Sobre PTOs & PTOers

Day 1,811, 08:15 Published in Portugal Portugal by John Bokinski

Devido a recentes acontecimentos vejo-me obrigado escrever sobre um tema que historicamente sempre uniu os ePortugueses. PTO’s.

Para os jovens no jogo PTO quer dizer (Political Take Over) e descreve situações em que um país ou vários países transferem cidadãos seus para outro país com o objectivo de influenciar politicamente esse país. A influência que estamos a falar é a eleição de congressistas e no limite controlar a eleição do CP.

Os objectivos de um PTO podem ser diversos. Normalmente envolve influenciar a política externa desse país, mas por vezes incluiu também aceder aos recursos financeiros desse país e transferi-los para organizações privadas controladas pelos PTOers.

É discutível quem inventou os PTO’s, mas claramente o país que era conhecido por utilizar essa estratégia com frequência na V1, era sem dúvida a Polónia, uma comunidade bastante jovem e numerosa naquela altura. No ERep V1 um PTO era fácil, porque não havia cidadanias.
Bastava um país transferir os seus cidadãos para outro país para ter direito a voto, e por essa razão todas as eleições todos os países com comunidades mais pequenas tinham de estar preparados para pedir ajuda aos seus aliados para combater um PTO.

A comunidade portuguesa lutou contra várias ameaças de PTO com ajuda dos nossos aliados, no entanto, devido ao facto de não termos recursos que fossem particularmente aliciantes, as tentativas nunca foram massivas, e os cidadãos portugueses distinguiram-se sobretudo a apoiar países amigos a lutar. Por esta razão, a comunidade portuguesa sempre repudiou a utilização do PTO no jogo. É uma característica irrealista do jogo e é utilizada para destruir comunidades.

Por essa mesma razão, os países que recebem uma tentativa de PTO encaram quem lhes dá a tentar atacar através de um PTO como um inimigo mais desleal, do que o inimigo que lhe ataca o território directamente.

A criação de cidadanias reduziu bastante os riscos de PTO para a maioria dos países. A partir de agora era os congressistas que controlavam a cedência de cidadanias e desta forma, para se realizar um PTO num país é preciso alguma colaboração de cidadãos do próprio país. PTO’s deixou de ser uma preocupação critica para os países, e a maioria criaram comissões para aprovar cidadanias no congresso. Apesar de não existir nenhum mecanismo que impeça um congressista de aprovar uma cidadania não aprovada, a maioria dos congressistas procura cumprir com as regras.

Porque estou a escrever isto hoje ? Porque me parece que existem muitos jogadores portugueses com responsabilidades que se estão a esquecer de quanto lutámos para evitar PTO’s no passado, e como o facto de ser um país anti-PTO nos confere uma certa autoridade moral entre os países do ERepublik.

É com desalento que vejo que dois dos candidatos a CP, um já organizou ele próprio uma tentativa de fazer um PTO ao seu próprio país, e o outro inclui na sua candidatura um elemento que está actualmente a apoiar um PTO nos USA, danificando com ajuda de alguns outros cidadãos portugueses a nossa imagem aos olhos da comunidade internacional.

Este artigo não é sobre eleições, é sobre valores. Já perdemos muitas vezes o nosso território, mas quando perdermos os nossos valores, então já não temos nada a perder.