “Org Pública, Guardiões, quais as reais intenções?”, escrito por Dio Vigon. Trata-se de artigo bem escrito e montado, sem vulgaridades explícitas, ao contrário do que, infelizmente, tem sido recorrente por essas terras. Mas os “apesares” são inúmeros e perigosos:

Os parágrafos iniciais usam uma linguagem empostada como se o autor visse, de cima e quase intangivelmente, os acontecimentos, camuflando o lado muito bem definido ao qual ele se filia. Esse mesmo tom faz-se notar também em seu artigo anterior. É bom deixar isso claro para que o leitor não confunda, por causa de uma técnica de manipulação, a exposição de alguns dados corretos com verdade no todo.

Depois disso, temos parágrafos com algumas explicações básicas em que o leitor minimamente sensato não discordaria. Segue-se a isso a exposição de alguns dados históricos (sejam incompletos ou não). Toda essa objetividade pretende-se transportar para a última fase do artigo, que é apenas uma opinião entre outras que, não bastasse ser inepta a provar qualquer coisa séria, apresenta buracos (o que pode ser justificado ou pela ausência do autor nos últimos meses ou pela falta de honestidade intelectual).



Alguns dos defeitos da opinião: o autor diz que foi ignorado o fato de que “durante todo esse período (dois anos e oito meses) já tivemos governos extremamente divergentes do posicionamento dos guardiões e, mesmo assim, eles se mantiveram corretos em sua função”. Bom, como fala “guardiões” precisamente no plural, ele já não poderia equalizar as conclusões entre uma premissa originária de circunstâncias diferentes com uma premissa atual.

Ainda assim, dizer que isso foi ignorado pressupõe, no autor, uma fé estranha de que pessoas não mudam e que, se não erraram no passado, não errarão nunca mais. Se o autor tem essa fé, é um direito dele, por ser amigo ou colega de quem detém a senha e login da organização. Não se admirem caso eles tentem selecionar apenas jogadores de um grupinho fechado de amigos, parceiros da mesma ideologia que envenena o eBrasil há tempos, para a tarefa de administrar o dinheiro público. Tudo isso para manter a unilateralidade total da situação.

Porém, isso é apenas um aspecto subjetivo. Eu, por outro lado, apresentei, em outra ocasião, aspectos objetivos (falas do atual guardião dizendo que retirar-se-ia do eBrasil se a oposição ganhasse) que, em qualquer pessoa sensata, despertaria o questionamento sobre a integridade do mesmo em cooperar com alguém que pensa de modo contrário, independentemente do partido que esteja filiado. A menos que o guardião nunca houvesse falado isso antes num contexto de vitória da oposição, então é o autor que ignora a visível mudança das circunstâncias. Mais uma vez: faz isso ou por fé ou por desonestidade.



Além disso, não existe conexão lógica entre questionar a honestidade de um terceiro e ter certeza da sua própria. Na verdade, isso só mostra minha coerência: se acho o outro desonesto, é de se esperar que eu tenha o bom senso de ser honesto. Gostaria que o autor explicasse como uma coisa afeta a outra de um ponto de vista de necessidade lógica ou admitisse que isso é apenas uma convenção baseada em falsa modéstia e dissimulação que ele fez em sua cabeça.

Devo informar ao autor (bem como ao mentecapto que deixou comentário a respeito no seu artigo) que, ao escrever o texto, não conferiu algumas informações que colocou no próprio artigo: três horas antes (exatamente quando o relógio marcava 13:08 do dia 19 de outubro de 2017 - fato que pode ser conferido no fórum por qualquer um) do artigo analisado ser publicado, eu removi meu nome das indicações para guardião e coloquei outro, justamente por antever que os senhores, de maneira infantil, usariam isso para travar a discussão.

