POR UM PACTO REPUBLIKANO
Greywacke
Musica relaxante para leitura
Há algo de lindo em uma realidade alternativa na qual todo mundo pode fazer quase tudo o que quiser, onde o sucesso está ao alcance de todos e não faltam empregos e oportunidades em carreiras políticas, diplomáticas e militares (tudo bem, é meio chato não poder ser um arquiteto de fama internacional ou um grande cirurgião plástico, mas nada é perfeito). Mas, às vezes, isso nos coloca em situações estressantes.
Desde que começou a pensar, o ser humano (e talvez os australopitecos antes deles) se confrontam com uma questão crucial: “O que vale mais? A liberdade individual ou a ordem coletiva?”
Já filosofaram sobre ela Rosseau, Espinosa, Thomas Hobbes, Voltaire, a Rainha Borg, e tantos outros.
Alguns filósofos ilustres...
No eRepublik vivemos uma situação paradoxal. Se por um lado podemos ser eleitos presidentes em um dia e roubar todo o dinheiro do país no dia seguinte, por outro, não podemos evitar que isso aconteça.
Se podemos ter nossas próprias fábricas de armas, pagar o salário que quisermos, e demitirmos nossos empregados no momento que quisermos, por outro lado, não podemos vender as maças que colhemos em nossos pomares ou o peixe que pescamos em nossos lagos (só podemos vender esses alimentos depois de industrializados – provavelmente na forma de soylent verde).
Mas deixemos de prosopopéia flácida e de elucubrações cicunvolantes e sigamos direto ao assunto (assim que eu decidir qual é ele...).
As várias crises que presenciei no eBrasil, sendo a última uma transferência estranha/equivocada/suspeita de verbas públicas, são todas originadas em ações de pouca responsabilidade pública dos envolvidos.
Erros (e malcaratismo) existem e são inevitáveis, mas há elementos de nossa organização social (aqueles acordos e compromissos que existem entre os jogadores mais participativos) que facilitam tal falta de responsabilidade, práticas que, por vezes, dizem que você não é responsável por suas vontades e taras, e outras vezes, afirmam que discutir, ou mesmo apenas ter opinião sobre, certos assuntos é totalmente irrelevante e mesmo incomodo ao bom andamento do jogo e até uma ameaça ao e-país.
A base da republica, mesmo nas monarquias constitucionais, é o da separação dos poderes. Choca aos olhos e aos ouvidos a noção enraizada que o bom congressista é aquele que vota SIM em todas as proposições originadas da presidência.
Afirmações como: “Quando fui congressista sempre votei sim nas propostas de doações ao Controle Nacional e nas propostas de pactos de proteção mútua, só votei contra propostas esdrúxulas de aumento do salário mínimo, não discutidas no fórum”, são usadas como cartão de garantia da qualidade daquele candidato (inclusive por candidatos inatacáveis em sua honestidade e compromisso). O pior é que, na atual mentalidade política do ePaís, esses fatos são essa garantia.
Parece que o congressista tem como papel único vigiar seu próprio colega, mas nunca a presidência!
Parece que a nação se encontra sujeita à vontade de uma minoria tecnocrática que “SABE” o que é preciso fazer e como é preciso fazer. Sujeita a quem “sabe” com quais países devemos fazer pactos, a quem “sabe” que guerras são prioritárias, a quem “sabe” quais são as ações sociais mais relevantes, a quem “sabe” o que fazer com o dinheiro.
Essa é uma situação altamente excludente, mas pode ser atenuada com um acordo entre as poucas pessoas que participam, que tem idéias, que propõe, que fazem as bobagens, que roubam, que criticam, que trollam.
O que vou propor aqui não é nenhuma novidade, é baseado em sinais emitidos por vários cidadãos, também não é nada revolucionário, sob o pomposo e pretensioso nome de PACTO REPUBLIKANO, exponho algumas poucas idéias singelas e, para mim, extremamente lógicas.
1 - O Controle Nacional deve receber verbas exclusivamente para gastos militares correntes. Todo programa social deve ter as transferências aprovadas diretamente pelo congresso.
2 - A permanência em uma aliança deve ser aprovada por cada nova legislatura.
3 – Cosequentemente o congresso deve discutir quais MPPs são desejáveis e necessárias.
