ResistĂȘncia Portuguesa

Day 1,746, 03:55 Published in Portugal Portugal by John Bokinski
Resistência Nacional

Escrevo este artigo mais para a malta nova no jogo, porque muito do que vou dizer é bastante óbvio para os outros.

Hoje Espanha está a atacar Lisboa e a Polónia o Alentejo, e se perdermos essas duas regiões iremos desaparecer do mapa. Já aconteceu inúmeras vezes por isso, estamos tranquilos. Quem ainda não está habituado …. aproveite a primeira experiência de ser wipado.

No entanto, o wipe que provavelmente vamos levar hoje tem contornos um pouco mais graves que os anteriores. Para além do envolvimento da Espanha, existe envolvimento Polaco. A Espanha é um país que tem capacidade de produzir 3 vezes o nosso dano militar e tem 4 a 5 vezes a nossa população enquanto que a Polónia tem 10 x o nosso dano militar e população. Por isso, deixar Espanha ficar com mais territórios e a Polónia apenas com um par deles acaba por nos favorecer. Isto porque é muito diferente vencer uma RW contra Espanha ou contra a Polónia.

Por curiosidade, o ponto fraco desta coligação Espano-Polaca é mesmo o nosso território do Norte. Espanha precisa do Norte (para os Bónus) e não pode ceder esse território à Polónia mantendo os Bónus. Por isso, pelo menos no Norte nós podemos continuar a bater em RW nos Espanhóis e mantê-los encurralados onde estão hoje.

O segundo factor que torna este wipe mais complicado é o facto de nas nossas fronteiras estarmos rodeados por nações não aliadas, na generalidade chefiadas por governos adversários de Portugal mesmo que a sua comunidade não o seja. Falarei disso mais à frente.

Este cenário era provável à 3, 4 meses atrás e veio a se tornar cada vez mais provável à medida que a conjuntura internacional foi evoluindo de forma desfavorável. Esta conjuntura não se encontra ainda estabilizada, mas mais importante do que o contexto, acho que temos de nos virar para nós próprios e realizar as tarefas necessárias para preparar uma resistência que vai ser dura, e que na minha opinião passa por 3 tarefas fundamentais:

1º Aumentar a comunidade, é uma medida com efeitos de médio prazo em termos militares mas com potencial para ter efeito de curto prazo em termos motivacionais e na forma como o resto do mundo olha para Portugal.

2º Organização militar, mobilização das nossas Div 3 e 4 e apoio dos jogadores mais experientes e economicamente independentes ao desenvolvimento dos Div 1 e 2. E isto tem de ser efectuado de forma coordenada e centralizada.

3º Organização dos contactos institucionais com países aliados, neutros e mesmo adversários. É preciso ser visível e demonstrar capacidade de ser relevante.

Estas tarefas têm de ser complementadas por uma inteligente gestão dos recursos financeiros que temos. Não acho que seja necessário alterar muito o que fazemos hoje, mas temos de ter consciência que muitas das receitas existentes hoje, deixam de existir em caso de wipe. Por isso, as alterações necessárias a realizar nesta área podem se tornar numa quarta tarefa que eu por falta de conhecimento não consigo avaliar a magnitude.

As duas opções com as quais Portugal se depara são: (i) negociar uma Paz com a Espanha e a Polónia ou (ii) manter uma guerra de resistência que pode ser longa contra os nossos territórios ocupados, com particular enfoque nos territórios ocupados por Espanha.

A opção da Paz negociada parece-me ter poucos pés para andar. Quem conhece os portugueses já sabe que “a bem” levam-nos a camisa do corpo, “a mal” não levam nada. Podemos partir mas é difícil de nos levar a dobrar. Como os espanhóis acham que estão numa posição de força na negociação vão pedir coisas que nós não estamos dispostos a aceitar e não lhes vejo capacidade negocial para nos convencerem. Da mesma forma, não creio que Portugal tenha argumentos hoje para convencer os Espanhóis a aceitarem uma Paz que seja aceitável para o nosso lado.

Resta-nos a segunda opção, que, na minha perspectiva, em termos de experiência de jogo é muito mais divertida, a unificação da nossa comunidade numa única Resistência Portuguesa. É certo que não estar no mapa provoca sempre algumas piadolas, mas isso ainda há pouco tempo aconteceu aos espanhóis e esse wipe foi decisivo no rejuvenescimento da sua comunidade.

Mas para que isso aconteça vai ser necessário um esforço adicional da nossa comunidade, quer em termos de participação quer em termos de união. Falo nisso na última parte deste artigo.

Ex Aliados

Como é do vosso conhecimento, a situação que nos encontramos hoje tem muito a ver com a ambição que alguns dos países poderosos que fazem fronteira com Portugal tinham de criarem uma aliança própria. Entre esses países incluíam-se dois aliados de Portugal: o Brasil e os USA.

Esses países contemplavam que Portugal também pudesse participar no bloco, mas para tal era claro que teríamos que ceder o nosso território do Norte a Espanha e teria de haver um progressivo afastamento da aliança à qual pertencemos a EDEN.

Eu não sei ao certo o tipo de esforços que estes países fizeram para procurar convencer Portugal das vantagens desta opção, mas tendo em consideração que o governo brasileiro tem como principal diplomata um troll que escreve com o CAPS LOCK ligado e ninguém tem paciência para ler o que ele escreve, é fácil perceber que as possibilidades de
Portugal ser persuadido de alguma coisa estavam à partida arruinadas.

