[BS] Brasil, Argentina e o futuro do País

Day 1,843, 05:49 Published in Brazil Brazil by Dio Vigon



Sabe aquele namoro de longa data, em que vocês se amaram muito, já viajaram juntos, fizeram juras de amor eterno, defenderam um ao outro cegamente e causaram inveja aos que nunca amaram da mesma forma? Essa era a relação entre Brasil e Argentina, desde o momento em que eles entenderam que trabalhar juntos era melhor do que separados.

Porém, assim como floresce o amor, floresce o ódio e, principalmente, a desconfiança.

Desde que saiu da ATLANTIS e se uniu à PEACE, para não apanhar mais do Brasil, a Argentina foi benéfica em nossa amizade. Um aliado que sempre trabalhou em conjunto com o Brasil. Nos seguiu na PHOENIX, nos seguiu na TERRA, mas em 2012 as coisas mudaram. A moça indefesa que o Brasil defendia ficou forte, mais forte que o Brasil e, inconscientemente, deixou de ser umbilicalmente ligada ao nosso país.

A entrada da Argentina na EDEN foi difícil, pois a Bulgária era o veto permanente lá dentro. Eles corretamente não concordavam com as hostilidades entre hermanos e chilenos, principalmente depois de o Chile dar passagem aos argentinos pelo Peru e não ter a região devolvida.



Dando a outra face

Até agosto, mês do meu segundo mandato este ano, o Brasil inteiro permanecia fiel e crente na relação com a Argentina. Eu, mesmo na condição de CP, ignorei as excessivas ofensas que recebi em julho, mês em que a Bulgária veio à América do Sul para bater na Argentina e nós, por estratégia, optamos por lutar via MPP.

Todo o governo argentino perdeu a compostura (por medo de sumir do mapa) e ofendeu diretamente a mim e a outros membros do governo brasileiro. O nível baixou, mas eu, na condição de CP, não me deixei levar pelos insultos e mantive o discurso coeso: “vamos defender a Argentina 100% via MPP”. Pena que para eles não era o bastante.

Um episódio em julho foi bastante delicado: depois de uma reunião em que o objetivo foi apenas me convencer de que o Brasil tinha que dar NE na Bulgária (não havia outro tipo de diálogo durante a guerra, nem imagino quantas vezes me pediram o NE e me xingaram ao ouvir um não), eu saí do IRC durante algumas horas (meu bot continuou online) e, quanto voltei, li várias mensagens ofensivas contra mim no canal #eargentina e a mensagem de que eu havia sido expulso e banido do canal por ordem do governo argentino.

Apesar de ser uma atitude desrespeitosa (principalmente se tratando de um grande aliado), ignorei, pelo bem da relação. Eu acreditei que aquele comportamento dos argentinos era emocional, devido ao risco de sumirem do mapa. Assim como o namorado do casal do primeiro parágrafo deste texto ignorava as ofensas que ouvia da namorada quando não fazia o que ela queria. Tudo por amor.



Colômbia - O divisor de águas

Particularmente falando, o acontecimento que mais fez os mesmos do governo e, posteriormente, a maioria da população brasileira, se irritar com os argentinos foi a Colômbia.

Quem se lembra da sequência dos fatos? Vou citá-los:

1. Serguma/Siddy, a ovelha espanhola, me mandou uma mensagem privada me perguntando se eu sabia que a Colômbia atacaria a Espanha, pois eles tinham um ataque marcado para os dias seguintes. Como eu não tinha sido informado de nada e o último contato mais aprofundado com os colombianos tinha sido na defesa da Argentina, umas semanas antes, achei estranho que isso fosse cogitado: fui atrás.

2. Nosso informante na EDEN mencionou que o objetivo da aliança era impedir a criação da CTRL (até aquela data, não tinha sido oficializada a aliança e a EDEN sabia do lobby brasileiro que era feito para Argentina e China, países que não pertenciam aos Balcãs).

