Sobre baby booms
John Bokinski
Desde os tempos iniciais do Erepublik V1 que se fala de um baby boom em ePortugal. Nesses tempos ePortugal tinha uma relevância diferente no jogo, éramos um país que rondava o Top10 em população e tínhamos 3 dos maiores 5 tanks do jogo (Euphonix, Antonio Moutinho e Lcfr).
Apesar disso víamos com preocupação o gigantismo do nosso vizinho eEspanha e fomos observando sucessivos baby booms em outros países; eBrasil, ePolónia (na realidade uma miríade de países do leste), eFrança, etc.
Em ePortugal sempre se falou de baby boom relacionado com dois factores: (i) exposição do jogo nos media; (ii) guerra, especialmente quando relacionada com o vizinho odiado. Estes modelos seguiam outros que já tinham sido experimentados por alguns dos baby boom mais relevantes, a eHungria tinha-se tornado uma das maiores potências mundiais depois de terem sido ocupados pela eRoménia. Toda a Europa do leste cresceu nessa base, países quase sem significado, como a Bósnia-Herzenovina e a Macedónia tornaram-se médias potencias. Os grandes tanks ePortugueses (e eEspanhóis)foram perdendo relevância. O centro do mundo mudou da Europa ocidental para a a Europa do Leste e países que tinham sido potências no Beta, como a eItália quase desapareceram como comunidade.
Durante esse período ePortugal tentou e chegou a conseguir pequenos baby booms. Esses baby booms foram baseados em alguma exposição mediática. Mas a realidade é que nunca fomos capazes de reter grande parte desses novos jogadores. Se isso ocorreu por falta da preparação da comunidade que os recebia, ou por outras razões é discutível.
Acho que é óbvio que existem imensas coisas que a comunidade pode fazer para receber melhor os novatos, e na minha opinião isso não é só papel do estado, devia ser uma preocupação da comunidade, porque uma comunidade mais numerosa e activa reforça ePortugal em qualquer das suas vertentes (Política/Económica/Militar).
No entanto, não podemos pensar que todos os jogadores que entram no eRep gostam do jogo, muitos acham o jogo demasiado parado, ou os módulos não lhes chamam à atenção. Quando tentamos expor o jogo a um número grande jogadores não quer dizer que estejas a atingir os jogadores que o jogo atraí de forma sustentável e não aqueles que ao fim de uma semana já acham que devem ser os cidadãos mais relevantes do ePaís e que ao fim de duas semanas já acham que fizeram tudo e passam ao próximo jogo. Trazer grupos de amigos (e não de multis) sempre foi um dos processos de sucesso de jogos on-line, mas também procurar jogadores com interesses comuns ao fundamento do jogo ou seja ser um cidadão numa sociedade virtual em que podes desenvolver a tua actividade em 3 principais áreas: política, económica e militar.
Na minha opinião, o modulo militar é claramente o mais bem trabalhado do jogo, mesmo assim, existem conteúdos que podem ser melhorados pelos utilizadores, por exemplo a criação de pequenos batalhões dentro das MU de jogadores que combinam lutar ao mesmo tempo. Grupos de jogadores que são ligações perante MU’s aliadas e vão sendo alertados caso existam guerras prioritárias, podendo assim ajudar o jogador que está a coordenar as ordens da MU.
Os módulos políticos e económicos ainda têm mais a fazer que o militar, desde que os cidadãos tenham interesse em faze-lo.
Mas no fundamental, o eRepublik é um jogo que visa simular a tua participação numa sociedade virtual e que permite aos jogadores ter uma intervenção na vida política, económica e militar diferente da que têm em RL. É perfeitamente normal que cada cidadão tenha períodos de grande intervenção e outros apagados (porque a RL não nos permite fazer outra coisa), mas, na minha perspectiva, o benefício da nossa intervenção no jogo advém de pegarmos nas ideias que temos, deixar os outros analisá-las e critica-las e com base nessas críticas, melhorá-las.
Hoje temos uma comunidade com cerca de 2600 cidadãos, dos quais um pouco mais de 25% votam (mesmo numa eleição pouco disputada como a última). Não somos o que fomos outrora mas já claramente ultrapassámos as trevas em que nos afundámos há cerca de 18 meses atrás. Uma vez estabilizada a sociedade voltamos a falar em baby boom, mas se não olharmos para os erros que fizemos no passado em empreitadas semelhantes dificilmente poderemos ser bem sucedidos.
Deixo dois temas para pensarem:
1 – O que devemos mudar no SET para facilitar a integração de novos jogadores
2 – O que pretendemos das comunidades da regiões ocupadas, seremos capazes de integrar essas comunidades em Portugal
Comments
V. Nice Article.
Votado.