4 - Concordância em parar para pensar e pesar bem as palavras antes de solta-las ao vento, pelo menos ingame, no IRC e nos fóruns, outro entendimento pode haver.
5 – O país precisa discutir a necessidade e relevância de um supremo tribunal de justiça (eleito e com alternância de membros mensal), para decidir situações de impasse e punições aos criminosos, inclusive o descumprimento dos quatro pontos acima.
Apenas alguns pequenos passos (que sei que muitos irão taxar de noobice), mas que exigirão que os congressistas trabalhem mais e que os governos trabalhem mais e abram mão de alguns poderes.
Espero que, pelo menos, pensem a respeito.
Comments
L. Cohen
"prosopopéia flácida e de elucubrações cicunvolantes"
PALAVRIADODIFICILMAX!!!
Quantos as sua propostas eu concordo com os itens 1,2,3 e 4.
O item 5 já tentaram implementar mas não dá certo!
abs.
Gostei de todas, pode contar comigo para implementá-las.
Se tivesse mais tempo, concorreria a CP só para organizar as práticas anormais que foram normalizadas.
Eu discordo, noobice, tudo que li foi "mimimi panela mimimi panela"
-zuera-
Muito boa a proposta, se for mais bem trabalhada e com mais pessoas, acho que vai pra frente
muito bom, votado
gostei em especial da primeira proposta, que é simples e permite melhor acompanhamento do que está sendo feito pelo governo.
Greywacke, posta sua proposta no fórum (não sei se ja não o fez pois atualmente não estou seguindo-o) são ótimas ideias e se quiser que sejam seguidas a frentes o melhor lugar é lá.
Gostei da música
Muito bom! Só discordo dos pontos 2 e 3 Por um simples motivo: a insegurança jurídica que isso geraria. Isso dificultaria a formação de alianças já que os outros países ficariam receosos em criar uma aliança conosco e no mês seguinte essa aliança correr o risco de ser unilateralmente rompida. Outra consequência disso é caso os países aceitem a criação de alianças conosco elas já viriam com 1 mês de duração. Oque impossibilitaria um pacto de paz tranquilo e duradouro, já que a cada nova legislatura os pacos seriam revistos. Sem falar que o outro país pode se sentir ofendido e inseguro com alianças tão instáveis e assim causar mais atrito do que solução.
Gostei da idéia do Guilpas de postar a discussão no fórum, acho que na Praça Pública, gostaria de debater as opiniões com mais flexibilidade do que a que temos nos coments de um artigo, por favor, procurem, pelo tópico no fórum em breve.
Já está no Forum: http://www.erepublikbr.com/showthread.php/9587-Pacto-Republikano?p=169593#post169593
Ótimo artigo, mas se me permite, gostaria de comentar alguns pontos.
1 - O Controle Nacional deve receber verbas exclusivamente para gastos militares correntes. Todo programa social deve ter as transferências aprovadas diretamente pelo congresso.
Isso poderia atrasar a doação para manuntenção do exército, distribuições e defesa do território nacional. Atualmente estamos em uma situação favorável e com um caixa extremamente alto, então, é possível pôr em prática, mas já estimos em situação de que o Controle Nacional estava zerado ou com variações de apenas 100 a 200k BRL. Em Novembro mesmo estivemos nessa situação como você pode ver na planilha do CP da época: https://docs.google.com/spreadsheet/ccc?key=0Au_OtuHdQfxgdHYxSE50QS1YVzVMYnlBd0p5UGhIVlE&hl=en_US#gid=0
2 - A permanência em uma aliança deve ser aprovada por cada nova legislatura.
Acho que isso não funcionaria. Apesar de ser uma ideia nobre e bonita, ela o é apenas no papel. Sabemos muito bem que dos 40 congresisstas que entram todo mês, poucos são os que entendem nossa situação internacional e nossa situação em cada aliança.
3 – Consequentemente o congresso deve discutir quais MPPs são desejáveis e necessárias.
Mesmo comentário do item 2. Concordo que o congresso quem deveria saber disso, tanto que já martelei nesse ponto quando eu era mais novo no jogo e quando o congresso cometia erros de aprovar MPPs errados, mas não adianta e por isso existe o MoFA.