[MDS] Entrevista: John Bokinski

Day 2,064, 10:50 Published in Portugal Portugal by Ministerio da Educacao ePT




A equipa do MDS, na pessoa de nunopeb1, aproveitou uma estadia em Cartagena, na Colômbia a fim de visitar os principais locais desta cidade e encontrou-se com John Bokinski, português mas de passagem por esta maravilhosa cidade.
Durante uns banhos de sol numa das praias mais lindas de Cartagena, onde tive oportunidade de estar num bangalow junto ao dele, foi feita uma entrevista para rever o panorama actual da situação ePortuguesa:





1 - No seu entender, qual a opinião que os outros têm sobre si?
Não dou importância a isso.
O cidadão que procuro defender no jogo é um cidadão que tem uma opinião independente de correntes, políticas, militares ou de grupos de pessoas com as quais tenha mais contacto. Emite as suas opiniões de forma correcta mesmo quando discorda, e respeita os outros cidadãos, mesmo quando acha que os seus comportamentos merecem critica. Procuro que o meu cidadão olhe para o interesse da comunidade portuguesa como um todo acima dos seus, mas sem por em causa determinados princípios éticos que me são fundamentais e que não prescindo independentemente da opinião da comunidade.
Penso que o meu cidadão é visto pela sociedade como alguém que leva todos os assuntos demasiado a sério, o que não corresponde bem à verdade, na maioria das vezes acho graça às trollices que não sejam mal intencionadas. Quando comento ou escrevo, acabo por ter uma postura mais formal.

2 - Qual o caminho que ePortugal deveria seguir a nível internacional, na sua opinião?
Acho que o caminho a seguir é estarmos em contacto constante com os agentes governamentais e políticos dos países importantes no jogo e geograficamente importantes para Portugal. Através da comunicação e da intervenção nos meios de comunicação desses países é possível passar uma imagem positiva de Portugal e abrir canais de comunicação que ajudem a ultrapassar mal entendidos. É por esta razão que acho importante termos um programa de embaixadores estável e com embaixadores independentes.
Independentemente disso, penso que Portugal terá que se alinhar com uma aliança mais tarde ou mais cedo porque somos uma comunidade pequena e para termos impacto na cena mundial não temos peso suficiente, quer militar, quer politico-diplomático. No entanto, neste momento parece-me não ser o momento de alinhamentos, as alianças estão com problemas internos e creio que vão ocorrer re-alinhamentos. Manter-nos próximos dos nossos aliados mais fiéis e em comunicação com as grandes potências do jogo parece-me ser a melhor forma de abordarmos a próxima fase do jogo.
Nessa perspectiva parece-me míope acabar com o actual NAP com a Espanha porque nos poderia fechar algumas portas no futuro, mas julgo que o momento de alinhamento em que poderia fazer sentido o alinhamento com a TwO já passou há um par de meses, hoje prefiro um compasso de espera enquanto se percebe como a TwO vai evoluir.



3- Diversos jogadores afirmam que a comunidade ePortuguesa não está coesa. Concorda com esta ideia? Se sim, o que poderia ser feito para mudar isso?
A coesão nunca foi um dos pontos fortes da nossa comunidade. O Português por natureza é muito individualista e o ePortuguês não foge a essa regra.
O problema é que o sucesso das comunidades neste jogo, depende muito da coordenação das comunidades, quer no recrutamento, quer na diplomacia, quer nos aspectos militares e mesmo económicos. Não me surpreende que as comunidades da Europa de leste sejam tão bem sucedidas neste jogo porque numa perspectiva cultural eles estão bastante bem adaptados a este tipos de comportamentos grupais. Quem conhece Portugal e os Portugueses sabe que temos uma mentalidade lixada nesta matéria, todos temos a nossa opinião sobre as coisas mesmo que a informação que dispomos para emitir essa opinião seja muito limitada. E temos dificuldade em aceitar que os outros possam ter ideias melhores e opiniões mais informadas que a nossa. Isto é um dos factores que nos levam a não desenvolver a comunidade.
Na minha perspectiva, a solução para melhorar a coesão seria definir-se objectivos simples e sobre os quais a larga maioria da comunidade concordasse e procurássemos atingi-los em conjunto. Mas esses objectivos têm de ser atingíveis no curto prazo, por exemplo, a recuperação das regiões de forma sustentada seria um óptimo objectivo para designar, mas se definirmos esse objectivo sem ter reais hipóteses de o atingir, isso poderá provocar a desmobilização dos jogadores.
Neste momento, com as convulsões das relações internacionais que temos enfrentado, parece-me mais fácil definir objectivos que dependam apenas de nós, tipo voltar a fazer crescer a comunidade.

4 - Qual a sua opinião sobre o novo CP, Absinthium? E na sua perspectiva como decorrerá o mandato do mesmo uma vez que é a primeira vez que o mesmo ocupa este cargo?
Não tenho uma opinião formada do Absinthium. É um jogador que tem participado em diversos governos de ePortugal, eu na generalidade valorizo os jogadores que procuram participar no governo e fazer coisas, porque esse tipo de comportamentos é muito necessário. Os governos de ePortugal têm sofrido de forma crónica de falta de jogadores a trabalhar nos programas do governo e quem se disponibiliza com o objectivo de governar Portugal e não de apenas auto-promoção tem o meu apoio e devem ser valorizados.
O Absinthium já reagiu em determinadas situações de “cabeça quente” esse é um aspecto que ele deve procurar melhorar se quiser fazer um bom trabalho.



