Kush - Apostas políticas

Day 1,896, 11:59 Published in Brazil Brazil by Kush

“Salve, salve gatinhas! Salve, salve rapaziada!”
Kleber Atalla

Sobral (CE), Araraquara (SP), Itapitanga (BA), Camocim (CE) e Itabaiana (SE), são algumas das regiões brasileiras da RL que fazem apostas políticas. E foi pensando nisso que iniciei o presente artigo; não propriamente para instigar a população a tirar o gold do bolso, mas essencialmente para dar meus palpites sobre os partidos que temos hoje no Brasil erepublikano.

Lembrando que a análise aqui proposta não se impõe como verdade absoluta. É apenas uma maneira de fomentar o debate sadio, e porque não, ver a tropa de choque de cada partido defender o seu quinhão : )

Lembrando também que as "apostas" a que me refiro não se restringem ao mês vigente ou à próxima eleição presidencial, e sim a longo prazo.



Vamos lá:

Top 1 – ARENA
Breve histórico: Esse partido provém da união entre ANP (Agência Nacional do Petróleo [sic], Aliança Nacional Progressista) e ARES (Aliança Republicana E Socialista, fundado em meados de 1351), e fundidos em meados de 1710. Dois partidos da extinta Coligação (ANP, ARES, PERSONA, PM e PIL [este nem sempre]).

ANP era reconhecidamente um partido de jogadores mais velhos, e que tinha dificuldades para atrair e manter novatos.
Por outro lado o ARES era reconhecido pela jovialidade do quadro partidário, muito disso se deve à atuação do Mr eLego na época, que convidava os novinhos para o partido. O malefício disso era agregar os 2-clicks, inflar numericamente e não manter uma equivalência entre o porte e a qualidade política dos jogadores.
É bem verdade que o ARES detinha de membros competentes e que se envolviam na política, entretanto, o número era substancialmente diminuto e mesmo as estrelas do partido demandavam maiores esforços internamente, estereótipo de quase-anônimo.

Era de se esperar que essa união abalasse as estruturas políticas nacionais, experiência + novatos em um só lugar. Contudo, o tempo demonstrou que a fórmula mágica saiu às avessas. Despropositadamente, ao invés de unirem o melhor de cada um, continuaram atraindo novatos e os dinossauros transmitiram a forte apatia aos demais.

O que se vê é um partido que guarda a experiência para si. Com enorme potencial, se a gestão sofrer reformulações, ainda pode ser um grandioso partido, até lá minhas apostas não vão para o ARENA, excepcionalmente pelo discurso que propagam.

Ou seja, a estirpe, de ambos os lados, demonstra um “discurso anti”, que é o de crescer contrário a alguma coisa. Neste caso, a “panela” é o estado antagônico deste partido.




Top 2 – SPARTA
Após a quebra/queda do PERSONA, um grupo formou o Freemasons, e outro criou o PICA. A maior parte daqueles que criaram o Freemasons uniram-se com o Nova Ordem, em meados de 1791.

O PERSONA teve relações de amor, e também de ódio com o ARES.



Na relação de amor parece-me ter adquirido o gosto pelos novinhos (é tudo pedo nesse jogo), e começou a inflar.

Era um partido promissor, pregava pela diversão e detinha de gamers carismáticos como Kongha, Sivanildo e Sidinelson. Um dos maiores problemas iniciais, ao meu ver, foi a influência de uma unidade militar diretamente na administração, não por uma nem duas pessoas, mas várias. E aqui eu tenho minha enorme parcela de culpa. O discurso ‘for lulz’ foi levado ao extremo, e o poder de voto confundido com o poder político.

Em seguida, surgiu roupa suja, mas ela foi lavada lá dentro mesmo. Foi uma época em que me mantive 2-cliques, e cansado criei o Freemasons, meados de 1610, juntamente com grandes amigos.

O PERSONA continuou de pé, e a roupa suja também, ao ponto em que outro grupo também resolveu sair de lá, criando o PICA (auge em meados de 1735).

A saída em massa fez o PERSONA declinar, e apesar dos esforços daqueles que se mantiveram, o partido não esteve mais sob os holofotes como outrora. Por este motivo minha aposta também não vai para este partido, que tornou-se obsoleto e estagnado. Impotente diante da criação de vários outros pequenos partidos, manteve-se em declínio constante, até a atual estabilização, porém, abaixo da média esperada.

Posso dizer que foi um excelente partido, mas pecou em amadorismo, falta de visão e organização. O que demonstra: a brincadeira por si só não é suficiente para tocar o Brasil.

Quanto ao SPARTA, propriamente dito, acompanhei apenas o início da trajetória, quando ainda eram Freemasons. E pouco ou quase nada posso dizer sobre como andam as coisas hoje em dia, posto que mantém-se sob um silêncio resoluto, e quase nunca intervém em qualquer cenário. O substrato do partido parece-me composto essencialmente por novatos, e a maioria destes mais engajados na questão militar e desenvolvimento pessoal também nessa área.

O que torna o SPARTA um partido com função social latente, mas que ainda não se preocupou muito com planejamento futuro e formação política de seus membros. Apesar de lançarem congressistas e por vezes alguns destes ocuparem cargos como da Comissão de Cidadanias, observa-se que poucos desenvolveram atividades governamentais. Nasceram poucos ministros, poucos auxiliares, e até agora nenhum presidente, o que me faz crer que a sensatez do grupo os fará aguardar um bom tempo até lançar algum presidente.