Ademais, comunico que já possuo recursos necessários para financiar todos os desejos que o eRepublik possa oferecer-me para venda. Acumulei tudo com meu próprio trabalho (não tive, inclusive, nenhum cargo no Executivo por opção própria e jamais me vendi por cargo algum) e assim continuará a ser, de forma que não possuo o mínimo interesse em tocar num centavo do dinheiro público (o qual, infelizmente, é gradativamente declarado como propriedade privada). Soma-se a isso o fato de que eu nunca fui quem, covardemente, disse desertar a própria pátria em caso da minha vitória. Vê-se, nesse momento, que o autor se preocupa mais em usar um ad hominem que formular um argumento sério, distorcendo a discussão de ponta cabeça, ao afirmar que a pessoa que deseja maior segurança dos recursos nacionais é aquela que os quer para si. Isso nem precisaria ser dito quando se considera o que foi dito no parágrafo anterior.

Se o autor, que não me conhecia até então e retornou há menos de 48 horas ao jogo já tem, isso não mostra que sou ou que desejo ser um ladrão (acusação da qual não possui a mínima prova e nunca possuirá, em evidência de que é impossível provar o que não existe), mas sim que ele é enganador, precipitado, afoito, desonesto, extremamente tendencioso, manipulador, dissimulado, caluniador e inepto (apenas para citar algumas das "qualidades" que deixou transparecer em seu artigo). Aliás, não seria de se surpreender que quem consegue, com tanta inventividade e e em menos de 48 horas de retorno, acusar outro que sequer conhece de X, torne-se, ao final, o objeto de sua própria acusação ou possua tal intenção. Eis alguns dos perigos em que a comunidade corre ao acreditar num cidadão como esse.



Por fim, corrijo também a má-fé argumentativa do autor, quando este diz que outros congressistas estão sendo intimidados. Seria indispensável que, para sustentar uma acusação do tipo, o autor apresentasse provas de intimidação. Já que não apresenta prova alguma (coisa que deixa de fazer durante todo o artigo, o qual se sustenta em meros delírios e em dissimulações), analisaremos, nós mesmos, todas as possibilidades: Se o autor chama de intimidação a postagem de mensagens no mural de notícias do ePaís, deve lembrar que ambos os grupos (os que votaram pelo SIM e os que votaram pelo NÃO) pronunciaram-se livremente e pediram votos conforme sua orientação.

Se, todavia, o autor chama de intimidação comentários feitos em artigos, devo lembrá-lo que comentários do grupo que me faz oposição é o que mais abunda em meus artigos, mesmo com os mais variados insultos e, nem por isso, considero-os intimidação. Ao contrário.

Se, na última hipótese, o autor considera que a intimidação feita aos congressistas que votaram SIM deu-se através de ameaças, eu respondo de forma simples e direta: não apenas não houve ameaça alguma como, ao contrário, foi o grupo de jogadores afeitos ao autor do artigo aqui analisado que proferiu ameaças: não somente falavam da possibilidade de golpe (ora a ser promovido por eles mesmos, ora a ser promovido por terceiros), como insinuavam (e alguns, como Bonna e o atual guardião, Nino Stradivarius, diziam de forma clara) que não lutariam pelo eBrasil em caso de golpe e que apenas quem votou NÃO deveria lutar sozinho.

De toda forma, é mais ainda estranho quando o autor de intimidação dos congressistas quando estes mesmos estão publicando e defendendo de forma aberta suas posições. Talvez porque foi uma tentativa fraquíssima de intimidação ou, o que é verdade, nunca houve intimidação alguma partindo de nós.

Nesse ponto, é bom deixar bem explícito que toda intimidação e todo jogo baixo partiram do grupo de pessoas que Dio Vigon apoia (e, ao contrário dele, eu provo o que digo):

Comentário deixado por Bonna em uma das publicações que pediam o voto pelo NÃO - repare, com ajuda das setas, que o link deixado, se reproduzido no navegador, abre a imagem com meu comentário (o retângulo vermelho é original do screenshot do Bonna, não nosso).



