Quem é de terra, que fique na areia... mar brabo não respeita rei!

Day 1,631, 05:02 Published in Brazil Brazil by Varnhagen
Meus caros amigos,

Diz o velho ditado que “há males que vem para bem” e, por mais que isso possa parecer uma “muleta”, é mais certo que medida de miss. Poderia desfiar aqui vários casos que corroboram esse ditado mas, como ninguém aqui é muito prejudicado nas faculdades mentais –há controvérsias!- sinto ser desnecessário. O negócio, claro e translúcido, é que aprendemos, às vezes, mais com as pauladas que com os afagos. Não. Às vezes, não. Sempre.

A Petroleira, por exemplo. Antes, é necessário um toque para os mais novos: a Petroleira é o apelido carinhoso cunhado por membros de um dado partido para a ANP. No deboche, ligaram a Aliança Nacional Progressista à Agencia Nacional do Petróleo. E, como sói acontecer em Minas, nos apropriamos do apelido e o tratamos a pires de leite. Ou leite com pera, como querem os fãs do Away. Mas voltemos ao assunto do artigo, sob pena de nos perdermos nessa conversa fiada...

A Petroleira vinha, a tempos, dando sinais de cansaço. Na opinião de muitos, não resistiríamos às novas legendas, essas, segundo muitos, prenhes de vitalidade e, mais importante, com grande apelo sobre os novos jogadores. Nomes bonitos ou sugestivos, ligações com MU’s muito bem batizadas e posturas mais radicais e incisivas decretariam, na opinião de muitos, a morte da velha Barca.

E, num mês desses, caímos para a sexta posição no Top 10 dos partidos, o que nos impede de lançar candidatos ao legislativo do jogo. Bom, cair para sexto, como dizia o velho Machado, é melhor que cair do quinto andar. E, na condição não mais de protagonistas, o que se esperava era que a Petroleira afundasse como um Titanic, fizesse água por todos os cantos e fosse descansar no limbo dos partidos “destronados”.

Ledo e Ivo engano, como dizem os puristas. Fora dos holofotes, a ANP, ao invés de naufragar, começou a ajustar a direção. Mexidas aqui, mexidas ali, discussões e mais e mais discussões acabaram por manter a chama da velha Barca acesa. E, mesmo fora da cena principal, para espanto de muitos de nossos “miguxos”, estávamos com mais saúde do que se esperava. E, nessa situação, ao invés de sucumbirmos, crescemos. E nos aproximamos, cada dia que passa, de voltar ao top 5 dos partidos do eBrasil.

A lição que ficou –e fica, é que em determinados momentos de nossa trajetória, seja no jogo, seja no Real Life, as coisas não são, de fato, tão coloridas como às vezes queremos. Mas, insisto, são necessárias. A cada um sua Noite Escura, como queria San Juan de La Cruz, grande místico católico, conhecido como o Doutor do Tudo e do Nada... E o que fazer? Aprender com a adversidade, fazer de limões boas limonadas e não perder o ânimo nem a força de vontade e, mais que tudo, perceber os erros, as omissões, o que deu errado e recomeçar. É o que estamos, de fato, fazendo. E é o que tem dado uma alegria danada aos “petroleiros”, novos ou velhos de guerra...

Um abraço, ex cordis,
Varnhagen, aka Mahdi