Entrevista com Comrade Tiago, congressista da eCoreia do Norte

Day 4,821, 07:32 Published in Brazil Brazil by NILO323

Saudações, companheiros!

Na edição de hoje da Folha Alternativa, trazemos uma entrevista com Comrade Tiago, congressista da Coreia do Norte e membro do Workers' Party of eKorea Nela podemos conhecer um pouco sobre o epaís asiático, bem como refletir sobre questões que envolvem o campo progressista do jogo. Sem mais delongas, vamos às perguntas!



ZUMBI323: Pra começar, fale um pouco pra gente sobre a sua trajetória no jogo.
Comrade Tiago: Bom dia, boa tarde e boa noite para todas e todos. Comecei aqui no jogo tem uns bons anos já, foi em 2015, mais precisamente. São cinco anos de muita luta e, desde então, venho fazendo contato com pessoas mundo afora para tentar colonizar a eCoreia do Norte para nos tornarmos um país realmente jogável e que, como não possui jogadores nativos, seja reflexo do mundo e internalize em si todas as disputas que acontecem. Estivemos perto desse objetivo por duas vezes, mas, infelizmente, sofremos PTOs nas duas vezes e jamais deixamos de ser uma colônia, de forma direta ou indireta: primeiro da eChina, depois da eEspanha e agora da eSérvia.

Z: Por que a escolha da Coreia do Norte para sua cidadania?
CT: Foi uma escolha meio ao acaso. Quando vi a lista de países disponíveis, vi que tinha a RPDC e pensei: poxa, deve ser pouca gente que joga aqui, bora lá! E assim começou hahahaha 😛

“Da minha parte, o que desejo é que a eCoreia do Norte não seja colônia de nenhuma aliança nem país em específico, mas sim um palco de disputa real e fraterna tendo em vista que não há jogadores nativos do país. Que a nossa pátria-mãe seja o reflexo do mundo!”

Z: Como é a realidade política de seu ePaís?
CT: A eRPDC foi uma colônia da eChina por anos a fio, desde antes mesmo da minha chegada ao jogo. No entanto, era uma “colônia” no sentido de que só jogadores chineses na vida real jogavam no país mas havia disputa e interação com o mundo. Isso começou a mudar meses antes da minha chegada, em 2014, quando virou uma ditadura fantoche do governo echinês. Desde então foi complicado quebrar a ditadura porque é muito difícil para um jogador apenas conseguir juntar o dinheiro necessário e também lutar na guerra civil... Até que o jogo instituiu a mudança que inseriu a taxa de manutenção para ditaduras. Pouco a pouco, a ditadura foi ruindo e, por duas vezes, acabou realmente caindo por falta de recursos. Na primeira vez, éramos apenas dois ou três jogadores e não conseguimos vencer sequer as eleições internas no partido. Na segunda vez, foi no fim do ano passado e já éramos três e houve o interesse de conhecidos raiders da eEspanha em entrar no país (posso listar os nomes de todas as pessoas de todas as histórias se quiser). Ali vislumbrei o perigo de um PTO mas também a chance de colocar o país de volta ao jogo e fomos pelo segundo caminho. Houve o PTO de fato, no entanto, o Congresso ficou aberto e com eleições sempre livres até que eles resolveram implantar uma ditadura para evitar que não-espanhóis entrassem no país... Com a ajuda de jogadores da eSérvia, minha unidade militar iniciou uma guerra civil e libertou o país e é por isso que tenho a medalha. Os jogadores da eEspanha (e que perambulam por outros países de língua espanhola) quase todos deixaram o país e vemos agora um influxo de jogadores esérvios. Da minha parte, o que desejo é que a eCoreia do Norte não seja colônia de nenhuma aliança nem país em específico, mas sim um palco de disputa real e fraterna tendo em vista que não há jogadores nativos do país. Que a nossa pátria-mãe seja o reflexo do mundo!


Z: Acha possível um regime comunista se estabelecer em algum país do eRepublik? Por que?
CT: Um governo comunista é impossível inclusive pela dinâmica do jogo e pela forma como ele é estruturado mas creio que o papel da esquerda é tornar o jogo mais equilibrado entre os jogadores e, sobretudo, mais atrativo para novos jogadores e que prenda esses iniciantes a fim de que eles sigam conosco. O jogo só diminui ano após ano, jogadores antigos e, sobretudo, os poucos novos que entram, estão saindo! Quando vemos novos jogadores, existe praticamente uma certeza: é multiconta ou vai deixar o jogo em menos de duas semanas... Precisamos de políticas de acolhimento a esses novos jogadores que passam desde uma mensagem de boas-vindas com os contatos necessários a distribuição de recursos e ajuda personalizada, podendo ser até mesmo no esquema de “mentoria”. Temos muito poder, dinheiro e armas nas mãos de poucos, então creio que podemos melhorar a distribuição disso até mesmo para tornar o jogo mais competitivo.

Z: Como avalia as tentativas de construção de uma Internacional eSocialista?
CT: Essas tentativas são sempre bem-vindas e devem estar acima de quaisquer diferenças programáticas, nacionais e ideológicas que existem. Devemos nos unir em torno de pontos que agreguem e sejam comuns a todos para que possamos avançar como eleições válidas, rechaço a qualquer tipo de ditadura autocrática, parlamento sempre funcional e ajuda aos jogadores novos e mais fracos.

Z: Se pudesse mudar alguma regra no jogo, qual seria?
CT: Certamente seria instituir uma quarentena de um mês para mudanças. Por exemplo: saiu de uma unidade militar? Quarentena até poder entrar em outra. Saiu de um partido? Quarentena até poder entrar em outro. Trocou de cidadania? Quarentena até possuir direitos políticos no novo país e para solicitar mudança novamente para outro país. A última mudança em relação a isso foi positiva, mas creio que podemos avançar ainda mais na duração desse tempo de espera a fim de evitar raids, PTOs e trollagens.

Z: Pra terminar, deixe um recado para os militantes de esquerda do eBrasil.
CT: Companheiras, companheiros e camaradas, o primeiro passo de tudo é esquecer as pequenas divergências e fazer união em torno de pautas comuns. Tenho certeza que a comunidade de esquerda do eBrasil não é pequena, mas, por falta de união e/ou um pouco de receio, as pessoas não se unem para disputar realmente as rédeas da nação. Apenas a união fará com que todos sejam grandes. Sei que existem inclusive gente eleita para o parlamento em legendas maiores, contudo creio que é possível uma legenda de frente para alcançar influência e poder político. Unam-se, criem programas, disputem eleições, conversem com as pessoas e, sobretudo: RECRUTEM NOVOS JOGADORES!

Z: Agradecemos à disponibilidade do companheiro Comrade Tiago, terminamos por aqui e nos vemos na próxima edição da Folha Alternativa!