3. Dois dias depois, a Colômbia declarou guerra à Espanha, quebrando o MPP com o Brasil e pegando todos de “surpresa”.

4. Entrei em contato com o STRINKER e a Clorofila, para saber o motivo do ataque e o porquê de o Brasil não ter sido avisado, já que haveria a perda do MPP. O CP colombiano foi bastante educado inicialmente e me disse que era pra ajudar Portugal, porém, a Clorofila e, principalmente, outros colombianos, deram com a língua entre os dentes, exigindo que o Brasil lutasse pela Colômbia contra a Espanha.

5. Minha resposta foi obviamente negativa e isso desencadeou a fúria colombiana em shouts, artigos e comments, dizendo que “o Brasil traiu a Colômbia”. Como eu ainda não sabia de tudo até aquele momento, ainda tinha intenção de manter a Colômbia do nosso lado. Deixei claro que era contra o conflito e que o Brasil lutaria para manter as regiões intactas (Espanha com as regiões que possuía antes do NE, e Colômbia também).

6. No primeiro dia de guerra a Colômbia venceu (com amplo apoio da EDEN) e ficou claro que eles só fizeram aquilo com aval da EDEN (sem apoio, teriam sido apagados facilmente). O que eu não esperava era descobrir que a Argentina também fazia parte do esquema que, de acordo com nosso informante, tinha como objetivo enfraquecer a CTRL e impedir que a aliança entre Brasil e Espanha funcionasse.


Lembra do casal de namorados do início do artigo? Na hora que um começa a ter ciúme demais, a bolar planos pra impedir que o outro tenha contato com outras pessoas do sexo oposto e a tornar a relação em algo tenso, as coisas começam a se deteriorar.

Em cerca de duas ou três semanas, as pessoas que queriam levar a Argentina conosco para a CTRL, começaram a achar que era impossível, depois a ter certeza e o que uma tentativa de continuar a relação, virou só uma tentativa de impedir que os dois se odiassem.



Situação atual

O Brasil atacou a Colômbia e a Argentina, como aliado e membro da mesma aliança, defendeu. Depois o Brasil atacou Taiwan e a Argentina, como aliado e membro da mesma aliança, defendeu. Eu entendo essas ações e acho justas, porém, as ações argentinas não tem estado compatíveis com o que é dito de governo para governo.

O governo brasileiro não está tentou se reconciliar com a Argentina este mês, mas em contrapartida, também não está agindo em conluio para ferrá-los. Minha opinião pessoal é de que o Brasil não deve agir contra a Argentina, em respeito à relação que cultivamos no passado, mas eu fui condescendente durante todo o meu mandato e não vi os hermanos darem sequer um passo para trás ou recusar as ações propostas pela EDEN. Eles estão sendo pragmáticos, objetivos, enquanto o Brasil está pecando pelo apelo emocional da coisa.

Temos que estar dispostos, a partir de agora, a lutar pelo Brasil (país que é de todos nós e que precisa de participação). O governo precisa melhorar a comunicação (que foi ruim no último mandato e prejudicou várias ações que, se justificadas, teriam muito mais adesão). Independentemente de quem estiver no governo, é preciso governar para o povo e não podemos deixar que desavenças pessoais prejudiquem o país. Ser contra uma visão, um projeto, uma opinião, é uma coisa. Ser contra alguém ou um grupo, é outra.

Já chegamos em um ponto em que o partido ou a milícia de que pertencemos é irrelevante se o objetivo for unificar o Brasil. Não me importa se o cara é bobo, feio, cara de melão. Eu quero é ver o Brasil inteiro arrebentando no campo de batalha e todo mundo gritando HAIL BRASIL com orgulho.

Quem quiser falar com o tio vigon, estou à disposição.






Um grande abraço,
Vigon,
a ovelha negra do eBrasil.

In Omnia Paratus"