Morreu o tenente-coronel Marcelino da Mata vítima de covid-19
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by teXou
Era um dos militares da guerra colonial mais condecorados. Tinha 80 anos.
Marcelino da Mata, natural da Guiné-Bissau, tinha 80 anos e foi um dos fundadores da tropa de elite "Comandos", sendo conhecido nos meios militares como um dos mais "bravos e heróicos" combatentes lusos, especificamente nas então colónias ultramarinas.
Após a Revolução do 25 de Abril e do fim da Guerra Colonial foi proibido de voltar à sua terra natal, entretanto independente país de origem, e viu-se obrigado ao exílio, em Espanha, até ao contra-golpe do 25 de Novembro (que terminou com o Processo Revolucionário Em Curso).
Foi o militar mais condecorado de sempre do Exército, segundo o ramo. Em 1969, foi armado cavaleiro da "Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito", após ter subido sucessivamente de patente, desde soldado a major.
Entre as mais de 2.000 missões de combate em que participou, naquele que é considerado dos teatros de operações mais difíceis da Guerra Colonial, contam-se as emblemáticas: Operação Tridente, o resgate de mais de uma centena de militares lusos no Senegal e a Operação Mar Verde.
Marcelino Mata reformou-se em 1980 e foi ainda promovido a tenente-coronel em 1994.
Nasceu a 7 de maio de 1940. Foi acidentalmente incorporado no lugar do irmão no CIM-Bolama em 3 de janeiro de 1960, ofereceu-se como voluntário após cumprir a primeira incorporação. Integrou e foi fundador da tropa de operações especiais COMANDOS na antiga Guiné Portuguesa tendo realizado operações no Senegal e na Guiné Conacri.
A 2 de julho de 1969 foi feito Cavaleiro da Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.
Apesar de várias vezes ferido em combate apenas teve que ser evacuado da Guiné por ter sido alvejado, por acidente, por um camarada, assistindo ao 25 de Abril de 1974 em Lisboa.
Após a independência da Guiné foi proibido de entrar na sua terra natal.
Em 1975 foi detido no quartel do RALIS, Lisboa, e sujeito a tortura e flagelação praticada e ordenada por Manuel Augusto Seixas Quinhones de Magalhães (capitão), Leal de Almeida (Tenente Coronel), João Eduardo da Costa Xavier (capitão tenente) e outros elementos do MRPP.
No decurso das perseguições de que foi alvo no ano de 1975 conseguiu fugir para Espanha, de onde regressou após o 25 de Novembro, participando ativamente na reconstrução democrática e no restabelecimento da ordem militar interna, agindo sempre com elevada longanimidade para com os seus opressores.
Atualmente residia em Sintra.
Condecorações
Medalha Militar de 2.ª Classe da Cruz de Guerra (26 de Julho de 1966)
Medalha Militar de 1.ª Classe da Cruz de Guerra (9 de Maio de 1967)
Cavaleiro da Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito (2 de Julho de 1969)
Medalha Militar de 1.ª Classe da Cruz de Guerra (21 de Abril de 1971)
Medalha Militar de 3.ª Classe da Cruz de Guerra (9 de Junho de 1973)
Medalha Militar de 1.ª Classe da Cruz de Guerra (22 de Agosto de 1973)
Artigo do Diário de Noticias do 11 Fevereiro 2021
Marcelino da Mata, natural da Guiné-Bissau, tinha 80 anos e foi um dos fundadores da tropa de elite "Comandos", sendo conhecido nos meios militares como um dos mais "bravos e heróicos" combatentes lusos, especificamente nas então colónias ultramarinas.
Após a Revolução do 25 de Abril e do fim da Guerra Colonial foi proibido de voltar à sua terra natal, entretanto independente país de origem, e viu-se obrigado ao exílio, em Espanha, até ao contra-golpe do 25 de Novembro (que terminou com o Processo Revolucionário Em Curso).
Foi o militar mais condecorado de sempre do Exército, segundo o ramo. Em 1969, foi armado cavaleiro da "Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito", após ter subido sucessivamente de patente, desde soldado a major.
Entre as mais de 2.000 missões de combate em que participou, naquele que é considerado dos teatros de operações mais difíceis da Guerra Colonial, contam-se as emblemáticas: Operação Tridente, o resgate de mais de uma centena de militares lusos no Senegal e a Operação Mar Verde.