Muito bom artigo, à semelhança do anterior. Dá gosto ler artigos em que o único objectivo é reflectir sobre determinada situação e, neste caso, procurar maneiras de melhorar em certos aspectos (como atrair novos jogadores e integração dos mesmos no jogo).
Concordo que a comunidade mais antiga deva fazer um esforço para receber melhor os novos jogadores, principalmente nas plataformas fora do mesmo, como o IRC. No entanto, é verdade que se melhorou nesse campo desde há uns meses para cá e que, na generalidade das situações, um novato não é tão bem recebido quase apenas quando não vem claramente com o objectivo de aprender.
Passada a questão da maneira como a comunidade recebe os novos jogadores, cada vez se torna mais importante descobrir maneiras de trazer mais jogadores para o jogo e penso que o MDS tem projectos com esse mesmo objectivo. Ainda assim, o papel de cada um não é de todo menos importante que os projectos orientados para grandes grupos de pessoas. Se cada um trouxer e ajudar 1 ou 2 amigos, Portugal crescerá a olhos vistos.
Excelente artigo.
Quanto a mim, temos as ferramentas para receber os novatos da melhor maneira e para que se desenvolvam rapidamente, CRESCER, SeT, FAP, DAD, etc.
Porque razão é que quase ninguém aproveita estas ajudas? Muito provavelmente por falta de divulgação e acompanhamento mal entram no jogo, por isso urge contactar logo o mais rapido possivel com quem entra e infelizmente, dado que a API foi à vida, não existe actualmente nenhuma ferramenta que o possibilite fazer com eficácia.
http://www.erepublik.com/en/country/society/Portugal
New citizens today 14
É preciso ferramentas para mandar 14 PM's diárias a explicar que se for necessário algo estamos cá?
O estado que intervenha e crie uma MU de noobs, mande convites diarios aos ultimos cidadaos a entrar e convidem-nos a expor lá as suas dúvidas.
Como já tenho comentado, não trago ninguem a um jogo claramente em declínio.
Só quem vive no mundo das ilusões não vê que, a não ser que aconteça um novo paradigma político e social, este país, este mundo e este jogo estão destinados mais tarde ou mais cedo a desaparecer.
Antes um íman de elites técnicas e políticas graças a uma liberdade de jogo militar e económico, hoje assistimos a uma elite de novos-ricos dedicada a estourar dinheiro para ganhar batalhas.
Era impensável há 3 anos atrás alguém gritar por guerra só porque estava aborrecido.
Eram geradas crises económicas na prolongada ausência de guerra que incitava os países a atacar para conquistar novos recursos, colocar ordem nos mercados internos e retornar o fluxo económico que co-dependia da política para traçar cenários de mudança de taxas de forma a motivar o consumo.
Com um bot que nos compra os recursos, com empresas onde nós trabalhamos sozinhos e com a progressão barrada pelo excesso de dependência de gold, este jogo é tipo picar o ponto. Vens, trabalhas, lutas, vendes o excedente e bazas.
Achas que vou sujeitar amigos a estas condições?
Tou-me bem e realmente a borrifar.
New citizens today 14 / New Clones Today 7 / Percentage 50%
Conclusão: este jogo está bom para os "novos-ricos" e os "desonestos"...
"New citizens today 14
É preciso ferramentas para mandar 14 PM's diárias a explicar que se for necessário algo estamos cá?"
como é k ves kem sao esses 14?
O Julio de Matos disse tudo
Votado.
Julgo que neste momento a melhor forma de fazer um babyboom é usar o método Skeble que é mass spam nos jornais online Portugueses.
Ele sozinho trouxe uma quantidade absurda de jogadores, logo se 3 ou 4 fizerem isso vamos ter um babyboom a serio.
Depois é seguir os métodos que o Brasil usou no passado e ver p.e. como a França fez ultimo babyboom.
Para segurar os novatos só mandando mensagens (personalizadas e não formatadas) a ensinar a ir ao IRC (ou msn ou algo do género) e só aí conseguimos explicar o jogo e reencaminhar para MU's.
Temos de deixar que diferenças politicas dividam a sociedade (e julgo que neste momento isso já acontece).
Agora é só acabar com o TO.
Bruno Reis Santos tens PM
O bb passa por cada pessoa trazer um amigo de volta e meia.
Na segunda pergunta que deixas é complicado responder de outra forma que não seja: Não conseguiremos integrar ninguém.
Então os caracois já nos quiseram juntar numa Península e o que nós fizemos? Rejeitamos.
Também quero PM Julio...
done.
agradeço que os pedidos sejam feitos por pm