Décimo Ato - De volta ao prelo!
Frade Eremita
Décimo ato - de volta ao prelo
Brasil, dia 4.303 do novo mundo (02 de setembro de 2019)
Prezados amigos,
Depois de um longo intervalo de quatro anos, o Jornal do Eremita Social volta a ser publicado. Desde que nos ausentamos do eRepublik, o jogo mudou significativamente. Com as mudanças, voltamos à razão fundamental para a existência dessa publicação: como é jogar o eRepublik sendo um eremita social, sem grandes vínculos com unidades militares, personalidades importantes, ou noção de jogabilidade? É para narrar esta experiência que existíamos, chegando a nove exitosas publicações.
Algo que mudou significativamente, também, foi a imprensa. No meu tempo de atividade, a imprensa trazia artigos detalhados, que tratavam sobre estratégias militares, manobras políticas, a rivalidade entre a Arena e a Panela (ainda existe? Soube que o querido amigo Darth Claudio agora aponta os seus canhões contra outra entidade, a "Máfia das Contas Comrpadas"), tudo com muita qualidade e informação. Hoje, vemos artigos com não mais do que duzentos caracteres, sem muita coisa além de um punhado de imagens e anúncios de sorteios.
A imprensa, meus queridos, é uma plataforma fundamental para a existência de vida política no país. Com ela, aqueles que estão afastados do jogo encontram oportunidade de se integrar; o debate político se aquece fortemente; e, in-game, sem a necessidade de permanência vigorosa no fórum para além do jogo, encontramos soluções interessantes para melhorar a experiência de jogo.
Não sei como as coisas andam. Não sei, por exemplo, quantos amigos (ou inimigos) ainda se preservaram ativos no eRepublik. Sei, como disse, que a coisa está completamente diferente: parte substancial da nossa atividade é dedicada a Training Wars. Por isso, o artigo de hoje irá lhes contar sobre como era o jogo em 2014, ano em que me afastei, e o poder da imprensa.
Minha conta existe há longos nove anos, desde 2010. Contudo, só comecei a participar ativamente do eRepublik em 2014. Cheio de dúvidas, via as coisas acontecerem no jogo sem nenhuma compreensão, posto que não tinha contato com nenhuma outra conta. Logo pensei: como conseguir as informações que preciso?
E, assim, decidi gastar os poucos golds que tinha comprando um jornal. Nele, deixei perguntas sobre como a sociedade funcionava, como a vida corria, como realmente ocorriam as votações, a política. Graças ao primeiro texto, consegui encontrar informações substanciais e dicas muito valiosas. Decidi-me, então, permanecer sobretudo como jornalista, dedicando-me a comentar sobre o que nos ocorria.
2014 era algo bem diferente de 2019. O Brasil não existia no mapa: havíamos sido varridos pela Asteria, uma aliança de países que não sei se ainda hoje existe. Tentávamos voltar à superfície com guerras de resistência; chegamos a planejar um airstrike, com nulo sucesso, no Paquistão. Foi muito árdua a luta para conseguirmos voltar a ter um Congresso (cuja condição sine qua non para existência, à época - e suspeito que ainda hoje - é estar presente no mapa).
Com a minha participação ativa na imprensa, pouco a pouco, saí da posição de um completo desconhecido e eremita social (por isso, este é o jornal do eremita social! Tcharam) e passei a trabalhar como assistente no governo. Em pouco tempo, fui eleito e re-eleito presidente do meu partido, o Fênix (posição, aliás, que ocupei por três vezes).
Curiosa, aliás, era a condição do país. Boa parte dos nossos cidadãos não o eram in-game, ostentando cidadanias de outros países para poder recolher bônus de produção e de guerra. Por isso, na primeira eleição depois da ressurreição do Brasil no mapa, o Fênix e outros partidos parceiros decidiram por uma mecânica um tanto diferente: os dois co-presidentes (sim, não houve mandato de um homem só!) seriam dois brasileiros com cidadania estrangeira; e para que isso fosse possível, um laranja seria eleito no lugar. Os dois presidentes foram os valorosos amigos Paul Warfield II (saudades, Paul; soube que não joga mais!) e pPandp; e o laranja, eleito, fui eu, um novato. Assim, conquistei minha primeira medalha de Country President.
Depois do meu primeiro mandato laranja, passei a ser um cidadão bastante ativo na política. Fui eleito cinco vezes ao Congresso; continuei comandando o partido que, à altura, era o segundo maior do país, o Fênix (equidistante da rivalidade entre a Panela e o Arena); e, encerrando a carreira meteórica com chave de ouro, fui eleito Presidente do país, de verdade, com maioria absoluta dos votos.
