Sobre Integridade e Perseverança

Day 1,716, 04:43 Published in Portugal Portugal by John Bokinski

Comecei a escrever este artigo no fim de semana passado, mas acabei por não ter tempo para acabar, e hoje decidi alterar ligeiramente apenas para adaptá-lo ao que aconteceu nos últimos dias.

Conforme se tinha previsto à umas semanas atrás a criação de uma aliança entre os USA, o Brasil e a Espanha, que não estando formalizada em texto, já está formalizada, no conjunto de MPP estabelecidos irá nos próximos meses provocar o desaparecimento da generalidade dos países da TEDEN.

A razão deste enfraquecimento deve-se não só ao impacto que a saída dos USA e o Brasil têm no bloco TEDEN, comparado com o impacto que a Espanha tem na saída da ONE, mas deve-se sobretudo ao perfeito alinhamento estratégico com a ONE que os USA, Brasil e Espanha estão a seguir.

Passando a explicar melhor. Como parte da saída do bloco TEDEN os governos dos USA e do Brasil iniciaram uma campanha nos media e posteriormente militar de hostilizar um dos seus vizinhos TEDEN mais próximo, no caso dos USA, o Canadá, e no caso do Brasil, Portugal de forma a atingir os seus objectivos.

E os objectivos principais dos 3 países é obter 100% bónus para os 3, sendo para isso necessário retalhar o Canadá e Portugal para que isso fosse possível (Venezuela também está no pacote mas este país decidiu ceder “livremente” os territórios para assegurar a sobrevivência).

Para cumprir estes objectivos os USA avançaram sobre o Canadá, declarando NE nas condições que são sabidas por todos, e Espanha avançou sobre os territórios Venezuelanos (tendo aparentemente conquistado mais do que necessário).

Perante este cenário a TEDEN poderia tomar dois tipos de decisões, ou evitava hostilizar a nova aliança, deixando que o Canadá fosse consumido, Portugal se mantivesse wipado e centrando-se nas suas guerras directas com a ONE, ou defender o Canadá e apoiar Portugal na constituição do seu congresso, e entrar em conflito directo com a nova aliança. Faço um parêntesis apenas para comentar o racional dos criadores desta aliança conhecida por CTRL.

Penso que existira 2 tipos de patrocinadores, uns que perceberam que a criação desta aliança iria permitir a vitória da ONE sobre a TEDEN, e para isso não se importaram com a saída da Espanha para a nova aliança e eventualmente até aceitariam a saída da Polónia uma vez que no curto prazo isso lhes traria os benefícios que queriam (vou chamar a estes a facção Pró-ONE) os restantes achavam que criando este bloco no eixo atlântico, a ONE e a EDEN continuariam a lutar nos Balkans e eles poderiam dominar e dividir as Américas e a Europa ocidental (e eventualmente entrar na Ásia), (vou chamar a estes a facção anti-balkans).

O que a facção anti-balkans não percebeu, é que a EDEN tendo por lema “the brotherhood” nunca aceitaria deixar cair o Canadá e Portugal enquanto tivesse força para combater, e por isso, apesar de saber o custo que isso teria nos seus países mais fortes, a TEDEN moveu uma parte das suas forças para apoiar estes países entrando obviamente em conflito directo com os USA e a Espanha. Este era o cenário mas favorável que a facção Pró-ONE já tinha antecipado e confirmando-se permite aos países ONE atacarem com mais força os países do centro da Europa.

O que a facção anti-balkans não quis perceber é que avançando desta forma, podia estar a assegurar os 100% de bónus para os seus países, mas simultaneamente estava a condenar alguns dos seus aliados mais antigos como a Croácia e a Grécia à perda dos seus territórios ou à perda da sua integridade. As classes políticas dos USA e do Brasil não perceberam que entre as duas, os países da TEDEN escolheria sempre perder os seus territórios e que um cenário de 3 blocos só poderia existir se os países CTRL não atacassem países TEDEN.

É aqui, que entra a questão da integridade, e apesar de prever que a decisão do HQ da TEDEN levará ao desaparecimento da generalidade dos seus países no curto prazo, eu só posso dar os parabéns a estas decisões, porque se no curto prazo iremos sofrer, vai-se criar um sentimento de união entre estes países que pode ser muito importante no médio prazo (falo nisso mais à frente).

Não foi surpresa que algumas das mais antigas MU’s dos USA tenham se recusado a lutar contra o Canadá e que algumas MU’s do Brasil tenham lutado contra Espanha, para frustração dos seus governos. O governo Brasileiro decidiu mesmo apoiar a Espanha através da distribuição de armas Q7 a mercenários porque aparentemente parte das suas forças não estavam interessadas em receber essas armas e lutar por Espanha.

