Sobre partidos e acção política
John Bokinski
Este artigo é uma reflexão sobre acção apartidária, e como o facto de ser apartidário não significa que não se tenha um contributo para a vida política do país.
Bastante cedo na minha vida eRepublikana decidi não pertencer a nenhum partido, esta decisão baseou-se em 2 argumentos principais:
- Não tenho tempo em RL para despender mais do 30 minutos ou 1 hora com o jogo por dia, e por vezes tenho períodos mesmo que só posso fazer 2 clicks, por isso ter responsabilidades ao nível do governo/congresso não se enquadravam com o meu perfil;
- Achei que pertencer a um partido podia toldar a minha perspectiva do que é certo e errado, ou seja, afectar a minha independência na análise dos assuntos discutidos, e do outro lado não via quaisquer vantagens de pertencer a um partido.
Na minha perspectiva os partidos são constituídos com um objectivo; reunir cidadãos com perspectivas políticas semelhantes e com vocação e disponibilidade para servir o país. O serviço ao país pode ser realizado como CP, membro do governo, congressista. No caso do CP e dos membros do governo, não é preciso ser membro de um partido, se bem que em eleições recentes o CP tem sido sempre alguém filiado.
O que me espanta um pouco na nossa comunidade é o número de cidadãos filiados em partidos. Os 5 maiores partidos têm 982 cidadãos, e o Top 10 cerca de 1140, e sabemos que nas nossas eleições votam cerca de 700-720 cidadão.
Isto mostra que muitos dos cidadãos pertencentes a partidos são pouco activos ou nada activos. A minha pergunta é, se não temos tempo para exercer um cargo ou ter uma vida política activa, então para que é que entramos num partido ?
Escolher em quem achamos merece exercer um cargo de estado não é como escolher um clube de futebol, ou uma religião… não é um exercício emocional e/ou de fé. Votar num candidato exige que tenhamos a noção de quais as suas ideias e a nossa concordância ou não com as mesmas, o que já mostrou ser capaz de fazer, nível de experiencia e maturidade, capacidade de gestão, etc.
Apesar de não despender muito tempo no jogo, eu sou capaz de fazer isso em relação à maioria dos cidadãos “qualificados” que se propõem a CP. Por isso não preciso de nenhum partido a indicar-me em quem devo votar. Então para quê pertencer a um partido ?
No caso dos congressistas, especialmente quando não estou em Lisboa, nesse caso aceito que não conheço 2/3 da lista e acabo por votar naqueles que considero ter experiência para o cargo, mesmo que nem sempre concorde com as suas ideias.
É também por estas razões que não poderia votar num cidadão muito recente, afinal em RL um presidente e um membro do parlamento também têm idade mínima, neste caso, acho que tens de ter uma idade mínima de jogo para estares preparado para exercer funções de estado, independentemente da tua idade real.
O que eu não gostaria que ocorresse no eRepublik é que os partidos esquecessem para que é que foram criados (organizar cidadãos com ideias semelhantes e vocação pelo serviço público) por organizações cujo seu objectivo principal é ganhar eleições ou promover a vitória do seu candidato (que é o que aconteceu na RL e vê-se os resultados, não só em Portugal).
Por questões de disponibilidade/experiencia, tem sido frequente os governos serem formados por cidadãos de diferentes partidos, o que acho positivo, mas começasse hoje também a avaliar os PP pelos resultados eleitorais, mais do que o contributo/serviço ao país que fizeram durante os seus mandatos. Acho que é natural que os resultados eleitorais também contam, mas se focalizamos as atenções dos PP’s apenas nisso então estamos a caminho de fazer grandes disparates.
E é por tudo isto que acho que PTO’s à parte, os partidos deviam ter menos cidadãos filiados e devia existir uma massa da população que, estando atenda ao desempenho dos órgãos estatais, os avaliassem pelos méritos das suas acções e não pela sua cor partidária.
Comments
Concordo com a tua opiniao.
Mais uma vez, muito bom artigo!
Partilho da tua opinião sobre o trabalho dos partidos. Há realmente partidos em que não se vê mais nada do que preparação para as eleições, sejam elas do Congresso ou para CP. No entanto, há que frisar ainda os casos em que não é apenas isso que acontece, ou seja, partidos que, além de prepararem as eleições, trabalham fora desse período em propostas para o país.
No passado recente temos visto propostas como DAD, CRESCER, MAC (Monitor da Actividade no Congresso), dos 0 aos 25, entre outras que começaram nos partidos e foram aplicadas. Nestes casos, os partidos que desenvolveram as propostas, fizeram-no com o intuito de melhorar Portugal e isso é de louvar.
