Restauração da Independência - 1° de Dezembro

Day 3,664, 14:00 Published in Portugal Portugal by teXou


Os Conjurados foram um grupo nacionalista e patriótico português nascido clandestinamente na parte final do domínio espanhol sobre Portugal, que durou entre 1580 e 1640. O grupo Era constituído por cerca de cinquenta homens, 40 dos quais herdeiros de uma nobreza que ficou despojada de tudo depois do desastre de Alcácer Quibir e da posterior crise dinástica que culminou com a coroação de um Rei espanhol , e os restantes do clero e militares, daí também serem conhecidos por Os Quarenta Conjurados, por estarem envolvidos quarenta brasões. O objetivo, logrado com sucesso, foi a destituição dos Habsburgos castelhanos e proclamar um rei português.

Do grupo, aquele que ficou reconhecido como tendo sido o grande impulsionador da conspiração foi João Pinto Ribeiro, bacharel em direito canónico cuja jurisprudência, fundamentada em incumprimentos vários por parte da coroa ocupante, anulou o juramento de Tomar, no qual, em 1581, Filipe I de Portugal, II de Castela, se comprometeu a manter a exclusividade de navios portugueses no comércio colonial, a permanência de funcionários portugueses na Administração Pública; o respeito pelas leis e pelos costumes, bem como, muito importante, o compromisso da preservação da língua portuguesa.

Outra personalidade que ficou para a posteridade como herói nacional foi Antão Vaz de Almada, o Conde de Avranches. Foi na sua casa, precisamente por essa razão hoje conhecida por Palácio da Independência, que se deu a última e decisiva reunião onde foi deliberado o que aconteceria pouco depois.

A 1 de Dezembro de 1640, Os Conjurados invadiram o paço da ribeira, onde se encontrava a vice-rainha de Portugal Catarina de Saboia, a Duquesa de Mântua, e aquele que ficou para a posteridade como um dos maiores traidores da nossa História, o seu secretário-geral Miguel de Vasconcelos. Perante a invasão, a Duquesa de Mântua escondeu-se num armário, assim sobrevivendo.
O governante traidor Miguel de Vasconcelos foi defenestrado pelo Conde de Avranches e morreu na sequência da queda dessa janela. Mortos os traidores e ocupado o palácio, os conjurados proclamaram rei D. João IV, Duque de Bragança, descendente de D. João I, aos gritos de LIBERDADE.

O povo e toda a nação portuguesa acorreu de imediato a apoiar a revolução, a Restauração da Independência, que D, Filipe III, IV de Castela, a braços com outra revolta na Catalunha, não teve como contrariar, embora o tivesse tentado até 1668.