A experiência de ser Presidente de verdade, aliás, foi bastante estranha para um novato. Tive de dar conta de uma mecânica de jogo completamente diferente, e encontrei em mãos uma responsabilidade da qual claramente não estava preparado. Foram quatro duras semanas em que sofri muito, encontrei dura oposição de ministros e membros do meu próprio governo (!), da minha própria aliança de partidos no Congresso, mas sobrevivi com louvor. Terminamos recuperando os últimos pedaços de país que faltavam no mapa, e atacando, com muito sucesso, os países inimigos.
Depois do meu mandato, por fim, veio o desânimo. Perdi realmente o tesão pelo jogo, e vi a coisa descambar completamente. Menos de um ano depois de termos recuperado nosso território, sofremos outro wipe completo e saímos do mapa outra vez. Boa parte da oposição, que batia sem clemência no completo novato que virou Presidente da noite pro dia - e que entregou um país com superávit fiscal, território íntegro e ampliado, sem nenhum grave problema - foi responsável pelo nosso sumiço do mapa.
Muito por isso, sumi.
Mas, fica a lição. Com a imprensa, trazendo comentários relevantes e de qualidade, você, cidadão comum, distante de panelinhas, de grupinhos, pode galgar os mais altos postos. Às vezes, mais vale investir seu tempo e esforço, do que comprar uma conta poderosa. Graças ao jornalzinho semanal, logrei, em um tempo distante, o mais alto posto do país por duas vezes.
Quatro anos se passaram, a vida mudou. A responsabilidade da vida real se ampliou, a coisa endureceu, a barba na cara surgiu, e eis que o Frade celibatário até se casou. O jornalismo do eRepublik, terminei levando para a vida real: hoje, sou um articulista político de relativo sucesso na vida real, escrevendo para alguns veículos de imprensa. Lembrei-me da existência do eRepublik, senti ganas de jogar novamente. E, com o desejo de jogar, veio a lembrança da minha missão fundamental nesse jogo: fazer jornalismo de qualidade.
Muito por isso, anuncio: de agora em diante, o Jornal do Eremita Social voltou ao prelo! Esta décima edição, primeira para muitos que não conheceram este veículo de imprensa, será apenas uma de muitas, desde o passado, até o futuro. Com o bônus, claro, de que este eterno novato, sempre eremita, não voltará a ser Presidente do Brasil tão cedo - e nem provavelmente algum dia, o que obriga este veículo a retomar o seu sempiterno compromisso com a verdade!
O Jornal do Eremita Social, esse pré-histórico veículo de imprensa, conta com os patrocínios e colaborações de todos. Doações de BRLs, food, armas, ouros, ou o que você quiser, são sempre bem-vindas e INCENTIVAM a produção de artigos jornalísticos de qualidade.
Comments
O RETORNO
erepublik.com/en/article/2703490
LEIA, VOTE, PENSE
Feliz por seu retorno!
2014 para mim vc era baby. 🙂
Muito bem vindo de volta meu amigo.
Ainda lembro dos seus primeiros artigos que te catapultaram da condição de novato anônimo para celebridade da mídia.
Sua percepção da nossa realidade continua aguçada. Provavelmente até mais que naqueles dias.
Ruímos como sociedade e como país. A Máfia das Contas Compradas em nome do poder hegemônico matou o país e criou uma legião de escravos que fazem qq coisa pra ganhar uma conta dos seu mestres
Mas acredito que seu periódico pode funcionar como um farol para os mais jovens que cansaram da condição de slave e de repetir o que seu donos decidem.
V+agregado+suscrito
V+ Bem vindo ao jogo novamente. A imprensa tem papel importante nas relações tanto na RL como no jogo. Espero que mantenha a regularidade. Saudações.
Bem vindo de volta meu caro, e agora volte com tudo e vamos lutar juntos por um eBrasil melhor para todos.
Bem-vindo novamente. Muito legal sua história e uma fonte de aprendizado para novatos como eu.
Vejo como algo bom artigos com pouco texto e muitas imagens. Não só porque diz a máxima que a imagem pode valer mim palavras, mas principalmente porque a imprensa é um simples meio de comunicação.
Sua função pode então ser informativa, reativa ou de entretenimento, sem méritos ou deméritos.
Mil palavras*
V+ "o bom filho a casa torna..." Bem vindo de volta brother!
Seja bem-vindo de volta. Não é a primeira vez que ouço sobre um CP sendo atacado por seus felas. Hegemonia temos nos dias de hoje. Será que vai conseguir ver o que causa isso ou vai manter o discurso do DC? Boa sorte aí na Máfia das Contas Fakes.
Pretendo fazer uma boa leitura, bem independente, sobre a causa disso. Abs. 🙂
V+
Bem vindo (de volta)
Esperamos que goste
abraços
Bem vindo de volta
... a coisa enfureceu...
Ui
Digo, endureceu
V+
Bem vindo de Volta Frade Eremita
Quando eu comecei, você tinha acabado de parar de jogar, algo assim!
Abraço
Bem vindo novamente, somos contemporâneos de 2010.
V+
Correção:
Mafia das contas compradas vs Mafia dos fakes
Conte-me mais!