[Bitorino] Congresso, Cidadanias e Respeito pelos Portugueses

Day 1,723, 04:24 • Published in Portugal Portugal • by General Destroyer


Caros amigos,

Numa altura em que começo a regressar mais activamente ao jogo, o que me leva a escrever não é, de todo, um motivo simpático.
Ao longo do dia de ontem, os congressistas eleitos no passado dia 25 de Julho intensificaram o debate em torno da atribuição da cidadania portuguesa a dois jogadores em especial: o português Cidadao e o brasileiro Mr eLego.

Ambos pretendiam obter cidadania portuguesa, mas as votações estavam num impasse devido a dúvidas sobre o passado e intenções dos dois jogadores em causa para a sua entrada em Portugal.

O diálogo ao longo do dia azedou e o que acabou por se assistir foi, no mínimo, vergonhoso e que deveria fazer reflectir.

Perante o impasse e algumas ameaças de entrada na lista negra do congresso, o congressista e presidente do Movimento Minerva CatBea decidiu, à revelia do que fora combinado entre os congressistas no início do mês (obtenção de uma maioria de 6 dos 10 congressistas para concessão de cs), atribuir a CS portuguesa ao jogador Cidadao sem que houve um consenso generalizado no congresso.


Acto continuo, o congressista e presidente do PRD teXou decidiu "retaliar" concedendo cidadanias a outros dois jogadores cujos pedidos estavam em votação.


Sublinhei o facto de ambos os congressistas serem presidentes dos seus partidos porque entendo que ao líder de um partido se exige uma responsabilidade ainda maior do que aquela que é exigida aos demais congressistas. O exemplo deve, e tem, de partir deles.



Aos que aqui virão questionar o porquê de se travar a atribuição da cidadania portuguesa ao Cidadao porque ele é português questiono por que motivo houve então tanta celeuma em torno da atribuição da cidadania ao Paisana quando este estava no Reino Unido ou por que motivo o Helder Medeiros viu recusado igual pedido agora que se encontra no Uruguai?

Ou bem que as regras são iguais para todos ou bem que não são. E, aí, estamos perante uma situação grave pois fica entregue ao bom senso de cada um a atribuição de cidadanias, independentemente da nacionalidade original do jogador.



A Comissão de Cidadanias

Fui dos que, enquanto congressista, mais se bateu para que esta comissão fosse criada e colocada em prática. Alguns meses após a sua entrada em funcionamento é mais do que óbvio que há incongruências entre as regras e sanções da Comissão de Cidadanias e a Lista Negra do Congresso.
Das duas uma: ou o congresso assume a importância dos dois mecanismos e resolve estas incongruências - incluindo o agilizar da atribuição da cidadania portuguesa a todo e qualquer português nativo, independentemente dos seus actos no passado (mais ou menos recente - ou, então, chega à conclusão que estes mecanismos não têm qualquer utilidade ou razão de existência e extinguem-se ambos.



Do respeito pelos portugueses

O que ontem se passou no congresso deverá envergonhar todos os portugueses e os congressistas em particular.
A atribuição de cidadanias exige uma maior responsabilidade do que a atribuição só por que sim, por pirraça ou retaliação porque "fulano de tal" também o fez.

Aos presidentes do Minerva e do PRD pede-se uma reflexão sobre o sucedido. Os portugueses merecem mais respeito da parte dos que os representam.



Ausência do presidente do Partido Portugal

Sei que, naturalmente, haverá que irá trazer à baila a ausência do congressista e presidente do Partido Portugal Rui M. Pimentel.
Internamente, no PP, foi explicado o motivo da sua ausência temporária e, defendo, o mesmo deveria ter sido feito no congresso.
Desconheço se o fez. Mas se tal não aconteceu deveria ter sucedido.
Não obstante, entre dois males, e como já disse ao presidente do PRD, prefiro um congressista ausente do que um que atribui cidadanias apenas porque sim ou por pirraça.
Quanto aos 5 gold da eleição, eu, no meu caso, sei bem o que lhes fazia. Quanto ao Rui caber-lhe-á a ele decidir.

Tenho, contudo, a certeza que saberá assumir a responsabilidade dos seus actos. Assim outros o saibam fazer também.

Uma nota: Para quem não sabe, ou ainda não percebeu, a Comissão de Cidadanias não foi, este mês, eleita face ao número de congressistas eleitos (10).