O DESASTRE ESPANHOL

Day 2,193, 13:58 Published in Portugal Portugal by Duque de Saldanha


Espanha ocupa actualmente 6 das 7 províncias portuguesas. Até parece que ganhou a guerra. Mas não é bem assim. Muito pelo contrário.

Durante alguns meses, existiu uma paz podre entre Portugal e Espanha, enquanto os governos tentavam negociar um acordo. Portugal estava disposto a ceder o Norte, por este ter um bónus necessário a Espanha. Em troca pediamos paz e levantamento dos entraves à entrada na ACT, aliança subsidiária da TWO. Os sucessivos governos espanhois foram adiando a coisa e finalmente, disseram que aceitavam, se Portugal não assinasse pactos (mpp's) com a Argentina e Colombia. Portugal não podia aceitar ficar sem amigos. Somos mais fracos que os espanhois, mas não somos escravos.

Espanha resolveu partir para a guerra. Não para ficar com o Norte, mas para apagar mesmo Portugal.

Portugal reagiu bem. Resistiu heroicamente ao ataque ao norte e de seguida lançou junto com muitos amigos uma blitzkrieg, ataque fulmimante, conquistando duas regiões espanholas e isolando a capital do país vizinho que ficou sem acesso a qualquer bonus.
Foi a melhor estratégia por forma a adiar o mais possível o que seria inevitável, dada a desproporção de forças entre portugueses e espanhois. Estes sempre conseguiriam ocupar os nossos territórios. Mas o tempo faz a diferença. E fez.

Espanha, ocupada em tratar de Portugal, não conseguiu manter as suas colónias. Perdeu todos os territórios que tinha nos USA e no Canadá, para além da importante colónia de Guyana na Venezuela. Oito províncias no total.
Mas o mais grave nem é a perda directa desse territórios, são os efeitos politico/militares/económicos futuros.

Os governos do Canadá e USA já deixaram a indicação que de mesmo pretendendo continuar em paz com Espanha, não devolverão esses territorios. pelo menos de mão-beijada e gratuitamente. E mesmo a Venezuela, aliada de Espanha, se mantêm reticente. É que as condições do jogo mudaram.

Com a introdução do novo imposto colonial, pelo qual o país ocupante fica com 80% da receita da província ocupada, aceitar que uma província se mantenha ocupada tem custos muito elevados em termos de perda de receita.

Espanha, ao resolver atacar Portugal e ficando sem aquelas 8 colónias perdeu milhões em impostos que deixou de cobrar. Pior ainda: a ocupação dessas colónias era pacifica, não lhe custava um cêntimo. E tinham 100% de bónus, o que é muito relevante em termos económicos para as produções internas de armas e comida.
Acresce que a manutenção da ocupação dos territórios portugueses lhes custará muito caro. Não apenas o congresso português baixou os impostos ao minimo, para que eles não lucrem absolutamente nada à nossa custa, como terão gastos com as sucessivas guerras de resistências que serão obviamente lançadas.

Espanha perdeu os bónus. Não os voltará a ter tão cedo. Perdeu as colónias americanas e uma presença no plano internacional. Ficará novamente irrelevante e longamente presa ás guerras dos portugueses. Perderá também umas centenas de jogadores que ali tinham instaladas as suas fábricas pelos seus bónus. O que ganhou? Nada. Só perdeu.

Mas Portugal contenta-se com o mal espanhol? Bem, sabendo que o nosso vizinho e inimigo é várias vezes superior em número e força, dificilmente poderemos aspirar por nós mesmos a ter a nossa independencia. Podemos fazer uns fogachos, nada mais. Para termos paz precisamos que os espanhois a queiram também. Até lá, e para forçar tal realidade (o que se tem mostrado de difícil compreensão pelos nossos vizinhos) todo o prejuízo que possamos provocar-lhes é um nosso bem.

Já estivemos em situação semelhante no passado. Verdade. Mas há uma diferença importante. No passado dividimo-nos sobre o que seria melhor. Desta vez há mais harmonia, todos vimos o que os espanhois nos fizeram, vimos o que ia suceder, todos percebemos que a estrategia certa era resistir, levar wipe se necessário, mas não os deixar em paz. Nem agora, nem no futuro. Até que percebam.

E se não for por eles, conta-se que os seus parceiros, actuais e antigos, os ajudem. A Eslovénia já lhes virou as costas e prefere apostar numa parceria com a Argentina. O presidente polaco diz que pretende «melhorar o relacionamento com Espanha», sinal de que já terá visto dias melhores. E a Sérvia encontra-se a braços com sérias dificuldades, pois que a Croácia e Albânia estão a recuperar os seus territórios naturais. Não suportariam estar a pagar impostos ao invasor. Aproveitando a boleia, a França e a Itália renasceram e estão a libertar várias regiões.
O mundo já não é o mesmo da semana passada.
Espanha deu um passo em falso. Não lhe correu nada bem. O que é óptimo.