5 - Pelo seu histórico vê-se que já joga este jogo à quase 4 anos. Como conseguiu manter-se com o mesmo espírito do inicio até agora? Ou alguma coisa mudou nestes quase 48 meses?
São 4 anos e meio e o espírito não tem sido sempre o mesmo. No início era um jogador que lia bastante os media mas quase nunca emitia opiniões. Como nunca tenho muito tempo para afectar ao jogo (no máximo 30m por dia) a minha compreensão do jogo era diminuta, especialmente do módulo económico. Era um “two clicker” interessado.
Aos poucos os jogadores mais experientes da comunidade foram desaparecendo e sendo substituídos por novos. E eu fui ficando, e tive momentos de maior actividade (normalmente nas férias) e períodos que a minha vida profissional não me permite nem fazer dois clicks. Actualmente a experiência acumulada permite-me compreender o que se passa com pouco investimento de tempo. A actividade continua a ser variável.

6 - Qual foi o melhor momento no jogo para si? E o pior?
Lembro-me de 2 momentos que me deixaram bastante entusiasmado, o primeiro na fase em que após muitas guerras no centro da Europa, a PEACE conseguiu hegemonia no continente, controlando os territórios chave na Russia e na China (Lionking e Hellokitty). Foi a fase antes da PEACE avançar para a aventura americana que acabou por a destruir. O segundo quando conseguimos recuperar os nossos territórios de mão taçarda, na fase de recuperação da Terra/EDEN vs ONE. Acabei agora de lembrar de outro momento alto, o vídeo do Jules em resposta ao Siddy e ao Volkoff, muito bom.
O pior momento julgo ter sido o wipe no governo do Bkkon após a Fénix se desaparecer. Não pelo wipe em si, mas por ter sido um auto-wipe, a falta de auto-motivação levou-nos a seguir caminhos que não faziam muito sentido e que poderiam ter tido consequências bastante graves, porque descredibilizaram muito o que Portugal tinha sido até aquela data. Não culpo o Bkkon apenas aquilo foi mesmo muita gente na comunidade que estava com vontade de provocar uma guerra impossível de ser vencida.

7 - Neste momento é detentor de 99 medalhas de super soldado. O que tem a dizer aos eportugueses para ter atingido tal patamar?
Digo que 99 medalhas para um jogador com mais de 4 anos de jogo é pouco. Estou a chegar aos 25k de força e estou na D4 como é óbvio, mesmo sendo GoW, 25k é abaixo da média da divisão. Existem explicações…
Nunca gastei um cêntimo neste jogo, é uma questão de princípio. Agradeço à malta que investe e ajuda a comunidade na perspectiva militar, mas prefiro manter-me assim, até para mostrar que se pode ser um cidadão activo, e até relevante militarmente, sem gastar dinheiro. Tens é de aceitar que outros serão mais fortes que tu e crescerão a sua força mais rápido que tu.
Nunca me focalizei no desenvolvimento militar do meu cidadão até há cerca de 18 meses atrás. Nessa altura percebi que a posição que Portugal se encontrava ia obrigar-nos a batalhar pela sobrevivência por bastante tempo e comecei a desenvolver melhor a minha capacidade de treino, mas sempre com a preocupação de poder treinar de forma sustentada. Hoje ainda treino a 70 de força por dia e não 90 porque não tenho capacidade de gerar os fundos para financiar esse treino de forma sustentada. Mas para 70 tenho as coisas equilibradas.
O conselho que deixo aos jogadores novatos, é encontrar equilíbrios económicos, é possível treinar diariamente a 30 sem ter capacidades de auto-financiamento significativas. Treinar acima disso de raiz e sem gastar dinheiro vai exigir muita actividade, ou que o modulo económico funcione melhor do que agora.

8 - Qual a mensagem que gostaria de transmitir a todos os ePortugueses?

O eRepublik não é apenas um jogo de guerra. A guerra é uma das facetas do jogo e recentemente tomou grande protagonismo porque é aquele que incentiva a um uso massivo de gold e desta forma aumenta o retorno da empresa detentora do jogo.
Mas o eRepublik é um jogo aberto, não precisa de guerra para ser interessante, mesmo que actualmente esteja enviesado nessa direcção. Existem formas de usar o módulo político de forma mais motivadora, não sei se a proliferação de muitos partidos é o mais aconselhável num país com poucos jogadores activos, mas algumas coisas estão a melhorar nessa área. Estou convencido também que existem formas de usarmos o módulo económico melhor, criando eventualmente estruturas mais cooperantes e que facilitem a vida aos novatos, que são os que mais sofrem com o actual modulo económico.



A Equipa do Ministério do Desenvolvimento Social,
Catzii.22, Sir Chuck Bartowski II, HK416, MF95, El Manolito, nunopeb1









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