Na questão da inactividade nos partidos, principalmente nos do top5, é difícil fazer com que os membros dos partidos sejam activos. Muitos dos membros desses partidos estão lá por estar e não por querem trabalhar em prol do país. No caso do PRD, que é o 1º em número de membros, estar nesse 1º lugar atrai os novatos porque querem pertencer ao maior partido. Poucos são aqueles que efectivamente pensam qual o melhor partido para si, tendo em conta a sua própria dinâmica e vontade de ajudar. Inclusivamente, acho que existe uma missão que é juntar-se a um partido.
Apenas para finalizar, no ponto que focas sobre dever haver uma massa da população que avalie os órgãos de estatais pelo seu mérito e não pelas suas filiações a partidos, totalmente de acordo mas já se vai vendo que muitas vezes membros dos partidos criticam determinadas medidas que consideram que é situação para tal, nomeadamente no Congresso mas também no Governo. É verdade que não são muitos mas felizmente que conseguem elevar-se e discutir com objectividade.
Bom artigo como sempre.
Muitos não entendem é isto:
"O que eu não gostaria que ocorresse no eRepublik é que os partidos esquecessem para que é que foram criados (organizar cidadãos com ideias semelhantes e vocação pelo serviço público) por organizações cujo seu objectivo principal é ganhar eleições ou promover a vitória do seu candidato (que é o que aconteceu na RL e vê-se os resultados, não só em Portugal)."
Clap Clap Clap
Bom artigo.
Excelente artigo e concordo na totalidade, gostava que fosse assim tudo perfeito, onde não tivessem que haver jogos de votos e os congressistas e CP's fossem eleitos pelo mérito e trabalho e não pela popularidade, quantidade de amigos/clones, ou pela necessidade de um partido se afirmar como de sucesso pelo número de congressistas que elege, mesmo que esses congressistas depois em nada contribuam para o desenvolvimento do país e cidadãos.
Criei o PORRADA e sempre o tentei dirigir com o intuito de criar medidas e propostas para o desenvolvimento do país e cidadãos, creio que o fomos conseguindo ao longo dos tempos, se bem que nem sempre com a mesma intensidade.
Na realidade, mesmo num partido com mais de 100 membros, os membros realmente activos e participantes resumem-se em média e no máximo a cerca de 20 elementos, todos os outros basicamente só cumprem uma figura de corpo presente.
Haveria muito a dizer sobre tudo isto, pode ser que quando faça um ano de presidência escreva as minhas memórias... 😛
Votado
"No passado recente temos visto propostas como DAD, CRESCER, MAC (Monitor da Actividade no Congresso), dos 0 aos 25, entre outras que começaram nos partidos e foram aplicadas. Nestes casos, os partidos que desenvolveram as propostas, fizeram-no com o intuito de melhorar Portugal e isso é de louvar."
Tu gozas com as pessoas só pode, já reparei que os teus posts são completamente inúteis de ler.
Tu falas de 3 projectos, 3 FALHANÇOS.
O DAD? Não funciona, o SET? que grande LOL, anda la gold anda pte a % de aproveitamento é quase nulo, o MAC é só folclore como os outros 2.
Acorda para a vida, fala de coisas que funcionem e não fales de coisas que fingem funcionar.
Se quisesse falar de coisas que fingem funcionar, falaria da tua falta de capacidade de gerar um raciocínio decente e de conversares e debateres assuntos com as pessoas "à homenzinho".
Volto aqui a lançar-te o desafio: cria e desenvolve algo visível aos cidadãos e dá propostas alternativas às que existem. Nessa altura pode ser que consigas que alguém ligue alguma coisa ao que escreves.
Diogo Filipe Pires não lances desafios, faz tu é mais simples, eu não sou exemplo para ninguém, alias sou um traidor e não sou digno do congresso segundo tu e os teus por isso não tenho nada que mostrar a ninguém.
Por sua vez tu como sendo um PATRIOTA e um excelente cidadão vais pegar no teu desafio e cumpri-lo tu, certo?
Alface vou-te doar uma arma q1 para dares um tiro na cabeça
@Joseph of the Lettuces
Não sou eu que tenho que provar o que quer que seja. Se hoje vês o país a funcionar, com colónias, com uma actividade militar estável e em crescimento, parte disso deve-se a mim. Não espero, no entanto, que compreendas e/ou aceites isso. O mais provável é que, como não sabes nem queres saber, vás dizer que nunca fiz nada. Same old, same old...
Atirares um desafio para quem o fez, quando tu tens muito mais a mostrar, é no mínimo cómico. Até agora só mostraste uma falta de capacidade de interacção com os restantes cidadãos que não partilham das tuas opiniões e uma grande falta de vontade e/ou capacidade de trabalhar em conjunto com a comunidade. Tentas desviar-te da oportunidade de fazer algo de bom, já que isso dá sempre mais trabalho do que insultar, atacar e não apresentar qualquer alternativa decente. Continuas com a tua habitual linha de acção que só te afunda na consideração da comunidade activa.
É o teu role-play e só tu o podes alterar mas lembra-te chegarás a um ponto em que mais ninguém te dará mais oportunidades.
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