Entrevista: Pedro Álvares Cabral

Day 5,792, 16:01 Published in Brazil Brazil by Rafael Lemann

Caros amigos,

Hoje trago a vocês um papo com o homem (ir)responsável pelo descobrimento do nosso país! Pedro Álvares Cabral topou conceder uma entrevista para o meu humilde jornal que normalmente só fica ativo no evento de fazer spam de comentários. Espero que curtam!





1. Olá Pedrinho, obrigado por nos conceder essa entrevista. Como alguém que viveu há vários séculos se sente vendo os avanços da tecnologia que nos permitem fazer perguntas idiotas para pessoas importantes do passado?

— Olá, é um prazer estar aqui. Eu acho tudo isso impressionante É incrível pensar que há 500 anos eu não teria como falar com alguém do futuro. Agora, posso responder a perguntas de pessoas de todo o mundo, mesmo que elas sejam idiotas. Eu me imagino sendo bombardeado com perguntas como "Qual é o seu signo?" ou "O que você acha do novo álbum do Justin Bieber?". Mas é bom ver que as pessoas ainda estão curiosas sobre o passado.

2. Bem, não posso dar sequência a essa entrevista sem ter essa informação crucial para nossos leitores, o que o descobridor do Brasil acha do novo album do Justin Bieber?

— Não sou um grande fã de música pop. Eu prefiro ouvir música clássica ou folclórica portuguesa. Mas, para ser sincero, eu achei o novo álbum do Justin Bieber um pouco... meh. As músicas são todas muito parecidas, e Justin Bieber parece estar cantando no piloto automático. Acho que ele poderia fazer muito melhor.

3. O que é mais fácil? Errar o caminho das Índias e se deparar com um novo continente ou ouvir as músicas do álbum do início ao fim?

— Depende de como você define "fácil". Errar o caminho das Índias e se deparar com um novo continente é, sem dúvida, uma experiência incrível. Mas também é um desafio. Você precisa ser um navegador experiente e ter um pouco de sorte para chegar a um lugar que ninguém nunca viu antes.

Ouvir as músicas do álbum do início ao fim é, na verdade, uma tarefa muito mais fácil. Você só precisa apertar o botão "play" e deixar a música tocar. Você não precisa se preocupar em encontrar um novo continente ou navegar por um oceano desconhecido.

Nota do entrevistador: P.A. pareceu um pouco ofendido com a pergunta e assumiu semblante mais sério, por isso achei por bem mudar a direção da conversa.



4. Compreendo. E como diabos um navegador experiente conseguiu sair tanto do seu rumo a ponto de literalmente ir para o lado oposto do planeta?

— Olha, eu não sou nenhum navegador amador, mas também não sou um GPS. Eu estava indo para as Índias, mas a tempestade foi tão forte que me jogou pro outro lado do mundo. Foi mal, a culpa não foi minha. Mas, se você me perguntar, acho que a tempestade foi um sinal. O Brasil era um lugar especial, e eu estava destinado a encontrá-lo.

Ou, quem sabe, foi só um erro de cálculo.

5. Ok vamos fingir que foi só um erro de cálculo. Vamos focar na viagem. Como você descreveria o aroma das embarcações após algumas semanas em alto mar?

— Não era dos melhores. Era um misto de suor, comida podre, e o cheiro do próprio mar. Depois de algumas semanas, as embarcações ficam cheias de gente, e o cheiro fica cada vez pior. A gente nem ligava muito pois estava ocupado demais tentando sobreviver à viagem.

O cheiro era um símbolo da nossa aventura, da descoberta, do desconhecido. E, hoje, eu até que tenho saudade daquele cheiro. Ele me lembra de uma época de grandes desafios, mas também de grandes conquistas. Agora, se você está procurando um cheiro agradável, eu recomendo que você fique em terra firme.

6. O que acontecia com quem peidava mais fedorento durante a viagem?

— Quem peidava mais fedorento era chamado de "mestre do vento". E como você pode imaginar, esse título não era muito popular. O mestre do vento era frequentemente ridicularizado pelos outros tripulantes. Ele era chamado de nomes feios, e até mesmo era evitado por algumas pessoas.

Porém, o mestre do vento também era respeitado por alguns. Eles acreditavam que ele era um homem de sorte. Diziam que, se você peidasse um peido fedorento o suficiente, você poderia até mesmo afastar o mau tempo.

Eu não sei se isso era verdade. Eu nunca fui um mestre do vento (risos). Mas, se você está pensando em se tornar um mestre do vento, eu recomendo que você pense bem. O título pode ser prestigioso, mas o cheiro não é dos melhores.