Marcelino Mata reformou-se em 1980 e foi ainda promovido a tenente-coronel em 1994.
Nasceu a 7 de maio de 1940. Foi acidentalmente incorporado no lugar do irmão no CIM-Bolama em 3 de janeiro de 1960, ofereceu-se como voluntário após cumprir a primeira incorporação. Integrou e foi fundador da tropa de operações especiais COMANDOS na antiga Guiné Portuguesa tendo realizado operações no Senegal e na Guiné Conacri.
A 2 de julho de 1969 foi feito Cavaleiro da Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.
Apesar de várias vezes ferido em combate apenas teve que ser evacuado da Guiné por ter sido alvejado, por acidente, por um camarada, assistindo ao 25 de Abril de 1974 em Lisboa.
Após a independência da Guiné foi proibido de entrar na sua terra natal.
Em 1975 foi detido no quartel do RALIS, Lisboa, e sujeito a tortura e flagelação praticada e ordenada por Manuel Augusto Seixas Quinhones de Magalhães (capitão), Leal de Almeida (Tenente Coronel), João Eduardo da Costa Xavier (capitão tenente) e outros elementos do MRPP.
No decurso das perseguições de que foi alvo no ano de 1975 conseguiu fugir para Espanha, de onde regressou após o 25 de Novembro, participando ativamente na reconstrução democrática e no restabelecimento da ordem militar interna, agindo sempre com elevada longanimidade para com os seus opressores.
Atualmente residia em Sintra.
Condecorações
Medalha Militar de 2.ª Classe da Cruz de Guerra (26 de Julho de 1966)
Medalha Militar de 1.ª Classe da Cruz de Guerra (9 de Maio de 1967)
Cavaleiro da Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito (2 de Julho de 1969)
Medalha Militar de 1.ª Classe da Cruz de Guerra (21 de Abril de 1971)
Medalha Militar de 3.ª Classe da Cruz de Guerra (9 de Junho de 1973)
Medalha Militar de 1.ª Classe da Cruz de Guerra (22 de Agosto de 1973)
Artigo do Diário de Noticias do 11 Fevereiro 2021
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Comments
R.I.P o7
Honra de Portugal.
RIP.
fascista!
http://prntscr.com/zdlu5y
"regressou após o 25 de Novembro, participando ativamente na reconstrução democrática"
Problemas de compreensão ?
Os fascistas foram os do MRPP que foram até torturar um homem que deu a sua vida pela Pátria.
Os fascistas foram quem o deixou acabar a vida como taxista, foram quem não deu um enterro nacional à quem tinha um amor ilimitado à bandeira, etc ...
Não conhecia. Fiquei a conhecer. Está morto, não se insultam os mortos. Muitos lutaram pela democracia de 74 e são herós de abril e depois andaram a fomentar atentados terrotistas.
Não faço avaliação de pessoas que não conheço. Devo o meu respeito a uma pessoa que lutou pela Pátria que existia na altura. O meu pai foi capitão na guerra do Ultramar, era fascista ou estava lá porque tinha que estar?
Avaliem as pessoas pelo que são e não pelo que acham que elas são!
Daqui a nada qurrem leva-lo para o panteão ...
Daqui a nada é o Salgueiro Maia ...
Para ser coerente não faço comparações. Não quero ninguém no panteão, pois a companhia seria verginhosa. Se reparares no que disse não falo no Salgueiro mas sim noutro camarada....
Pisco.
Eu percebo a ideia do "revisionismo histórico" e desse ponto de vista até poderia concordar contigo.
Mas também não é menos verdade que eu não tolero pessoas que trabalhavam "na" ou "com" a PIDE.
Não me venham dizer que era para a segurança da sua família. Porque a minha lutou contra a ditadura e tiveram que andar fugidos e eles e a família prejudicaram-se bastante para que hoje em dia todos nós tenhamos liberdade.
Nas tuas palavras, quem "abandonou" o homem foi o cavaco e outros fascistas.
Eu não tenho palavras sobre "Cavaco e outros fascistas" porque não refiro nomes.
Referi os Heróis do 25 de abril que andaram nas FP25deabril.... defensores da Democracia!
Intervi por teres chamado Fascista a uma pessoa que acaba de morrer.
Que pelo que sei enquanto esteve ao serviço do Estado Português foi exemplar.
