Existe politica em ePortugal?

Day 4,076, 08:09 Published in Portugal Portugal by 4tires

Boa tarde a todos,

Motivado pela semana nacional do eJornalismo vim aqui ao meu jornal fazer uma análise ao clima politico da nossa comunidade e descobrir as raízes do mal que nos impedem de ter uma máquina bem oleada e que nos faz depender de individualidades.

Aviso desde já aos leitores que um dos objetivos deste artigo é apontar dedos e meter o dedo na ferida, para que possamos todos fazer uma reflexão, por isso peço que caso comentem sejam cordiais e "ataquem" ideias ao invés de atacar o carácter de mim ou de outro alguém.




Comecemos então por uma análise ao TOP 5 dos partidos.

Em 1º lugar temos o P.O.R.R.A.D.A. : um partido com uma longa tradição de ser o maior partido e por isso tem usufruído da vantagem de ser o mais apetecível para qualquer cidadão que queira fazer carreira politica, visto que não existe grande dificuldade em ser nomeado congressista em 15 vagas. Continua-se assim um ciclo virtuoso de ser o maior partido.
Com um nome feito para efeitos de humor, é um partido que parece não ter ideologia, ou então de se contradizer a si próprio, visto que se diz "libertário" apesar de ter CPs que apostam (no meu entender e do meu partido bem) no aumento do crescimento de um Estado Social.

Em 2º lugar temos os revolucionários: O Partido Revolucionário (liderado por Bitorino e nova casa dos descontentes do PORRADA pela "ditadura" do IDEIAS) é o partido que ainda dá sinais de vida ao contrário de todos os outros partidos, é a principal oposição ao governo e provavelmente o partido mais activo no jogo. Falta uma ideologia concreta mas comparado com os demais já é muito bom.
Temos então o MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO: outro partido que mete revolucionário no nome apenas para criar choque e tentar atrair alguém que se inicie na vida politica, faz lembrar as tácitas dos populistas da vida real que usam buzzwords [por imposição das regras não se pode falar da politica da vida real, fica então por aqui a frase que acho que percebem a ideia]. Não há muito a dizer sobre este partido porque não existe qualquer característica que os destaque do genérico.

Em 3º lugar temos a velhocracia: Uma espécie de lar de idosos que na realidade é uma congregação de membros experientes que apesar de não ter ideias muito bem definidas fazem o papel de watchdogs / conselheiros e guiam os menos experientes ao sucesso com as suas chamadas de atenção.

Por último o meu partido: Partido Comunista ePortuguês, que ou é o pior a disfarçar a sua terrível inactividade ou então é por eu estar mais atento e apercebo-me mais facilmente, pois nos últimos meses tem vindo a descer no lugar das eleições e só não saiu do TOP 5 porque não existe um partido credível para tomar o lugar.
Nos últimos eventos políticos do país os membros demonstraram uma apatia e indiferença, não tendo coragem de assumir uma posição, abstendo-se, deixando-se levar pela maré. Isto não é uma oposição, isto é deixar os outros decidirem por nós, e para isso não precisamos de participar num partido.



Sobre o modelo de governação:
Graças à inflexibilidade das mecânicas do jogo e ao crescente desinteresse e abandono do mesmo (mesmo que nalguns caso seja parcialmente), existe uma tendência para concentrar o poder num grupo restrito de pessoas, que são consequentemente elevados a "Cristianos Ronaldos" por uma filosofia de trabalho que assenta na individualidade e não na distribuição de pequenas parcelas de trabalho que fomenta a participação de todos os envolvidos.
O resultado é mais que óbvio, e há anos que se avisa, uma filosofia que torna-se um ciclo virtuoso, corre bem enquanto esse grupo está interessado mas basta uma mudança (inevitável) para alguém menos experiente e perdemos o controlo da situação.
Por esta razão, sou favorável a uma maior intervenção do congresso, sugerindo um modelo de governação mais apoiado no congresso (infelizmente o jogo aqui é inflexível) que permita a criação de comissões e grupos de trabalho diversos que são obrigados a reunir consenso e como tal são escrutinados para garantir a qualidade da decisão.



Sobre o meu partido e a sua ideologia:
Basta olharmos para o nosso orçamento para percebermos que a maioria da população compartilha as nossas crenças, que não são de extremismo (até porque o jogo também é inflexível nesse aspecto, apesar de eu não ter a crença de que todos os meios de produção devem ser controlados pelo estado) e que promovem um maior Estado Social.
Basta vermos no último orçamento real (Dezembro) que as politicas de redistribuição de rendimento deram lugar a 54,6% dos gastos e está orçamentado para o presente mês de Janeiro 95% dos gastos (sem contar com o eventual uso de COs que para mim nem devia estar orçamentado como gasto).


Obrigado pela atenção e uma palavra de apreço àqueles que foram mencionados ou não para não ficarem com uma ideia muito má das minhas criticas (que espero poderem ser construtivas e alvo de reflexão), reconheço-lhes o mérito, a dedicação e o esforço, e apesar de este artigo parecer indicar o contrário fico feliz por estar convosco.

EDIT: Como parece ser tradição deixar uma música no final do artigo deixo aqui uma que adequa-se um pouco ao tema: