Segundo ato - O caminho das pedras que o eremita deve tomar

Day 2,305, 13:11 Published in Brazil Argentina by Frade Eremita
1 – Saída do eremitério

Depois de ter lançado o meu primeiro artigo no “Jornal do Eremita Social”, muitas perguntas foram respondidas com a maior facilidade. Encontrei, particularmente, em Nw0lf, um importante orientador sobre o que fazer, a quem procurar e como compreender este fascinante universo do eBrasil. Nikola Tesla, também, me recomendou que fizesse uma conta no fórum [http://www.erepublikbr.com/] e, que dali, ingressasse no Cantinho Brasileiro. Ali, travei conhecimento de muita coisa que, obviamente, não posso trazer a lume aqui no jornal, já que uma das regras do próprio Cantinho Brasileiro é a “que tudo que acontece ali, fica ali”.

Mas o que posso dizer a você, eremita social, que lê este artigo? É simples: a chave pra compreender parte singular do mecanismo do eBrasil, reside no próprio fórum. Sem acessar o fórum, muito provavelmente, você ficará perdido e não vai sair dos dois cliques, tal como eu fiquei nos últimos quase quatro anos.

A questão da unidade militar, contudo, não foi tão simples. Orientado pelo Lorenzo Riviera Lopez, que é o chefe da minha Unidade Militar, passei a seguir o programa por eles estabelecido: adotei a farda, busquei a responsável pela distribuição, e... Morreu ali: até agora [provavelmente, logo mais tarde, eu deva ser contatado], ninguém me informou de muito mais nada: pra que empresa devo trabalhar, como recebo as distribuições, etc., etc., etc. e tal. Quando isso acontecer, continuarei contando os novos passos que dei e em que resultou esta saída do eremitério. Por que estou contando isso? Pra servir de estímulo a outros jogadores de “dois cliques”, que com certeza participam, lutam, mas não sabem como contribuir: assim, quem sabe, mais gente não busque o caminho das pedras e saia do isolamento, contribuindo melhor para o eBrasil?

De toda a forma, mesmo sem uma orientação do que fazer e de como fazer, não custa eu dizer aos eremitas que porventura estejam lendo aqui: busquem uma unidade militar. Tentem se integrar. Não fiquem esperando por si só, que senão, vocês vão ficar no meio do caminho, como fiquei por anos. Quando entrarem uma unidade militar, mandem uma mensagem pessoal [dentro do próprio sistema do jogo] ao comandante de sua unidade: é um bom caminho para encontrar orientação sobre o que fazer.

2 – Falta solidariedade organizada...


Antes de mais nada, faz-se necessário que eu diga o seguinte: não tivesse eu gastado meus preciosos golds [que valem a maior grana, pra alguém pobre de marré-marré como eu] fazendo um jornal, ninguém teria me explicado absolutamente nada e eu ficaria boiando. Eu imagino que o governo e seus membros devam ter algum controle sobre os cidadãos que entram no país, sabendo quem chegou hoje, quem chegou ontem, e assim sucessivamente. Então, aqui cabe a pergunta: por que não buscam aos cidadãos, oferecendo uma tutoria básica? É coisa simples: explicar que é necessário fazer conta no fórum, pra se ambientar; orientar como fazer a distribuição; oferecer ao sujeito tudo mastigadinho, explicando tudo. Muitos cidadãos de dois cliques o são – e poderiam não ser, percebam bem o que eu digo – porque não existe uma equipe própria para ensiná-los como se deve fazer, o que buscar, a quem buscar, e por aí vai. Levando em consideração, olhando as estatísticas, que somente hoje, até o momento, entraram 65 novos cidadãos, se uma equipe se dispusesse a mandar uma mensagem padrão a eles [do tipo: “oi, vimos que você entrou hoje, como podemos lhe ajudar?”], pelo menos dois ou três poderiam ser aproveitados para serem cidadãos ativos, participantes e contribuintes verdadeiros da demanda do país. É um trabalhinho chato, mas que, com toda a certeza, um grupo de 10 pessoas poderia fazer.

Óbvio que alguém vai dizer: “nossa, que arrogância esse novato vir aqui dizer o que temos de fazer”. Não quero ensinar o caminho das pedras do que não sei a ninguém, não. Só que, existe uma diferença: há quase quatro anos, eu sei como é isso de ser um jogador de “dois cliques”, ou como eu prefiro dizer, um “eremita social”. E posso afirmar com certeza absoluta de que parte considerável destes eremitas SÃO eremitas porque não tiveram orientação e tutoria de ninguém: no máximo, buscando sozinhos, encontraram um tumbê gigante de tutoriais, cheios de links, numa profusão de informação que confunde a cabeça de qualquer novato, ou de quem quer que não tenha a mesma paciência que os jogadores veteranos tem. Se o governo, ou mesmo cidadãos de boa vontade [não existe ONG neste jogo não?], fizessem isso, com absoluta certeza muita gente sairia deste caminho.