7. Meu nariz ta até tremendo aqui só de imaginar tanta catinga, vamos falar um pouco do Brasil. Em algum momento você pensou em ficar por essas terras ou você gostava mais da vida europeia?

— Se o seu está tremendo imagina o meu, que deve estar até com Mal de Parkinson.

Voltando à sua pergunta, eu pensei em ficar no Brasil por um tempo. Fiquei impressionado com a beleza das terras mas quando cheguei era literalmente tudo mato e eu sabia que meu lugar era na Europa. Imagina a trabalheira que daria se meu navio quebrasse e o mecânico mais perto estivesse do outro lado do oceano. E se já é dificil comprar bacalhau aqui hoje em dia, imagina como seria há 500 anos pra eu comer minha bacalhoada? Complicado.

8. Já que você tocou nesse assunto, a maioria das pessoas acredita que se o Brasil tivesse sido uma colônia de povoamento ao invés de exploração, teríamos um futuro mais parecido com o dos países hoje considerado desenvolvidos. O que você teria feito diferente como um dos primeiros europeus a pisar nessa terra?

— Meu jovem eu sou só um navegador, não o Rei de Portugal. Eu não teria feito nada diferente porque não era eu quem ditava as coisas mas se você me pergunta o que eu, na posição de mandar alguma coisa teria feito, aí eu te digo que também não seria muito diferente. A gente era um país desenvolvido buscando riquezas e aqui era literalmente uma terra vazia, ninguem imaginava que viraria o que virou.

9. Graças ao rumo que os portugueses ditaram no desenvolvimento do Brasil, hoje somos um país fraco economicamente e por consequência os jogadores brasileiros não conseguem competir com o poderio econômico europeu no jogo online eRepublik devido ao alto custo dos packs. Você se considera responsável pela dura realidade dos jogadores brasileiros?

— Não sei se eu sou responsável pelo que os eBrasileiros passam, mas acho que é justo dizer que eu sou um dos responsáveis pelo rumo que o Brasil tomou no desenvolvimento. Como você sabe, a colonização portuguesa foi baseada na exploração. Os portugueses vieram ao Brasil para tirar riquezas, e eles não estavam interessados em construir um país próspero.

Nesse ponto eu sinto muito que isso tenha reflexo meio milênio depois na dificuldade de comprar packs. Sei lá acho que a única coisa que posso dizer é economizem EBs e botem lenha nas guerras européis pra eles queimarem recursos entre eles? Não entendo muito de guerra na verdade, só de navegação. Me falaram que o módulo naval vai ser introduzido no jogo em breve. Talvez eu possa ser mais útil a população eBrasileira quando sair.

10. Talvez em outros 500 anos o módulo naval saia e a inteligência artificial que tomar conta da minha consciência volte a essa entrevista. Para finalizar vamos fazer um ping-pong. Eu vou te dizer nomes célebres da comunidade eBrasileira e você vai me dizer o que eles fariam nas suas navegações.

— Certo vamos lá!

Vidar

— Eita esse é encrenqueiro, né? Ouvi falar que arruma confusão o tempo inteiro.

Alguns diriam que talvez seja esse quem vos entrevista

— Não importa, o currículo dele é maior. Ele vai cuidar dos canhões, melhor ter alguem atirando antes do que correr risco de tomar bala primeiro.

Rafaia

— Ah é nome de cozinheira né?

É o Rafaia. E deixa eu te alertar que nesses tempos modernos machismo e misogenia não são mais tolerados na sociedade.

— Tudo bem, mas aposto que a Rafaia faz um belo cozido. Pois ela vaif ficar lá comandando as panelas!

É o.. tudo bem deixa pra lá. Vamos para o próximo: Mr Indigo

— Anos de sabedoria não podem ser desprezados, ele é o responsável por comandar nosso plano de navegação. Talvez com alguem da experiência dele eu não tivesse errado o caminho.

Kramer

— Ai ele é um fofo, né? E escreve tão bonito. Ele seria o responsável pelas comunicações enviadas à realeza. Imagina o trato que ele tem com as palavras: a gente chega lá numa ilha que tem um monte de galho morto e ele escreve "Ó Vossa Majestade, não há palavras que façam jus à beleza esteril que inabita essa remota localidade em que nos encontramos".

Nino

— Esse tem quase a minha idade. Melhor deixar ele lá em Portugal descansando.

Cosmic Turtle

— Lugar de tartaruga é no mar, ora pois. Vai fazer o que na minha embarcação? Virar comida?

P.A., vamos ter um pouco mais de respeito com nossos jogadores

— Aposto que a Rafaia tem uma receita maravilhosa de sopa de tartaruga! Isso.. Pensando bem pode ir pro barco sim.

O Rafaia...

— Vou chamar de Tortuguita.