[PM][RP] Fratres Belli - Capítulo II: Defendendo Norte Grande

Day 1,896, 17:56 Published in Brazil Brazil by Nicco Tesla


Olá a todos 😁
Hoje, no Boletim do Partido Militar, teremos a continuação do role play (RP) escrito pelo Soldado Fabio Sampaio, sendo essa a segunda parte.

O início da história pode ser lida nesse artigo.

Espero que todos tenham uma boa leitura.

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Fratres Belli - Capítulo II: Defendendo Norte Grande - Um gringo entra na jogada




O terreno era realmente muito acidentado. Precisamos de quase duas horas para atravessar os dez quilômetros que faltavam para finalmente chegarmos ao Chile. Nesse momento, pude ver muita preocupação na expressão de nosso comandante, o que era fácil de entender. Seus homens estavam cansados por causa de uma noite mal dormida, um salto inesperado em território desconhecido e por horas de caminhada num terreno seco e que estava ficando cada vez mais quente. Tudo bem, no Norte chileno os coisas era um pouco mais amenas, mas, de qualquer forma, soldados naquele estado não estavam em condições de combater as forças argentinas. Foi aí que eu me lembrei de uma coisa. Na verdade, de uma pessoa.
- Marechal, eu tenho um amigo chileno que não mora muito longe daqui. Nós poderíamos nos abrigar na casa dele e lá decidir o que fazer. O que o Sr. acha?
- Ótimo, Fábio! – disse Savedra, visivelmente aliviado – leve-nos até lá.



Após alguns minutos de caminhada silenciosa, para não atrair atenção indesejada, chegamos à casa de ChoroyDerp, que já se preparava para a batalha. Saudamo-nos e então expliquei a ele a situação em que estávamos. Choroy nos abriu as portas de sua residência e nos arranjou toda a munição e mantimentos de que dispunha. Pedimos que nos levasse até a posição atual das tropas chilenas, e assim ele fez.



Quando chegamos ao campo de batalha, vimos que a coisa tava feia. Os argentinos batiam com força, enquanto os chilenos e seus aliados faziam o possível para resistir às investidas do inimigo. Vendo aquela situação, Choroy ficou desesperado e correu em direção a seus amigos, entrincheirados a poucos metros de onde estávamos. Antes que ele pudesse sair de nosso esconderijo, eu o segurei. Segundos depois, um míssil de ”mass destruction” caiu exatamente na trincheira para onde ele estava indo. Seus olhos ficaram marejados por um instante, mas logo o que era tristeza por seus companheiros perdidos virou ódio puro. Ele então conseguiu se soltar de mim e partiu ao ataque.



Os sobreviventes, que estavam a um passo de se renderem, ganharam nova força quando viram seu compatriota chegando. Olhei para o Savedra, e logo percebi que aquilo era loucura, era suicídio, mas era exatamente o que íamos fazer. Puxando sua metralhadora de estimação, o Marechal foi à carga, pegando de surpresa os argentinos e sendo prontamente seguido por cada um de nós.

Foi um banho de sangue. Nunogomez e Bellenus matavam argentinos e uruguaios numa velocidade impressionante, mas para cada um que eles derrubavam, outro aparecia no mesmo lugar. Estávamos em menor número e em uma posição altamente desfavorável. Foi nesse momento que nós percebemos que já não tinha mais volta. As últimas forças aliadas haviam finalmente sido derrotadas e agora restávamos apenas nós, um punhado de soldados cansados e quase sem munição, para enfrentar todo o exército argentino.


Milicianos chilenos dando suas últimas FFs

No momento em que os primeiros tanques argentinos se aproximaram de nossas trincheiras, muitos rezavam, outros davam uma última olhada nas fotos de família que levavam sempre consigo, além daqueles que estavam cansados demais para fazer qualquer coisa do tipo. Nosso amigo gringo estava desolado, pois era a terra dele que havíamos acabado de perder. Afinal, uma coisa é lutar por uma ideologia ou governo, outra totalmente diferente é lutar por sua casa.

Então, quando todas as esperanças haviam sido perdidas, um estrondo. Era artilharia pesada, mas não era argentina. Era brasileira! Eram nossas tropas que batiam em retirada, mas não sem antes causar todo o estrago possível. Demos tudo que ainda tínhamos e conseguimos, com muito esforço, rechaçar as forças argentinas mais próximas, o que garantiu algum tempo para que nossos feridos fossem recolhidos e colocados em nossos caminhões.


Tropas brasileiras batendo em retirada

-Mas que droga! – urrou Ricele – Malditos argentinos, vocês me pagam! Filhos de trinta p***s!
–Vamos logo com isso, Fabio. Em breve mais argentinos chegarão, temos que atravessar a fronteira o mais rápido possível – disse PauloDsc, já subindo em um dos nossos veículos.
- E é por isso que eu não irei com vocês, Paulo. Vou ganhar um tempo para que a travessia seja mais segura .
- Ah, então você quer bancar o herói sozinho, Sampaio? – gritou de longe o Marechal Savedra, chaveirinho para os íntimos, que caminhava em minha direção com aquela mesma metralhadora da sorte nas mãos – Se você pensa que eu vou deixar você ficar com a fama toda, tá muito enganado.

Os últimos raios de Sol sumiam no horizonte, enquanto eu, Savedra e ChoroyDerp, nosso amigo gringo que também não tinha nenhuma vontade de recuar para o Brasil, esperávamos nossos aliados atravessarem a fronteira boliviana, enquanto víamos o exército argentino vindo em nossa direção.


Savedra se prepara para o combate



Obrigado a todos os que leram até o fim. Caso tenha alguma dúvida sobre o conteúdo do artigo, basta enviar uma mensagem para o autor, Soldado Fábio Sampaio. Como sempre, dúvidas também poder ser sanadas simplesmente comentando no artigo ou postando no tópico da Ouvidoria do Partido Militar no fórum.

Muito obrigado, mais uma vez.

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Coronel Sarsraad