O que se ganha orientando estas pessoas? Poxa, gente. Se os partidos políticos tivessem o cuidado de fazer isso, com certeza cresceriam em número de membros e teriam votos suficientes pra eleger CP, congressistas, estar entre o TOP5, e mais estas coisas todas. O mesmo vale pras unidades militares, que poderiam aproveitar o potencial que estes novatos têm pra crescer, ter mais força. Eu não sei, mas se tiver paciência e persistência, qualquer dia ou ano destes, posso virar um Deus da Guerra, um Titan da vida: isso não conta pras unidades militares? Assim como eu, existem muitos outros jogadores que podem chegar lá. Se queremos consolidar o eBrasil como um país grande e forte, o caminho certamente passa por aí. Não tenho experiência de jogo, mas tenho experiência na RL, e em outros hobbies, e sei que a coisa passa exatamente por aí: aproveitar o potencial dos novatos, ensiná-los e tornar o país forte.

3 - ... Mas nem tanto assim. Ainda existe gente solidária.

Eu tiro isso pelas informações que tomei conhecimento depois de postar o meu artigo. SiriusB7, Nw0lf, Darth Claudio, Scout Wiemier, Nikola Tesla, Rex Megathunder, Anderson Guollo, por exemplo, foram muito prestativos, ao fornecer as informações que pedi no artigo passado, quer seja comentando no próprio artigo, quer seja enviando mensagens inbox. Especialmente o Nw0lf teve a paciência de tirar todas as minhas dúvidas no momento, me orientando a entrar no chat do iRC e me explicando o passo-a-passo, me apontando a quem procurar: foram informações vitais para percorrer o caminho do primeiro dia em busca de integração à comunidade do eBrasil.

Se tantas pessoas puderam prestar informações, o que custa organizar uma equipe de tutores? É coisa fácil – não tão rápida, mas fácil. Existe muito recurso humano que pode ser aproveitado, e oferecer o auxílio mastigadinho, certinho, é um avanço. Queremos renovação dos quadros, queremos mais pessoas, ou queremos ficar engessados, numa comunidade que não se expande, mas só encolhe? Queremos enfiar o dedo na ferida [eu ia falar na bunda, mas ia soar nojento e pervertido demais] dos argentinos, ou queremos ser um país insignificante, que mal consegue sustentar um território SEM A AJUDA da nossa aliança? Se a resposta pra estas perguntas é “SIM, QUEREMOS”, então, vamos começar a tutorar, gente.

Eu mesmo me comprometo, quando compreender os meandros da participação no jogo, a tutorar quem quer que seja que se me peça. Se existe gente de boa vontade para fazê-lo, então é desejável que comecemos já a oferecer uma tutoria PERSONALIZADA – é isso que advogo, enquanto jogador de dois cliques que se encontra completamente desorientado sobre como jogar e como participar.

4 – Por que não adotar um novato?


Aí eu aproveito a deixa para dar uma ideia aos mais antigos: por que não adotam um novato? Adotar, apadrinhar – chamem como quiser – é importante para garantir que o sujeito tenha um tutor pessoal, que o ajude e o informe sobre como fazer e o que fazer. Se vocês me perguntarem: “o que eu ganho adotando alguém?”, eu respondo no ato: você ganha um aliado futuro para o que precisar, na política, na economia, e na vida paralela que corre no eRepublik. Isso vale pra qualquer jogo, para qualquer lugar na RL: você encontra muitas provas do que eu digo na literatura política, como em “O Príncipe”, de Maquiavel. Se com uma tutoria personalizada e organizada já temos uma garantia de ganhar um ou dois cidadãos ativos e participativos no eBrasil, com um apadrinhamento, temos a garantia de que teremos uma política certamente mais emocionante do que já é.

5 – Um aviso aos antigos:

Buscando no fórum, e nos comentários do meu último artigo, encontrei muita história interessante, que precisa ser contada. Nestes termos, eu proponho o seguinte: como eu sei que terei paciência pra editar um jornal [não com tantas figuras, como vocês gostam, mas com textos e análise profunda de política], abro um espaço aqui pra quem quiser contar a história do eBrasil, falar mal de quem quer que seja, apontar culpados, dar graças e louvores a quem porventura mereça, elogiar o governo, falar mal do governo, ou qualquer um destes atos inerentes à cidadania participativa. Basta que você me mande a história que você quer contar ou a sua opinião inbox, e diga se quer que eu publique com seu próprio nome, ou mesmo no anonimato, que eu publico, assim, sem muito mais coisa, sem firulas: publico mesmo, porque não tenho compromisso com nada, AINDA, e tenho o maior interesse em compreender o que acontece no eBrasil – e que é refletido pela sua história.

6 – Por fim...

Diz um mote da terra dos meus pais e avós: “denantes mortos que escravos”. Não nos permitamos sermos olhados de cima pra baixo pelo povo de nenhuma nação. Pra que sejamos uma nação grandiosa, um caminho [de tantos outros] é aproveitar os novos cidadãos e integrá-los mais efetivamente.

Um abraço e até o próximo ato.