Abaixo, vejam mais uma das pérolas proferidas pelo atual guardião, o qual (não satisfeito em, anteriormente, já ter exposto sua covardia e falta de integridade para ocupar a função que ocupa) repete que não lutaria pelo eBrasil, nem mesmo para proteger os nossos recursos:



E já que estamos falando em intimidação, encerro com a imagem abaixo, retirada do meu artigo "Prenúncio de um Novo Tempo". Agradeço, mais uma vez, ao autor do comentário, por, com simples palavras, provar tudo que lá estava escrito e tudo que tenho dito sobre seu caráter.



Essas são as pessoas que fazem parte do grupo que, não apenas tendo apoiado um golpe ditatorial por meses que retirou o direito de voto (o mesmo usado tanto pelo SIM como pelo NÃO, importante lembrar) como o gold das medalhas de congressistas (caso algum congressista importe-se com isso), pede agora sua confiança. Se vocês desejam entregar o destino da nação nas mãos de pessoas que mentem, intimidam, dissimulam, traem e acovardam-se, sigam em frente.

Essas são as pessoas que hoje elogiam os congressistas que votaram pelo SIM, mas que, não demorará, os passarão para trás na primeira oportunidade que tiverem. Se pretendem fechar os olhos para essas raposas velhas que objetivam transformar cada um em instrumento, é um direito de vocês. Felizmente, não dependo do governo para absolutamente coisa alguma. Todos meus projetos e êxitos começaram e continuam com ou sem governo. O que tenho feito (e que volto a fazer com as palavras deste artigo) é deixar claro que vocês possuem o poder para deixar tudo do jeito que está ou para tornar o eBrasil uma sociedade mais aberta, correta e próspera.



Concluo: o autor encerra seu artigo clamando por objetividade, mas, como já vimos, é objetividade o que mais cai em escassez em seu texto sobremodo especulativo. Não fosse o bastante, o autor lança uma conspiração infundada contra este que escreve a presente resposta.

Depois de amanhã, completo exatos cinco meses de jogo, e asseguro que disponho de mais integridade que meus acusadores, pois a compleição moral precede e transcende regras de jogo de browser: ela vem, inevitavelmente, da vida real. E contra isso não podem argumentar com a futilidade do tempo gasto in-game.

Inclusive, o autor, que se baseia em meu tempo de jogo para argumentar que não tenho competência administrativa e política, admite, em outra parte do seu artigo, a hipótese de que eu posso ser uma "reencarnação". Ou seja, nem ele mesmo consegue levar a sério a base de seu argumento (tempo de jogo), a qual, devo dizer, não diz nada com nada. Ele ainda poderia argumentar sobre minha capacidade, mas não esteve, até anteontem, presente durante todo o tempo em que estive aqui. Apenas deseja ofender não só a mim, como aos noventa e seis que acreditaram em minha capacidade na eleição anterior.

Mas, considerando que todo o artigo do Dio Vigon não esteja repleto de falsidade e de mentiras, retiro sua preocupação (na verdade, me parece que a única preocupação que possui é que seus amigos percam o poder que, há tempos, seguram nos dentes amarelos) que pretende fingir ter, renuncio a qualquer indicação do meu nome para guardião dos recursos nacionais enquanto o eBrasil existir.

Deixo aqui essa palavra por escrito, acompanhada com a grande satisfação e a límpida consciência de que o voto pelo NÃO foi altamente benéfico para o eBrasil: a discussão moveu-se com muito mais celeridade. Foi graças ao NÃO (orgulhem-se!) que muitos foram arrancados do comodismo e do egoísmo torpes em que se encontravam. Mais certezas foram abaladas e mais máscaras caíram.

Aos que desejarem participar com mais afinco das discussões e conferir minha opinião com maiores detalhes, clique aqui.











Atenciosamente aos caríssimos eCidadãos,

Ereschkigal.