O vento nada me diz

Day 1,690, 02:34 Published in Portugal Portugal by John Bokinski

Têm vindo a público diversos artigos que abordam a eminente criação de um nova aliança que incluiria pelo menos o Brasil, os Estados Unidos da América, Espanha e Polónia. Por ser uma aliança que cobre a zona geográfica em que Portugal se insere, a não inclusão do nosso país na aliança deverá ter impacto quase imediato na nossa soberania, que actualmente já se encontra ameaçada independentemente da criação, ou não, dessa aliança.

Eu sou ecidadão de ePortugal à bastante tempo, e já passei por diversas fases da inserção do nosso país neste eMundo. Das várias experiências pelas quais passei, algumas constantes se mantiveram, entre elas que a eEspanha sempre foi “o inimigo” e que o eBrasil e eFrança sempre foram os principais aliados de ePortugal, aqueles que sempre nos apoiaram e aqueles que ePortugal sempre apoiou na medida das suas possibilidades.

Ignorando as primeiras alianças que ePortugal pertenceu, para a maioria de nós a primeira aliança marcante que ePortugal pertenceu foi a PEACE, uma aliança que professava o apoio dos seus membros para garantir a sua soberania, e quando se afastou desses ideais implodiu. Com a implosão da PEACE e a posterior ineficácia da aliança que a sucedeu, a PHOENIX, Portugal acabou por se afastar de muitos dos seus antigos aliados de sempre, como a eHungria e a eIndonésia e aliar-se a novas geografias, em grande parte seguindo o caminho que o eBrasil e o eFrança seguiram.

A entrada na EDEN se foi pacífica para muitos dos jogadores que actualmente são responsáveis pela gestão do ePaís, foi bastante difícil para muitos jogadores mais antigos. A ideia de lutar pela eRoménia e pela eCroácia contra a eSérvia e a eHungria não era algo que nos tenha agradado, existiam antigas amizades e um passado de respeito mútuo entre nós e alguns dos actuais países inimigos, e a mudança de paradigma se não tivesse sido faseada, estou certo que teria provocado grande discussão em ePortugal. Mas a nossa entrada na EDEN seguiu um caminho, houve um tempo de distanciamento e quando aconteceu acabou por ser quase natural, até porque muitos dos grandes tanques portugueses que tinham sido fundamentais nas batalhas PEACE/Atlantis já tinham abandonado a vida activa.

Quando olho para esta nova aliança que se está a formar vejo com esses olhos. Vejo que nesta aliança vão se inserir um velho amigo (eBrasil), um adversário distante (ePolónia), um velho adversário que actualmente até é aliado (eEUA) e “o inimigo” (eEspanha). Como aliança parece-me pouco atraente por questões afiliativas e não critico quem já veio mostrar descontentamento da posição que o eBrasil está a tomar, mas é preciso compreender que nós também já deixámos de nos inserir em alianças de aliados com os quais tínhamos uma longa história. Quando a chama da união morre, é muito difícil manter um casamento. Independentemente, das campanhas realizadas por alguns ecidadãos brasileiros para promover a discórdia, a realidade é que a chama de união entre ePortugal e EBrasil já estava muito baixa no últimos tempos e a culpa tem muito a ver com o distanciamento das duas eComunidades e não apenas a elementos detractores de ambos os países.

O segundo ponto é a inserção geográfica. Nesse aspecto é evidente que poderia haver vantagens em entrarmos nesse bloco.

Mas para que valha a pena, estabelecer um objectivo e lutar por ele, é preciso saber qual o objectivo desta aliança ? e se a nossa integração nela é uma possibilidade ou apenas uma questão académica ?

Cabe ao governo informar os cidadãos disto. Sem reacções demasiado emotivas, é o governo que nos deve apresentar os caminhos que vê, as suas vantagens e desvantagens e a sua opinião e cabe ao mesmo governo receber a opinião dos cidadãos (eventualmente por referendo se sentir que existem divisões significativas) a agir em consonância com essa vontade.
Pessoalmente eu nunca apoiarei uma decisão que considere que vende a alma de ePortugal, mas simultaneamente sei que os tempos mudam, e que há que perceber que mudanças rápidas são difíceis de aceitar mas que não podemos deixar de ver as coisas numa perspectiva global. Ao governo peço cabeça fria e objectividade, ao cidadão comum tem de se aceitar a revolta e a emoção quando se sente “traído” a um governo pede-se serenidade e avaliação objectiva da situação.

Confesso que me faria muita confusão apoiar eEspanha, mas lutar contra o e Brasil também. Sinto-me dividido.

Força ePortugal