Sobre números e perspectivas

Day 1,760, 00:43 Published in Portugal Portugal by John Bokinski

Muito se tem falado recentemente sobre o apoio dado a jogadores Div 4 e como o ano é muitas vezes concentrado nesses jogadores. Eu vou ignorar totalmente as conotações políticas destes comentários e procurar explicar aos cidadãos mais jovens o que está em causa.

Correntemente Portugal enfrente um adversário que tem uma população mais do que 4 vezes superior à nossa e com capacidade de dar um dano diário cerca de 3x o nosso. Estou a fazer estas contas com base numa análise de danos ao longo de um período prolongado de tempo. A conclusão óbvia deste facto é que a nossa capacidade de derrotar a Espanha passa sempre por apoio aliado, esse apoio pode se consubstanciar em apoio directo nas nossas batalhas ou obrigar a Espanha a dispersar dano em várias frentes.

A última estratégia apesar de útil não tem grande efeito nas nossas batalhas porque, salvo raras excepções, Espanha concentra o seu dano nas nossas batalhas e aceita perder outras.

Sendo necessário apoio aliado para que possamos ganhar batalhas, é sabido que as divisões em que é mais fácil angariar mais jogadores para lutar por nós, é nas divisões 3 e 4, porque, em média, são jogadores mais activos e envolvidos em Mu’s que com alguma facilidade se coordenam. Adicionalmente a vitória em D4 vale 5 pontos enquanto a vitória em D1 e D2 vale apenas 3 considerando as duas divisões.

Por isso, existe uma lógica de rendimento de curto prazo quando quer o nosso governo, quer os nossos aliados concentram a sua distribuição nas divisões 3 e 4. Se é necessário ganhar uma guerra é nessas duas divisões que se consegue um retorno melhor do dinheiro investido.

Um segundo ponto que julgo importante, é esclarecer os novos cidadãos que as distribuições têm duas restrições principais: recursos humanos e recursos monetários.
As distribuições falham, por vezes, porque não existe ninguém a distribuir a determinada hora. Neste aspecto podemos melhorar, e é uma falha que todos os países têm, mesmo os maiores e mais organizados. Distribuições 24 horas por dia é algo muito difícil de assegurar.

Mas mesmo que tivéssemos distribuição aberta 24 horas por dia, não poderíamos manter isso de forma sustentada porque não existem recursos financeiros para as armas necessárias para essa distribuição. A angariação de mais recursos financeiros está dependente da questão dos impostos, bónus de região etc. Para discutirmos este aspecto entraríamos mais a sério no módulo económico e não é objectivo deste artigo entrar ai. Mas é preciso compreender que a manutenção de pelo menos uma região no dia 25 de cada mês é importante para que tenhamos o nosso congresso e com isso acesso a mais recursos financeiros.

Sendo certo que para ganharmos as batalhas de hoje as divisões 3 e 4 são muito importantes, há que pensar nas batalhas de amanhã, até porque Portugal tem ambição a ser maior e mais relevante do que é hoje. Apesar de não termos ainda conseguido um verdadeiro babyboom existem alguns indicadores que acho prometedores.

Pela análise que fiz dos últimos 8 dias o dano médio de Portugal representou 0,89% do dano global do jogo. É um dano médio muito semelhante a séries mais longas de recolha de dados. No entanto, se olharmos para o dano médio por divisão face aos dano global temos a seguinte divisão: Div1 – 1.55%, Div2 – 1.21%, Div3 – 0.97% e Div4 – 0.83%.

É óbvio que as divisões 3 e 4 têm um peso de mais de 90% do dano total e por isso o nosso dano global médio ronda os 0.9%, mas a nova geração de jogadores portugueses tem demonstrado o seu valor em campo de batalha, e se isso não tem grande relevância nas guerras de hoje, pode ter nas guerras de amanhã.

Outro ponto que acho importante mencionar é que o número de jogadores activos na Div1 e Div2 é ligeiramente inferior à proporção de dano que dão, isto indica que estes jogadores estão a lutar em condições não inferiores a que outros jogadores de divisões semelhantes em outros países. Na minha opinião, o que é critico para estes jogadores não é investir em muitas armas para que possam lutar muito, é ajudá-los a crescer a sua “força”, isso sim um elemento estrutural na qualidade do contributo que podem dar no futuro.

Adicionalmente existem outras coisas que têm de ser feitas, nomeadamente apoiar a integração destes jogadores nos módulos económicos (que é uma parte importante da sua capacidade de se auto-desenvolverem) e no módulo político, para que passam contribuir para a gestão de um estado que continua a precisar de mais mãos a ajudar. As circunstâncias do seu nascimento em tempo de guerra, faz desta uma geração guerreira, mas existe mais alguma coisa no jogo do que a simples guerra.

Para se crescer neste jogo é importante que façam perguntas, oiçam várias perspectivas mas pensem pela vossa cabeça e apoiem as vossas opiniões sobre factos e não com base em comentários de chat.

Quando menciono que já se vê uma evolução positiva da entrada de novos jogadores, continuo a achar que é fundamental algo mais ser feito para trazer mais jogadores para o jogo. Existem progressos mas existem muito espaço de manobra e é importante não perder o enfoque. As férias acabaram ….

Portugal não está numa situação fácil, tem adversários poderosos em todas as direcções, mas também conta com alguns aliados que têm demonstrado enorme fibra. É preciso o trabalho de todos e é preciso que trabalhemos com objectivos coincidentes (mesmo que não estejamos a trabalhar lado a lado) é fundamental para Portugal e é fundamental para os nossos aliados.