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Que tipo de comunidade somos?

Na busca por uma linha de pensamento comum à maioria dos participantes eportugueses.

Estamos a atravessar um turbulento mar de ideias opostas, necessidades opostas, filosofias opostas.

Como se organiza um grupo de pessoas livres com diferentes ambições em relação à sua participação e objectivos?

É simples traçar um paralelo das diferenças,
Entre uma republica real vs virtual
E uma empresa comercial vs organização não lucrativa.

Em ambos os segundos casos, o factor liberdade obriga a uma liderança mais polida
A ausência do pau e a cenoura (da punição e recompensa), obriga quem lidera essas participações voluntárias a uma gestão de recursos muito mais cristalina e bem estruturada.

Mas gestão é uma palavra muito má para organizações/actividades sem fins lucrativos, gestão significa negocio, e num ambiente de participação voluntária a palavra negocio, não é bem vinda.

O objectivo não convencional das participações voluntárias, para se ser minimamente eficaz, obriga ainda mais o recurso à gestão,

E a gestão obriga a existência de uma missão.

E então é necessário ter uma disciplina orientada para a missão pois temos de gerir os nosso recursos limitados, de pessoas e bens, com o máximo de eficácia.

Por isso é imperativo pensar claramente quais os objectivos da nossa comunidade.

No livro de Peter drucker As cinco questões mais importantes (que devemos colocar na nossa organização)

O autor começa por stressar a importância de um processo de auto-avaliação
que se trata de um método para avaliação do que estamos a fazer, porque o estamos a fazer e o que podemos fazer, para melhor o nosso desempenho.

A auto avaliação conduz a acção e não tem qualquer significado sem esta ultima, ela força a comunidade a concentrar-se na missão.

Não podemos chegar a uma missão sem uma contribuição significativa dos nossos clientes, mas quem é afinal o cliente aqui?

Num negocio o cliente é alguém que a empresa tem de satisfazer, se não o fizer em breve deixara de ter negocio.

No erepublik o cliente são as pessoas (babies ou old fags) que tem as suas necessidades, interesses e aspirações,

ser soldado, ser presidente, abrir uma empresa, uma MU, contribuir para uma comunidade, defender uma bandeira.

Ser famoso, ser poderoso, ser influente, ser responsável,pertencer a um grupo,ajudar os outros, imprimir o seu cunho neste mundo, ou simplesmente socializar e ter amigos.

Os lideres tem de facilitar a existência destas experiências

E o cliente não tem de ser português, apenas tem de se identificar com a missão ou sentir que existem condições/acções que facilitem a vivência dessas experiências(Toboco é um desses "clientes" - se não mantivermos uma missão ou conduta apelativa, nobre, ele pode deixar de o ser).

A desistência dos babies revela em primeira mão as nossas falhas como lideres, como gestores , como equipa

Até podemos não ter nação (estar em wipe) mas somos obrigados a ter uma ideia, uma orientação, uma filosofia, uma alma. (não múltiplas que se tentam atropelar diariamente)

Os lideres não deviam tentar adivinhar as respostas, tem obrigação de ir atrás delas, nem podem tentar monopolizar a direcção com as suas próprias crenças, não numa organização voluntária,nunca iria funcionar.

Neste processo de auto avaliação temos de comunicar com o máximo numero de intervenientes, de perspectivas diferentes e chegar a um consenso sobre essa visão.

Planear não é um acontecimento

Muitos vezes confundimos planear com tomar decisões, mas a decisão existe apenas no presente, devemos ter objectivos a longo prazo que ajudam a construir uma visão para o futuro.

A questão não é o que devemos fazer amanha, a questão é o que devemos fazer hoje para alcançar os resultados de amanha.

É um processo continuo de fortalecimento daquilo que resulta e abandono do que não resulta.

E durante esse processo, essa pesquisa não devemos excluir pessoas ou levar outras ao colo devemos encorajar uma discordância construtiva.

O facto de todos estarem de acordo pode significar que ninguém fez o trabalho de casa ou que ninguém se preocupa.

Por sua vez o facto de nunca se estar de acordo, só revela a ausência de um verdadeiro líder

Se queremos acolher a inovação e o compromisso , as organizações voluntárias, precisam de uma atmosfera saudável que proporcione a discordância, não pode existir vacas sagradas ou pontos restritos de ideias

Podemos pensar da seguinte forma
há uma maneira certa e uma maneira errada, e depois existe a nossa maneira.

Chamemos-lhe ser eportuguês, e essa ideia deve atrair mais pessoas à nossa causa e à nossa filosofia, que somente a nossa situação ou localização geográfica.