Estas posição das MU’s tem a ver com o facto de existir fortes laços entre estes exércitos (apesar de alguns serem privados) e as forças TEDEN, e como são militares experientes, percebem perfeitamente o impacto que as decisões dos seus governos vão ter nos países TEDEN.

Quanto aos governos, ou mentiram quando disseram que nunca iria abandonar os seus aliados mais fiéis/antigos ou efectivamente não têm noção do impacto das suas acções (o que é estranho em jogadores experientes).

A única coisa que não percebo bem na lógica de actuação dos USA e do Brasil é o facto destes países não precisarem de alterar o “status quo” do ONE vs TEDEN para obter os 100% de bónus, o único país que precisava desta alteração, era Espanha, que no curto prazo vai ser o grande vencedor desta cadeias de eventos. Nas próximas semanas os outros países ONE de maior dimensão se seguirão. Quando digo isto, não estou a tentar criar nenhuma teoria de conspiração, estou só a tentar compreender o que os USA e o Brasil ganham com isto, e ainda não percebi !

Este meu artigo pode parecer pessimista num momento em que Portugal até recuperou várias regiões do território, mas acho importante faze-lo neste momento, para preparar os jogadores portugueses para o que está para vir. Apesar de Portugal ter recuperado, o Canadá continua a perder territórios, assim como a Croácia e diversos países TEDEN do centro da Europa. O dano dado pelos países CTRL + ONE é 2 vezes superior à TEDEN e mesmo se só considerarmos a ONE mais aliados, o dano dado é bastante maior que a TEDEN, pelo que o desequilíbrio irá ocorrer, e não creio que tenhamos de esperar muito.

Por isso, é preciso ter cabeça fria, não desperdiçar dano em guerras que não podemos ganhar, e poupar as nossas energias para aquelas que podemos infligir dano aos nossos adversários. Ninguém morre no ERep, apenas perdemos bónus quando levamos wipe. Mas um país pode morrer se a sua comunidade se desmotivar e se desmobilizar.

Por isso, perder a guerra será perder jogadores e não ser capaz de trazer novos jogadores para nos apoiar, não é perder territórios. A perda de territórios é inevitável face aos dados geopolíticos actuais, mas a sua perda dá-nos um objectivo comum que deve ser força motora para nos mobilizar no futuro e ajudar a aumentar e melhorar a nossa comunidade.

Esta situação dá-nos ainda outra informação, que é perceber quais as comunidades que partilham dos nossos valores e com as quais é fundamental reforçar os laços de amizade. As comunidades de põem à frente a lealdade e a integridade aos mesquinhos interesses materiais, comunidades como a Argentina, que num cenário geopolítico difícil não hesitou em confirmar a sua aliança aos países EDEN, comunidades como a Croata, a Chinesa (multicultural), a Grega, a Colombiana e a Finlandesa que nos apoiaram apesar das guerras que têm de enfrentar nas suas regiões e parte da comunidade brasileira, que apesar das pressões que sentiram do seu governo, não se coibiram de vir para Portugal apoiar-nos a recuperar territórios.

Por isso falo de integridade, lutar por estas comunidades numa batalha que seja a sério, é mais importante do que lutar por Portugal numa batalha que já esteja ganha ou perdida. A TEDEN não pode ganhar muitas batalhas por isso tem que se escolher bem aquelas que lutaremos para ganhar, e não será sempre os mesmos países. É preciso que todas as MU’s que são portuguesas se unam e compreendam que estas são as comunidades que devemos lealdade, e se queremos representar Portugal é ao lado delas que devemos lutar, coordenados e sem desperdiçar dano sem objectivo, ou para objectivos pessoais. Este é o caminho.

Mesmo que geopoliticamente a CTRL+ONE seja dominante, eu nunca assisti a um longo período deste jogo em que um mega bloco dominante se tenha conseguido manter coeso. Pode levar alguns meses mas o próprio sentimento de aborrecimento decorrente da vitória, sempre levou a que estes blocos se desintegrassem e por isso há que ser perseverante. E quando se criar uma nova ordem mundial acredito que as comunidades que saíram por cima, serão aquelas que cresçam e se mantenham unidas e leais, quer na vitória quer na derrota, quer com 100% de bónus, quer com 0% bónus, quer com 20 territórios, quer wipado. É esse o caminho para a comunidade portuguesa, integridade e perseverança.

Integridade na forma como apoiamos Portugal e as comunidades com as quais partilhamos valores e

Perseverança no fortalecimento da nossa comunidade, avaliemos se estamos a ganhar ou a perder com base no número de jogadores activos no eGov e não no número de territórios.

Força Portugal
Obrigado à leal comunidade TEDEN