Sobre liberdade e moral

Day 1,619, 03:44 Published in Portugal Portugal by John Bokinski

Como é do conhecimento geral estamos desde ontem à noite com várias frentes abertas contra a ONE. A ONE ataca com RW na Venezuela em Central Western Venezuela, e em Espanha em Castilla y Leon, enquanto que Portugal e a TEDEN abriram a frente de Rioja para dividir o dano de eEspanha.

É uma altura critica das batalhas porque a nossa capacidade de mostrar empenho, poder e organização é fundamental para a credibilidade que Portugal tem aos olhos da TEDEN e isso reflecte-se na força como apoiam Portugal nas suas batalhas. É claro que apesar da excelente demonstração de força dos nossos exércitos em Castilla y Leon, sem o apoio da TEDEN e de alguns jogadores chave da TEDEN não teríamos força para derrotar um adversário que tem 5 vezes a nossa população e é apoiado também por forças da ONE.

O que ocorre nos nossos territórios é apenas uma peça do puzzle que é a guerra entre a TEDEN e a ONE, e nos últimos dias e nos próximos seremos uma peça importante, mas continuam a existir outras de importância semelhante. Cabe a Portugal ter a capacidade de utilizar as forças que temos ao nosso dispor (internas e externas) de forma inteligente e assegurando que quando ganhamos gastamos apenas o dano necessário para ganhar e quando perdemos minimizamos o dano desperdiçado.

Durante este xadrez complicado existiram um conjunto de cidadãos portugueses que optou por lutar pela ONE, alguns pela Sérvia e outros mesmo pelas forças da resistência da Venezuela contra Portugal. Aparentemente o objectivo desses cidadãos era atingir BH’s nas batalhas que participavam.

É preciso compreender que quando se luta contra um país da TEDEN luta-se contra Portugal. Existem batalhas que o dano que se está a dar é pouco relevante e por isso os jogadores dão esses tiros (normalmente para atingirem os mercenaries medals) mas têm de compreender que mesmo nessas situações, se dão o dano cedo, a batalha pode mudar muito e podem estar a ajudar o inimigo. Quando se tenta uma BH pelo inimigo nunca se pode pensar que o dano é insignificante, tentar atingir um BH arrasta outros tanques a responder ao dano efectuado por esse jogador e pode virar uma batalha. Ou obrigar a TEDEN a gastar mais recursos que precisava para outra batalha.

Quando enfraquecemos a TEDEN, enfraquecemos Portugal, porque no mundo bipolar que nos encontramos por muito grandes que sejam as nações e a sua população, sem o apoio dos aliados, nenhuma delas tem a sua sobrevivência assegurada. Tivemos wipes recentes em Espanha, Servia e Polónia e no passado Brasil, França, e claro, também nós já tivemos o gosto amargo de desaparecer do mapa.

Os jogadores que tiveram estas acções defendem-se que estão a exercer a sua liberdade e que ontem era o dia 25 de Abril. Concordo que eles são livres de fazer o que querem e por isso apesar de não concordar com a acção reconheço que é uma opção pessoal, agora não confundam as coisas com o que foi o 25 Abril. O movimento militar de 25 de Abril foi a operacionalização de uma mudança que a larga maioria da população desejava, e que incluía a liberdade de expressão. Isto não tem nada a ver com a motivação egoísta de fazer mais 5 gold e ganhar uma BH.

Reconhecendo que estas acções são legítimas, permitem-me a mim conotá-las como contrárias aos interesses de Portugal e do comum dos cidadãos Portugueses. Por isso, não questionando a liberdade desses jogadores de tomarem as acções que queiram, posso afirmar que esses cidadãos (cientes ou não do seu impacto) estão a lutar contra os interesses Portugueses, e aparentemente são apoiados pelos líderes da MU a que pertencem.

E é neste ponto que saí a liberdade e entra a moral. Os líderes da MU que defendem que se pode lutar contra a TEDEN para atingir objectivos pessoais, são os mesmos que nos bombardearam ontem de artigos mostrando a participação dessa MU no ataque a Castilla y Leon. Quando se professa a primeira ideia, perde-se a moral para enaltecer a segunda. Preocupa-me esta visão tão pouco ampla nos líderes de uma MU que incluí novos jogadores que precisam compreender a complexidade que o mundo bélico do eRepublik.

Não tenho dúvidas que tempos muito difíceis se aproximam. Quem criou reservas durante os últimos meses, é hora de gastar porque vão ser precisos. Eu lamento estar-vos a escrever isto de Harare onde uma rede pisca-pisca me impede de ajudar ePortugal como deve ser, mas as minhas armas vão estar ao dispor do país e dentro dos condicionamentos da minha profissão, também o meu tempo.

Esta é a hora que todos os Portugueses estão à espera para se unirem, pegarem nas suas armas e marchar contra o inimigo de forma coordenada. Pensar na segurança do nosso território e não nos seus interesses pessoais, e é esse o repto que deixo ao todos os ePortugueses.

Às armas
Às armas
Contra os canhões
Marchar
Marchar