Manifesto: A Lição dos Sovietes, Promiscuidade Militar e Transparência como Arma

Day 2,009, 17:06 Published in Portugal Portugal by Julio de Matos

Um corpo sem capacidade de coordenar os seus órgãos definha, e morre.
Da mesma forma uma luta política que não organiza as suas bases está condenada ao fracasso.

A tradição do organizar de congressos é uma das armas mais potentes ao dispor do Partido Comunista ePortuguês, mas não chega.
O passo mais óbvio para um partido construído sobre ideais de unidade na luta é a partilha de informações e a partilha de pontos de vista que afectam o país como um todo - sendo o mais premente a nossa relação com o invasor.

É inocente pensar-se no wipe como o resolver dos problemas políticos do país. As chagas continuarão a infectar a população com ideais de ruptura e o constante fabrico de ruído para esconder os verdadeiros problemas: eles próprios.

O meu apelo pessoal enquanto veraneante e recém-chegado membro do PCeP é o distanciar de intrigas concentrando todo o seu poder intelectual em ideias para o melhorar do país.


Só concentrando o seu esforço em causas comuns é
que o Partido Comunista ePortuguês poderá gabar-se de
ser a mão que protege a nação da promiscuidade política


Expliquei há tempos que constantes pedidos de uma união é discurso demagogo.
O que é necessário acima de tudo é apostar na gestão de esforço em projectos de interesse.

A concentração do esforço político no congresso pode e deve ser feita através da canalização de informações num grupo, numa organização capaz de responder aos anseios do partido ao qual chamo de sovietes.
A resposta e debate a uma só voz evita que aconteça uma de três coisas: agir sem conhecimento, opinar sem conhecimento de causa e treinar novos congressistas na luta. O grupo partilha informação e pontos de vista antes de depositar o voto numa medida incapaz de gerar consenso.



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SE A DESINFORMAÇÃO É/VEM DE UMA ARMA, A INFORMAÇÃO É ARMA E MEIA
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A promiscuidade entre Military Units e partidos, como é o caso dos SPA, dos Rebeldes e das antigas FARP é mais do que sabida. No entanto como toda a gente e o seu primo se encontra numa MU, o debate em torno desta questão tornou-se tabu. Um pano feito de retalho de opiniões contra, a favor ou que teima em desviar o discurso como forma de ganhar argumentos.

Dessa forma congratulo também o Partido Comunista ePortuguês por virar o rabo à sardinha: em vez de se tornar o braço político de uma MU, tornou uma MU no braço militar do partido. O que pessoalmente considero uma arma de recrutamento fantástica.

Em termos políticos e deixando de parte os assuntos militares, creio que o papel do PCeP pode ser levado mais longe: a divulgação incondicional de informação ao público.

Qual?

A informação de voto, a divulgação de tendências políticas (como posturas sobre guerras, alianças e estruturas estatais), a informação militar e até informação internacional graças à rede alargada de contactos entre partidos de extrema-esquerda.

O que considero mais importante é deixar de apostar nos relatórios de um representante central do congresso para apostar na criação de relatórios semanais dos trabalhos efectuados pelo PCeP.
A tomada de posições claras ajuda todos os cidadãos a formular ideias sobre o partido em vez de especular com base em rumores muitas das vezes lançados por uma oposição de vão de escada.

A saber: Um congressista pedir transparência ao governo quando a sua actuação ao longo do mandato é um mistério, é exigir que a cabra dê leite sem se esforçar por lhe apertar os tetos.
Fica aqui a imagem mental


Deixo desde já estes temas para reflexão tanto da população como dos membros do partido que poderão comparecer no XXV Congresso, uma reunião que desejo que se torne mais rica.

O melhor candidato do mundo na minha opinião,
Julio, o Dildo Humano