Julio e o país do Faz-de-Conta

Day 623, 01:52 Published in Portugal Portugal by Julio de Matos

Portugueses,

Sinto-me envergonhado.

O PeNICO, de todos os seus benefícios, criou um prego para o caixão ePortuguês. O laxismo.

Outrora um país em que a praça pública era uma arena de ideias e conflitos ideológicos, hoje pervalece a preguiça do plano em cima do joelho e a mediania do debate barato.

O á-vontade do PDA e a desconcertação da oposição só podem e só serão combatidos com uma mão pesada. Com uma mão polémica e crítica.

Com uma mão que cumpre o seu papel. Fazer.

Os meses sucessivos do jogo da corda entre a Coligação e o PPS vão e têm de acabar. Ou uma toma uma postura diferente da outra, ou terá de se introduzir uma nova equação no jogo político/partidário.

Eu, por necessidade política e social de me sentir adaptado, terei de desempenhar mais um papel na vida activa ePortuguesa.

Ainda ontem não soube responder a um novato.

"Em quem me recomendas que vote nas próximas presidenciais?"

Em que recomendam que vote nas próximas presidenciais?

Eu até agora só vi o Judazs, com o seu activismo político/económico/social/religioso/ sendo a única alternativa que possa justificar, caso o novato me pergunte "Porquê?".

Coligação? Estratégias por apresentar. Atitude de vitória, não necessita de apresentar medidas.

PPS? Estratégias por apresentar. Atitude de derrotismo, necessita mas pensa que não vale a pena apresentar medidas.

PRD? Estratégias por apresentar. Atitude de............

Estamos no dia 4, dia de reflexão, que por necessidade de apresentação para as presidenciais, os candidatos principais vão outra vez quebrar os protocolos de cortesia que nos distingue de um país democrático de um país preguiçoso.

ePortugal, mais do que nunca, necessita de um esticão em qualquer sentido. Qualquer um.

Encaixem que ePortugal não necessita de medidas, discursos e partidos centristas!

Com esta dissertação encerro a página de críticas, para passar à acção.

Escolho o dia 4, dia em que deveria haver uma viragem democrática (mas não a há), para anunciar que me vou candidatar à presidência do PReC.

Um partido ligado a máquinas, desde a saída de cena dos seus actores e pensadores, necessita da "Máquina Votadeira" (sic) para se manter vivo, não se apercebendo que está a morrer lentamente. E se se apercebeu, não faz nada, pois dá trabalho.

Não tenho medo do trabalho, nem de mostrar os meus ideais de esquerda, nem o meu rumo para o país.

Chegou a altura do militante do PReC escolher lados.

Ou escolhem manter a sucessão de líderes, começado pelo hideway e acabado pelo Arbus, os quais não se ouvem, não falam e mal escutam, ou escolhem a Revolução dentro, para fora do partido. O PReC está preso no tempo. De momento, só EU posso soltá-lo das suas grilhetas dogmáticas para servir o interesse do trabalhador.

O PReC esqueceu-se sucessivamente do seu papel enquanto partido do trabalhador. Esqueceu-se, consoante o avançar da simbiose com o PDA, que é um partido de extrema-esquerda, um partido de mudança, de combate à nova-burguesia.
Esqueceu-se que é um partido que defende a constante (r)evolução da sociedade.

A quebra das amarras da coligação será o primeiro passo a dar. O Partido Revolucionário eComunista não pode manter ideológicamente agarrado a um partido que não toma uma atitude activa em todos os sectores do mercado.

Durante os próximos dias defenderei a minha posição enquanto candidato.

O tempo de escolha é agora!

Julio de Matos,
Candidato ao PReC
Revolution Within





"And after all, your pigs are far more intelligent than the other animals, and therefore the best qualified to run the farm — in fact, there couldn’t have been an Animal Farm without them: so that what was needed (someone might argue), was not more communism but more public-spirited pigs. "

Carta de T. S. Elliot a George Orwell, 13 de Julho de 1944