Ventos de mudança ?

Day 1,703, 01:12 Published in Portugal Portugal by John Bokinski

Neste artigo volto ao tema sobre o qual escrevi à duas semanas atrás e que tem dominado o panorama da política internacional nos últimos dias/semanas

A aliança entre os USA, Espanha e Brasil está formalizada, ou em formalização, através da troca de MPP. Espanha concluiu ontem um novo “wipe” do nosso território e os USA avançam sobre o Canadá. A minha pergunta não é será se os Estados Unidos vão ocupar o Canadá, isso parece-me relativamente certo, excepto se a EDEN decidir fazer-lhes frente e claramente se colocar numa posição de antagonismo, que neste momento o QG da EDEN provavelmente quer evitar, a minha pergunta é o que se passa a seguir ? Invasão Brasileira da Argentina ?

De acordo com os criadores desta nova aliança, a sua criação está relacionada com o facto de quererem mudar o enfoque do jogo, dos Balkans para outras zonas, mas quando dizem isto, esquecem-se de um facto importante, o que alimenta a guerra dos Balkans não é apenas a rivalidade na vida real, o que alimenta a guerra dos Balkans é o facto das comunidades serem equilibradas e poderem batalhar até um empate técnico. Nada disso acontece no eixo USA-Brasil-Espanha. Estes países pela sua dimensão dominam as zonas onde se encontram e os 3 juntos irão dominar os vizinhos sem grande problema e depois o quê ? … depois nada, ficarão com os seus bónus mas o jogo voltará a não ter enfoque a Oeste a serão as lutas nos Balkans por serem as únicas guerras equilibradas, a centralizar o interesse do jogo.

Na realidade se o Brasil, USA e a Espanha queria tirar o enfoque do jogo dos Balkans só tinha de entrar em guerra uns com os outros a aliança apenas assegura que nada se passa. Digo isto apenas para desmistificar a argumentação de quem criou a aliança, as reais razões desta aliança, apesar de diferentes para cada país têm um ponto de união, é a ideia de que temos países mais pequenos na nossa zona que têm territórios que nos interessam, vamos ocupá-los e melhorar as nossas condições económicas. Uma razão perfeitamente racional, se assumirmos, que as relações entre os países se resumem a isso, salvaguarda do interesse económico de cada um.

No meio de tudo isto, a minha preocupação resume-se essencialmente ao impacto que esta situação vai ter no médio prazo na nossa relação com a comunidade brasileira. Eu tenho consciência que esta decisão gera polémica dentro da comunidade brasileira, é uma decisão de um governo, apoiada entusiasticamente por algumas “cheerleaders” que escrevem em caps mas criticada por muitos. Esta decisão não apaga um passado em comum de amizade e constante apoio entre as duas comunidades. Eu não me esqueço o que o Brasil fez por Portugal em várias situações de dificuldade e sei que sempre ajudámos o Brasil no que pudemos. Eu já fui membro do exército brasileiro, ainda nos tempos em que não havia cidadania e tive vários brasileiros ao meu lado nas FAP. Se isto mudar, então é uma mudança significativa, daquelas que provoca dor, sentido de perda….
A questão dos USA é para mim mais pacífica, nunca os vi como um amigo mas sim como aliado pontual. Na realidade foi para mim muito mais tempo adversário do que aliado e luto por eles ou contra eles dependente desse estado. E Espanha também, Espanha é o inimigo, uma das comunidades mais batoteiras que o jogo alguma vez viu, e em constante traição aos seus aliados. É verdade que existe uma nova geração que pode ser melhor que a anterior, mas para mim Espanha representará sempre mais do que o adversário, é o inimigo !!!

Quanto a Portugal….

Eu gosto frequentemente de citar o poeta americano contemporâneo, Paul Simon, “After changes, upon changes, we are more or less the same”, de resto acho que todo o poema/canção “the boxer” vale a pena analisar face à situação que enfrentamos.

Eu acho que Portugal tem de se manter fiel ao que são os seus mais básicos princípios, cumprir com as responsabilidades que assumiu com os seus aliados e lutar por eles como luta por si. Por isso deixar a EDEN não é para mim uma opção, pelo contrário, devemos procurar na EDEN e na Terra aquelas comunidades que nos são mais próximas e apoiar sobretudo estas.
Não tenham dúvidas que um longo inverno se aproxima. Temos uma comunidade que recentemente cresceu, mas ainda é muito jovem e vai viver em tempos difíceis, vai ser duro manter a motivação e tornarmo-nos mais fortes, mas esse é o desafio que temos pela frente. Parte do trabalho é interno, de procurar trazer mais jogadores para o jogo, e torna-los mais fortes e parte do trabalho é externo, é falarmos com as comunidades que sempre foram nossas amigas e apoia-las, porque o lado bom de um “wipe” é que já não tens muito a perder e a única coisa que tens de fazer é ajudar aqueles que nos foram fiéis a não perderem tudo como nós.

Eu aceito novos tempos e novas ideias, mas como cidadão eu sou como sou, membro da comunidade portuguesa, sempre disposto apor os meus recursos para apoiar quem o MOD indicar até ao dia em que as ordens sejam inaceitáveis. E se Portugal quer ser relevante mesmo sem os seus territórios não se pode dispersar como força militar.

Eu não critico os jogadores que decidiram criar as suas próprias MU’s para encontrarem uma forma de se motivarem e divertirem, mas a realidade é que a criação dessas MU’s levou a um enfraquecimento das FAP, não só porque lhes retirou muitos jogadores que davam dano elevado, mas sobretudo, porque saíram muitos dos jogadores que davam corpo às FAP, que lhe davam organização e carisma. Ainda me lembro de à 4 ou 5 meses atrás, Espanha invadir o Norte lá pelas 7 da manhã e estava, eu e o Passos no #fisgas com 2 ou 3 jogadores mais jovens e decidimos que não os íamos deixar passar. Demos 4m (parece pouco) de dano entre nós e aguentámos até chegar mais malta e conseguimos vencer a batalha no último minuto já perto das 9:00. Eu não estou a dizer que o que foi feito naquela manhã nas FAP não pode ser feito em outras MU’s, mas uma TIF ou uma MEK [Editado] não são identificadas pelos nossos aliados como Portugal, são MU’s de jogadores portugueses mas não representam o país da mesma forma que uma força unida e validada por quem representa a comunidade portuguesa. Gostava de que pensassem nisso porque nestes tempos difíceis Portugal tem de aparecer a uma só voz e mostrar toda a sua força potencial, que não sendo suficiente para nos permitir derrotar comunidades muito maiores, também não nos devemos menosprezar. Temos que apresentar uma imagem de união e apoio às comunidades amigas e às que queremos cativar, ajudá-las hoje para que os nossos laços sejam fortes e por certo seremos compensados no futuro.

São estes ventos de mudança ? acho que é uma ventania forte, mas o vento constante provoca mais erosão do que a tempestade. A tempestade apenas muda as coisas de lugar por algum tempo, mas a ordem das coisas tende a voltar ao seu sítio. Acho que é esta uma oportunidade de estabelecermos laços mais fortes com algumas comunidades que pouco temos falado e ainda acredito que no final da borrasca as comunidades portuguesa e brasileira estarão mais próximas do que estavam quando estas coisas começaram.

Força Portugal