[Portugal Unido - Artigo Nº433] - Respeito: Oposição

Day 3,602, 07:52 Published in Portugal Portugal by Alvaro Cunhal

Boa tarde companheiros!

Ao longo dos próximos dias irei fazer um relatório financeiro sobre a descida do IVA e vou analizar a importância da WT nas contas nacionais. Já pedi acesso à sheet do MoF para obter toda a informação de que necessito, não é primeira vez que tenho acesso e penso que sou merecedor dessa confiança para continuar a ter. Mas isto são temas a serem discutidos noutro tempo oportuno.
Hoje o que me motiva a escrever este artigo trata-se sobre tudo do respeito e também do ser oposição.
Aqui à uns meses, tive alguma dificuldade no congresso para discutir vários temas e mesmo as minhas propostas que ia lançando. É público que sempre tive divergências com vários jogadores e que chocávamos muitas vezes, mas nem era por aí que as coisas complicavam, a complicação era até com jogadores que eu nem conhecia muito bem e eles também não me conheciam. Isto, porque o "diz que disse" e também o "ouvi dizer" são atitudes por vezes enraizadas que só colocam entraves ao desenvolvimento das sociedades e das relações. Posteriormente, consegui que os vários jogadores percebessem as minhas opiniões e percebessem também a minha ideologia e que eu respeito as opiniões dos meus colegas e dos meus adversários. Eu apresento as alternativas que acho úteis à nossa sociedade e à nossa pátria. Gosto de discutir todos estes assuntos e tentar arranjar soluções para o problema que vai existindo. Hoje, conseguimos discutir no congresso vários assuntos e conseguimos em conjunto formar alguns programas de apadrinhamento/mentoria para os novatos. Estes avanços foram muito trabalhosos e são ferramentas indispensáveis a todos aqueles que entram no jogo pela primeira vez. Em segundo lugar, temos várias facçções em guerrilha que acabam por ter entendimentos do jogo diferentes mas que as finalidades são as mesmas. Ambos pretender o melhor para o país mas apresentam diferenças no conteúdo. O nosso problema é não sabermos discutir uns com os outros e apresentar soluções conjuntas. Aqui ninguém está contra o apoio aos novatos, ninguém está contra a melhoria da integração da sociedade, a criação de projectos conjuntos, de estratégias para o país, da melhoria de bónus e até de uma intervenção na sociedade. Analisando as várias candidaturas que surgem para a corrida presidencial, posso-vos dizer que confio em ambas as listas. Aquilo que não gosto tanto até foi da sua prepotência. Acho que foram ambas empoladas e não creio que acrescentem muita coisa à politica.
O que Portugal vai precisar é de escrutínio dos programas apresentados e também, claro, das equipas. Os últimos tempos são também marcados por troca acesa de palavras, que nem sempre acrescentam algo também. É preciso, a meu ver, contenção e intervenção clara e sucinta. Os portugueses precisam perceber o que ambos os lados defendem e que alternativas apresentam. Não podemos querer mudar o congresso, por exemplo, e simplesmente dizer-mos que não concordamos com as regras. Temos o direito de não concordar, mas temos de apresentar as soluções. O que mudar? Quando mudar? Como funcionar? Eu concordo [ assim como todos concordamos ] que o funcionamento do congresso é pesado e dá trabalho aos representantes para que funcione. Mas precisamos também pensar e apresentar alternativas ao seu funcionamento. Tem sido lançado propostas que estão a romper com algumas regras e isto é o inicio. Estamos a discutir o CTC e a propor alternativas. Estamos a discutir o Fundo de Defesa Contra Golpes de Estado e a propor alternativas e será sempre com a participação cívica que podemos avançar. Não podemos impugnar as discussões e votações porque não concordamos com elas. Podemos efectivamente, enquanto congressistas votar contra.
Temos de pensar a sociedade e só existe um caminho, esse caminho é o dialogo e a convergência. Temos de ter oposição para que o governos ou o pensamento dominante coloque em causa os assuntos, mesmo aqueles que parecem senso comum. Precisamos de colocar respostas aos desafios e apresentar as mudanças, caminhos e soluções. O que nos separa é por vezes a teimosia e nem tanto o conteúdo. Somos uma comunidade pequena e só ganhamos enquanto conjunto se soubermos trabalhar em equipa. Espero que este artigo sirva para reflectirmos e apresentar várias alternativas e nos dias chave, o povo votará na alternativa que pretende para futuro. As posições que não vencerem nesses dias chaves não desistam de ser alternativa e apresentem as vossas posições durante todo o mês, melhorem programas e mostrem a vossa opinião e convicção. Se a oposição for de forma construtiva as opiniões dominantes estão disponíveis a receber mudanças que melhorem o dia a dia da nossa sociedade.
Quero deixar um desafio: As próximas listas que concorrem às presidenciais tenham especial atenção à formação de equipas, apresentadas a tempo e horas, ao programa eleitoral, com objectivos concretos e ambiciosos (não queremos serviços mínimos) e um orçamento onde seja possível entender as prioridades da equipa que pretende ser governo.