Top 3 – ODIN
Criado em 28 de maio de 2010, é um dos partidos de maior longevidade no Brasil. Substancialmente conservador e tradicionalista é todo baseado na estrutura do próprio jogo, mantendo ao longo dos anos uma trajetória consolidada na competência, trabalho e dedicação.

Sou suspeito para falar, e reconheço. Nem só de louros é marcada essa história. O partido recebe antipatia e farpas de integrantes de diversos outros partidos, em especial decorrente do que denomino de “Era Troll”, na qual os jogadores do ODIN não perdoavam ninguém, e nessa de “perco o amigo, mas não perco a piada”, muitos amigos foram perdidos, e potenciais amigos também.

Foi e é um partido considerado panela, ou seja, aqueles que ditam as regras do jogo. Concordo em partes, uma vez que os maiores destaques da política brasileira encontram-se aqui ou passaram por aqui. Detém de longe o material humano mais renomado e capacitado para tocar o Brasil. Obviamente essa assertiva receberá contestações variadas nos comentários deste artigo (caso alguém leia isso aqui). Mas a verdade é tal como a luz do sol.

Uma das minhas apostas evidentemente é o ODIN. Carta coringa do baralho, foi, e sem dúvida ainda será mais algumas vezes a salvação em momentos de crise.

Contudo, o partido precisa manter o cuidado em alguns aspectos: dentre eles a postura mais serena, evitando trollagens desnecessárias, tal como vem fazendo; bem como captar estrelas latentes que surjam no Brasil, novatos ou não. E demonstrar que apesar da tradição e conservadorismo é uma organização amiga, fraterna, receptiva e com inigualável potencial de formar políticos, sem preconceito com o histórico do cidadão postulante.

Aqui posso manifestar experiência própria: em um mês de partido galguei à Asgard (Conselho), fui Eminente Vali (vice presidente de partido) e cumprindo mandato de Royal Huskarl (congressista oficial) pela segunda vez. Ou seja, é um partido que reconhece o esforço e dedicação (mérito) de seus membros, zelando pelo desenvolvimento dos mesmos.

Não fosse o suficiente, é um partido com várias qualidades, e que não me compete arrolar aqui.
Sugiro a leitura:
http://www.erepublik.com/pt/article/-odin-artigo-inaugural-2021864/1/20
http://www.erepublik.com/pt/newspaper/manuscrito-de-odin1-273245/1
http://wiki.erepublik.com/index.php/Livro_de_ODIN/Portugues_Brasileiro




Top 4 – Partido Militar
Outro partido tradicional e conservador, dotado de uma engenharia social de causar inveja. Parece, aos meus olhos se esforçar em uma adaptação da RL em cima do jogo, mantendo sistema de patentes e hierarquia militar, além de um rico material histórico.

É discreto por excelência, e por conta dessa discrição, no passado sofreu apuros, inclusive agraciado com a alcunha de Partido Morto. Passou também por turbulências e rixas internas, mas soube contornar e manter-se de pé.

Hoje é uma das minhas apostas, em especial pelo roleplay militar que atrai muitos jovens erepublikanos. Além de ter, igualmente ao ODIN, um compromisso com a nação.

Parece-me, por outro lado, que a discrição do partido pode causar a “morte” novamente, sobretudo na condição de não conseguir angariar jogadores e manter o top5.




Top 5 – Thunder
O top 5 é fechado então pelo partido Thunder. O braço político da unidade militar CAT. Ou seria o CAT o braço armado do Thunder? Em minha singela opinião, a primeira assertiva prevalece, inclusive por ser palavras dos próprios jogadores de lá.

Esse partido deriva da união entre Humanitas e PICA. Humanitas foi o partido fundado, idealizado e desenvolvido por uma das figuras demonizadas do Novo Mundo: El Manolito/ Mr eLego, já citado no começo deste artigo.
Há inclusive artigos que demonstram a similitude entre o antigo e finado ARES e o igualmente finado Humanitas. Os artigos você pode ver no Bundas, da MAV (Art. 1 e Art. 2)

Detém de uma política relativamente nova, e acredito que a veia militar dos jogadores ali presentes é muito mais forte do que a veia política. Contudo, os chefões da milícia devem desenvolver um trabalho semelhante ao de olheiros, aguardando que algum dos membros desponte politicamente, e possam então trabalhar isso. A princípio, os mais politizados não “sujam as mãos” diretamente, de forma que mantém-se limpos atrás de um escudo, como é o caso do Bonna e PH.

Outros, entretanto, são mais jovens, e começam a ser moldados conforme a necessidade do partido/milícia. É o caso que vejo no ursinho Mistgun.

O Thunder é um partido que eu apostaria, principalmente se tiver a postura de tentar se adequar ao resto do Brasil inteiro, e tentar mudar as regras por dentro, ao invés de simplesmente deturpá-las e não segui-las. Por ser um partido de oposição, tem muito o que agregar na história brasileira, caso faça as escolhas corretas. Por outro viés, pode ser um grupo destrutivo caso impere a indisciplina e rebeldia. Dada essa instabilidade inicial, eu aguardo, e reservo minhas apostas. Ainda não é hora.




É isso, este primeiro artigo trata do Top 5, e das apostas que faria em cada um deles.
Em seguida talvez publique um artigo sobre a segunda metade do top 10