BARBÁRIE EM PLENO SÉCULO XXI

Day 3,937, 14:27 Published in Brazil Pakistan by Eli Soul

(É fácil eu ser tolerante com a ideia parecida com a minha; É difícil ser tolerante com a ideia oposta à minha. É o choque entre polos que não consegue enxergar que o outro está correto.)



Quem são os bárbaros atuais? A tendência grega tradicional era dizer: é bárbaro quem não fala grego e quem está fora de minha cultura. Para o Latino é bárbaro todo mundo que esteja fora do mundo romano. Para o chinês, era bárbaro todos aqueles que não eram chinês.​

O bárbaro era visto como não civilizado. Mas podemos observar, em alguns contextos, que a barbárie surgi em países muito cultos da Europa - Inglaterra, França, Alemanha, Itália -, países que produziram Beethoven e Bach, Michel Foucault, que produziu tanto cultura formal sediou uma das experiências, mas bárbaras do século XX​.

Então o que é bárbaro? É bárbaro todo aquele que propõe com a sua teoria a exclusão do outro. É, portanto, civilizado, seja um índio Yanomami da Amazônia ou um britânico, todo aquele que propõe a aceitação da existência do outro. Todo discurso fundamentalista que prega a eliminação do outro deve ser tratado como racista, ou seja, como uma patologia e deve ser educado, e em segundo não sendo possível a educação, deve ser encarcerado. Por que não é possível conviver com pessoas que queiram excluir determinados grupos da sociedade. O racismo é um problema tanto patológico, como baixa inteligência e falta de caráter é uma combinação das três coisas.

Não é que tolero que o outro seja presbiteriano ou católico e eu ateu, é fundamental que exista essa diversidade. Não existiria mundo e o mundo seria um lugar terrível se não houvesse essas multiplicidades. Não é possível que eu diga “até tolero gays, desde que não chegue perto”. - Não. É fundamental que existam gays, é fundamental que existam pessoas de diversas etnias, é fundamental que existam diversas opiniões inclusive contrárias as minhas. Essas divergências tornam um mundo um local rico. Quem aceita isso é civilizado, quem não aceita isso é bárbaro, ainda que fale dez línguas – continuará sendo bárbaro.