Por incrível que pareça, na minha opinião, teria sido possível convencer Portugal a alugar o Norte, desde que existissem contrapartidas razoáveis (dentro daquela lógica que nós “a bem”, somos muito fáceis de convencer). Já o afastamento da EDEN, se isso fosse exigido, parece-me o tipo de coisa que seria muito difícil aceitarmos, porque mexe com lealdades e nisso somos mais inflexíveis. Mas não sei se isso inviabilizaria um entendimento.

Mas independentemente do passado, à que olhar para o futuro.
O Brasil é hoje uma comunidade muito dividida entre um grupo que quer empurrar o apoio para Espanha e a Polónia e outro que quer manter-se fiel aos seus aliados mais antigos da EDEN. Já existem evidentes esforços por parte de um dos grupos para denegrir a imagem da EDEN no Brasil e penso que a guerra continuará. Mas mesmo que a facção que apoia a manutenção dos seus aliados EDEN tome maior preponderância, devemos ter consciência que Portugal é neste momento “uma verdade inconveniente”, e não é por um grupo que apoie preservar as relações com a Croácia e a Argentina venha a ganhar preponderância que a questão Portugal/Espanha fica resolvida. Apenas ficamos com interlocutores que não estão ressabiados e que defenderão os interesses do Brasil de forma razoável, o que não quer dizer que lhes interessem atacar Espanha para ajudar Portugal a recuperar os nossos territórios.

Acho que poderemos continuar a contar com muitos tanks brasileiros e MU’s que lutarão por Portugal contra Espanha e a Polónia mas não esperem apoio formal do governo, no curto prazo.

Por isso aconselho a que as acções que o governo do Brasil está a tomar sejam vistas neste novo paradigma, e não vale a pena sentirmo-nos traídos pelas acções tomadas. Eu pessoalmente continuarei a acompanhar os media Brasileiros e não hesitarei em expor manipulações dos jogadores que andaram durante meses a denegrir a imagem dos portugueses aos olhos dos jogadores brasileiros, mas não tenhamos dúvidas que o trabalho de destruição que levou 12 meses a fazer não será desfeito num par de semanas.

Devemos continuar a estar presentes entre a comunidade brasileira, mas o nosso alvo deve ser os manipuladores não a comunidade brasileira. Eu servi durante 6 meses no exército brasileiro, e sei que aquela comunidade tem valores semelhantes aos nossos, por isso, é preciso dar tempo ao tempo, por muito que nos frustre algumas coisas que lê-mos.

Em relação aos USA, a realidade é que esta comunidade é muito volátil em relação a Portugal. Nunca sei bem o que esperar, e penso que, é necessário um esforço diplomático sério para que os USA nos percebam melhor, mas nunca existiu uma relação forte entre as duas comunidades. No entanto, o caminho que os USA venham a seguir é fundamental para a estratégia onde nos inserimos, por isso, é fundamental estarmos presentes sempre que possível e sejamos capazes de explicar bem as nossas posições.

União

Nesta parte, permitam-me ser um pouco mais polémico.
Se não existir iniciativa não existe obra. Se existir demasiado protagonismo não existe união.

É verdade que existe algum mau-estar entre diversos jogadores bastante activos na comunidade por questões passadas. A união da comunidade será sempre maculada quando a relação virtual entre esses jogadores seja má, e quando perdemos tempo a tentar fazer com que os novos elementos da comunidade vejam as coisas da forma como nós vemos e em oposição às ideias e comportamentos de outros.

Mas a única forma de essas relações melhorarem é cada um desses jogadores assumirem as suas responsabilidades e pedirem desculpa à comunidade pelos seus piores actos. Houve cidadãos que fizeram isso, e por exemplo o corrente CP é um deles (eu não votei nele porque o Jules era muito melhor candidato, perfeito para um mês em que era provável levarmos wipe, o potencial de trolanço desta situação é brutal). Se não estão dispostos a fazer isso, então não atrapalhem.

Portugal vai precisar de muitos líderes para promover todo o trabalho que é necessário fazer, mas precisamos de gente que seja capaz de trabalhar com os outros, não só a discutir ideias e a chegar a consensos, mas sobretudo a fazer coisas. Se tiverem esse espírito, que é servir a comunidade, então é fundamental que avancem, se o que vos é importante é a vossa pessoa e as vossas ideias, então serão um fardo para a comunidade e mais vale juntarem-se ao HM no Uruguai.

Escrevo esta parede de texto não porque tive 30m disponíveis esta manhã, mas porque acho importante que todos se comecem a mobilizar para realizar coisas e se possível de forma coordenada. Eu sempre fui daqueles que gostava de mandar umas larachas mas que nunca achei que teria tempo para ajudar em nada, e no último mês aceitei arranjar umas horas semanais para um modesto contributo como Embaixador na Ucrânia e na Russia. Infelizmente não posso dar muito mais do que isso, porque o meu empregador não concordaria.

Mas peço que os novos e os velhos, os paizinhos, os avozinhos e a comunidade feminina se cheguem à frente. Vamos discutir o que interessa e vamos trabalhar, porque os taçardos ainda não perceberam bem quão chatos nós podemos ser quando estamos todos juntos e mobilizados contra eles.

Que arranque a Resistência Portuguesa