Se estás de acordo com a ideologia que orientava o Estado Português na altura não retira o valor da pessoa em questão! Sacrificou-se e pôs a sua vida em em risco para defender os seus colegas em diversas operações militares.
É só isso.
A história do panteão que não defendo... não é só para quem escreve bonito, canta bem e dá uns toques na bola. Obviamente que é para rentabilizar em jantares de gala!
Julgar momentos históricos com os olhos de hoje é pura desonestidade intelectual
1° Ele não trabalhou "na" PIDE
2° Obviamente, q como tropa de elite e anti-rebelde, ele trabalhava "com" as informações q recebia de todos os serviços de inteligência ...e isso incluindo os da PIDE .
Ou pretendes q todos os officiais dos Commandos, dos Rangers, dos Fuzileiros eram todos fascistas, seguidores dos Salazar e Caetano.
Eles eram antes de mais nada officiais das FA portuguesas e como tal se deviam de defender a Pátria contra a rebelião apoiada, formada (na Argélia) e armada pelos soviéticos e cubanos.
JFK se recusou em ajudar Portugal.
Portugal teve de lutar sozinho numa rebelião, q se tornou, de independência, em 3 teatros de operação. Onde encontrou não só armas soviéticas mas tambem formadores soviéticos e cubanos.
Como tal, era o dever de todas as FA's de defender o q naquele tempo era Portugal Ultramarino.
E ele mais q outros merece o "Panteão".
Álvaro: Neste comentário e nos seguintes fica claro não só o jogador execrável que és, mas, pior, o ser humano execrável que és.
[removed]
Mama Sumae!!! Mama Sumae!!! Mama Sumae!!!
Dulce et decorum est pro patria Mori,
Requiescet in pace
Até sempre Camarada!!!
o7
Votado!
Patrocinado!
Excelente informação!
Cumprimentos!
fds
Que máquina.
Paz à sua alma.
o7
o7
Mais de 2000 operações depois, morre aos 80 anos o TC Comando Marcelino da Mata.
Participante em operações de grande envergadura como a "Mar Verde" (resgate de prisioneiros portugueses na Guiné Conacri) e "Ametista Real" (a "martelada" na base de Kumbamory no Senegal), deixo aqui foto do resultado da singela e anónima operação de resgate do piloto português Miguel Pessoa, cujo avião foi atingido por míssil SAM-5 na zona do "corredor da morte" sobre o território da Guiné, levada a cabo pelo grupo de operações especiais "Vingadores", fundado e comandado por ele.
http://prntscr.com/zeopt9 (foto do blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné)
Para a foto, o TC Comando Marcelino da Mata, sempre de óculos, empunha a sua imagem de marca: uma catana.
"Os militares não morrem nunca - apenas se retiram".
Concordo.
Não conhecia, mas merece muito respeito!
Obrigado Texou
Lamento não seguir o tom apologetico geral . Mas sempre achei que o branqueamento da história é uma forma de voltar a repetir uma vez e outra os mesmos erros
Sobre Marcelino da Mata há graves e sérias acusações de ter cometido atrocidades e crimes vde guerra na Guiné . Não sei se converteu á democracia mas a História da Guerra Colonial continua a ser um tabu em Portugal
Que Deus tenha piedade da sua alma
Tens toda a razão.
Um gajo que matou numa guerra. Não se entende 😃
Caro Passos manda a verdade dizer que uma vez mais estás a torcer as minhas palavras .
Não nunca, para mim assassinar outra pessoa é sempre uma atrocidade.
Black lifes matter sempre.
A muita coisa a dizer sobre o branqueamento e não podemos esquecer as ações de ambos dos beligerantes.
RIP
Sou incapaz de comentar mais. Estou mal informado.
Esta publicação mostra que como povo, somos burros comó caralho, não todos, mas a maioria.
Votado!
Sem dúvida trata-se de alguem que conquistou, por mérito, o direito a ser lembrado nos livros de história.
Nos livros dos meus filhos já não vai entrar mas seguramente que entrará no livro dos meus netos quando a cegueira ideológica passar.
o/
Tens mais esperança no futuro do país que eu. Espero que estejas certo
"Se servistes à pátria, que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis, ela o que costuma. Mas que paga maior, para um coração honrado, que ter feito o que devia? Quando fizestes o que devíeis, então vos pagastes." in Sermão da Terceira Quarta-feira da Quaresma, Padre António Vieira.
Votado
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