Quem ainda suporta a política?

Day 3,512, 13:58 Published in Brazil Norway by Ashavard

Seguindo a média do perfil participativo dos jogadores e dos assuntos tratados pelas matérias jornalísticas e sua respectiva repercussão, constatamos que o módulo político tende a ocupar posições mais rebaixadas em relação aos demais. Ou, ao menos, mais rebaixada do que deveria ser.
Sem ter pretensões enciclopédicas, o presente artigo trata, portanto, da relevância do módulo político de forma a deixar claro seus impactos na jornada de cada eCidadão, independentemente da orientação a que exerçam sua preferência. Por essa razão, apesar de estar principalmente direcionado a membros recém-ingressos nesta comunidade, estas palavras poderão, igualmente, ser de utilidade aos veteranos como um sopro fresco de motivação para implementarem seus feitos políticos.

A primeira notável extensão dos efeitos da política reúne-se na economia.



Sobre todos os recursos que, com tanto esforço, você tem conseguido concentrar, temo dizer: não é algo estabelecido unicamente por sua vontade individual. O fluxo econômico é bastante influenciável pelas decisões tomadas pelos representantes e líderes de um ePaís. Os exemplos práticos vão desde a apresentação de leis sobre o salário mínimo até a estipulação de impostos. Seja ao trabalhar para um empregador ou como gerente em suas próprias empresas, seja mesmo ao colher o trabalho de funcionários contratados por você ou ao expor mercadorias à venda no mercado, verá que há dedução de impostos em todos esses casos. Algo que, na nossa experiência real, corresponde mais ou menos ao que temos de IR, ICMS e ISS.
O que parece ser um valor irrisório tende a ser um verdadeiro obstáculo na sua percepção de lucro com o tempo, especialmente quando ainda se dispõe de poucos recursos, os quais são reduzidos pelo eGoverno para, dentre outras coisas, promover guerras que podem não ser do interesse do jogador iniciante.
Do mesmo modo, a política monetária do Estado altera o ritmo mercadológico. A emissão de moeda acompanhada de más decisões pode gerar uma desproporção entre o valor da moeda nacional e o gold. Além disso, não existe muita garantia quanto à destinação dos recursos arrecadados: eles podem ser investidos na melhoria do ePaís ou podem acabar esquecidos no bolso de alguém!

A segunda onda de efeitos da política dá-se no campo das relações internacionais.



Antes das armas e do ouro, a primeira coisa que se conhece de um ePaís é seu respeito e prestígio na comunidade internacional. A atividade diplomática é uma das camadas mais densas de integração do eRepublik e pode auxiliar em diversas questões. Exemplificativamente: formação de alianças; tratados entre países; e negociações não-oficiais.
A existência de múltiplas nações soberanas não é apenas uma mera condição de jogabilidade e interação. Isso porque não são apenas empresas e guerreiros que competem entre si. Países também! E sequer adentramos nos aspectos militares para encabeçar essa conclusão. É que, quando a política de um local é bem desempenhada, ela tende a projetar a satisfação dos seus habitantes para além de suas fronteiras e despertar a atenção de membros da comunidade internacional, os quais, atraídos pelas perspectivas de crescimento e estabilidade, migram de região.
Mas falar de migração implica em outro ponto relevante nas relações internacionais que, no entanto, não recebe tanto destaque na mídia brasileira: a concessão de cidadania. Essa decisão cabe aos líderes, quer aqueles eleitos pelo povo, quer aqueles que ascenderam ao poder por golpe. Tal ferramenta tem o potencial de ser empregada para aproximar povos e culturas diferentes, como também pode ser o princípio do fim de uma eNação. Trago, a exemplo disso, o caso austríaco: desde algum tempo há acusações no sentido que membros do governo austríaco de determinada etnia facilitam deliberadamente a emissão de passaportes para aliados de outras nacionalidades com o objetivo de promover uma conquista de dentro para fora (ocupação dos assentos políticos; lideranças partidárias; tomadas de comandos militares; etc), tendo como resultado final a implosão do ePaís, que passa a ser apenas uma espécie de colônia de determinado grupo.

Por fim, o terceiro maior aspecto e, possivelmente, o mais visado pela comunidade diz respeito às sangrentas guerras!



Aqui o raciocínio é ainda mais acessível: para lutar é preciso energia e armas, o que é obtido por meio do mercado ou da produção própria de cada eCidadão, aumentando a demanda e estimulando a fabricação e a circulação de mercadorias e serviços.
As guerras constituem decisão eminentemente política, embora haja a opção de promover conflitos armados privados, como é o caso das guerras de resistência. A diferença decisiva é que na inciativa bélica privada não há garantia de retorno e os fundos investidos podem, eventualmente, ser perdidos. Ao passo que a guerra por iniciativa pública é - com vistas à proporção de recursos a cada participante - infinitamente mais módica.
Como visto no artigo anterior deste jornal, em que falávamos do caso britânico, as guerras nem sempre são "reais", facultada a possibilidade de guerras de treino entre dois ou mais países (o que tem sido praticado pela eDinamarca, eSuécia e eAlemanha, bem como pela eNoruega e eFinlândia), onde as negociações políticas não-oficiais ganham peso inquestionável. A vantagem disso é que, além de oferecer aos combatentes ocupação, crescimento e melhoria das estrategias militares, as batalhas(de treino ou não) são fontes de lucros diretos: as medalhas, que acompanham prêmios em gold ou em moeda nacional.

Para além de tudo que tratamos até aqui, não nos é permitido encerrar o artigo sem sustentar que o módulo político é um excelente fator de comunhão entre todos nós, a despeito de nossas eventuais divergências em idéias, preferências, origens e talentos. É comparável a pequenos encontros casuais em um bar, se bem utilizada.





Mesmo que, por vezes, nem tudo seja tão pacífico quando se trata de política...














Atenciosamente aos caríssimos leitores,

Ereschkigal.