Sobre baby booms

Day 1,570, 10:37 Published in Portugal Portugal by John Bokinski

Desde os tempos iniciais do Erepublik V1 que se fala de um baby boom em ePortugal. Nesses tempos ePortugal tinha uma relevância diferente no jogo, éramos um país que rondava o Top10 em população e tínhamos 3 dos maiores 5 tanks do jogo (Euphonix, Antonio Moutinho e Lcfr).

Apesar disso víamos com preocupação o gigantismo do nosso vizinho eEspanha e fomos observando sucessivos baby booms em outros países; eBrasil, ePolónia (na realidade uma miríade de países do leste), eFrança, etc.

Em ePortugal sempre se falou de baby boom relacionado com dois factores: (i) exposição do jogo nos media; (ii) guerra, especialmente quando relacionada com o vizinho odiado. Estes modelos seguiam outros que já tinham sido experimentados por alguns dos baby boom mais relevantes, a eHungria tinha-se tornado uma das maiores potências mundiais depois de terem sido ocupados pela eRoménia. Toda a Europa do leste cresceu nessa base, países quase sem significado, como a Bósnia-Herzenovina e a Macedónia tornaram-se médias potencias. Os grandes tanks ePortugueses (e eEspanhóis)foram perdendo relevância. O centro do mundo mudou da Europa ocidental para a a Europa do Leste e países que tinham sido potências no Beta, como a eItália quase desapareceram como comunidade.

Durante esse período ePortugal tentou e chegou a conseguir pequenos baby booms. Esses baby booms foram baseados em alguma exposição mediática. Mas a realidade é que nunca fomos capazes de reter grande parte desses novos jogadores. Se isso ocorreu por falta da preparação da comunidade que os recebia, ou por outras razões é discutível.

Acho que é óbvio que existem imensas coisas que a comunidade pode fazer para receber melhor os novatos, e na minha opinião isso não é só papel do estado, devia ser uma preocupação da comunidade, porque uma comunidade mais numerosa e activa reforça ePortugal em qualquer das suas vertentes (Política/Económica/Militar).

No entanto, não podemos pensar que todos os jogadores que entram no eRep gostam do jogo, muitos acham o jogo demasiado parado, ou os módulos não lhes chamam à atenção. Quando tentamos expor o jogo a um número grande jogadores não quer dizer que estejas a atingir os jogadores que o jogo atraí de forma sustentável e não aqueles que ao fim de uma semana já acham que devem ser os cidadãos mais relevantes do ePaís e que ao fim de duas semanas já acham que fizeram tudo e passam ao próximo jogo. Trazer grupos de amigos (e não de multis) sempre foi um dos processos de sucesso de jogos on-line, mas também procurar jogadores com interesses comuns ao fundamento do jogo ou seja ser um cidadão numa sociedade virtual em que podes desenvolver a tua actividade em 3 principais áreas: política, económica e militar.

Na minha opinião, o modulo militar é claramente o mais bem trabalhado do jogo, mesmo assim, existem conteúdos que podem ser melhorados pelos utilizadores, por exemplo a criação de pequenos batalhões dentro das MU de jogadores que combinam lutar ao mesmo tempo. Grupos de jogadores que são ligações perante MU’s aliadas e vão sendo alertados caso existam guerras prioritárias, podendo assim ajudar o jogador que está a coordenar as ordens da MU.

Os módulos políticos e económicos ainda têm mais a fazer que o militar, desde que os cidadãos tenham interesse em faze-lo.

Mas no fundamental, o eRepublik é um jogo que visa simular a tua participação numa sociedade virtual e que permite aos jogadores ter uma intervenção na vida política, económica e militar diferente da que têm em RL. É perfeitamente normal que cada cidadão tenha períodos de grande intervenção e outros apagados (porque a RL não nos permite fazer outra coisa), mas, na minha perspectiva, o benefício da nossa intervenção no jogo advém de pegarmos nas ideias que temos, deixar os outros analisá-las e critica-las e com base nessas críticas, melhorá-las.

Hoje temos uma comunidade com cerca de 2600 cidadãos, dos quais um pouco mais de 25% votam (mesmo numa eleição pouco disputada como a última). Não somos o que fomos outrora mas já claramente ultrapassámos as trevas em que nos afundámos há cerca de 18 meses atrás. Uma vez estabilizada a sociedade voltamos a falar em baby boom, mas se não olharmos para os erros que fizemos no passado em empreitadas semelhantes dificilmente poderemos ser bem sucedidos.

Deixo dois temas para pensarem:

1 – O que devemos mudar no SET para facilitar a integração de novos jogadores

2 – O que pretendemos das comunidades da regiões ocupadas, seremos capazes de integrar essas comunidades em Portugal