Mobilização e Ideais

Day 1,732, 10:27 Published in Portugal Portugal by John Bokinski

Em primeiro lugar gostaria de fazer um “caviat” sobre o que escrevo neste artigo por potencialmente não contar com todos os pormenores que possam ser relevantes. Estou de férias e não tenho tido oportunidade de ler muito da imprensa mundial e por isso reconheço que não tenho todos os dados.

No meu último artigo falei sobre a evolução militar que esperava que viesse a acontecer derivado do desalinhamento do Brasil e dos USA com a EDEN. Se bem que existam mais coisas a acontecer do que aquelas que eu mencionei, as minhas previsões de que vários países TEDEN desapareceriam não estavam longe da verdade. A Croácia sofreu um dos wipes mais rápidos do jogo e agora é a Argentina que sofre a pressão dos seus adversários. São 2 países que claramente sempre responderam ao pedido de ajuda dos seus aliados, e a Argentina detêm uma das comunidades maiores do jogo, mesmo que ainda jovem.

Algo que não tinha previsto era a dissolução da ONE como aliança, mas julgo que esta dissolução acaba por confirmar que a ONE é essencialmente os grandes países que a compõem (Servia e Hungria). Sabendo que o objectivo do Brasil e eventualmente dos USA seria avançar contra a Indonésia, não interessava aos países centrais da ONE entrar em conflito com as novas potências e por isso simplesmente deixou os países mais pequenos à sua sorte.

Quero pensar que a EDEN funcionará de forma diferente e que manterá a lealdade entre as suas forças e continuará a se ajudar de forma articulada. Como escrevi no último artigo, continuo a acreditar que no médio prazo, a credibilidade e as relações de lealdade estabelecidas entre as várias comunidades são os pilares que permitirão estas comunidades gozarem um jogo interessante para as mesmas no futuro, mesmo que o seu papel seja o de honrados rebeldes.

Passando ao tema que queria analisar neste artigo, a proposta de Paz com Espanha que entretanto foi recusada pelo congresso. Gostaria de abordar o assunto, primeiro com as implicações para a comunidade e só depois a minha opinião pessoa.

A proposta de paz incluía vários pontos, dos quais se destacavam o aluguer de uma região (o Norte) a Espanha e o compromisso de não atacar a Venezuela. Obviamente que mais importante que qualquer destes pontos é o de qualquer tentativa futura de reconquistar o Norte seria considerado como um incumprimento de um compromisso assumido com Espanha.

O congresso seguiu pela não aceitação desta proposta e fruto da cessação de conversações podemos contar com um ataque mais cerrado de Espanha às nossas regiões e um menor apoio da EDEN nessas defesas. Porque ao recusarmos o tratado de paz com Espanha a mensagem que estamos a enviar para a EDEN é de que não temos medo do Wipe e preferimos ser wipados do que aceitar ceder uma região a Espanha.

Sem querer fazer futurologia, na minha opinião a aceitação da paz com Espanha teria espartilhado ainda mais uma comunidade que não prima pela união. Existem opiniões a mais e ideias a menos, e existindo uma decisão bastante radical que ponha os líderes em pólos extremos, então teríamos muitas palavras e pouca progressão. No entanto, esta paz teria a vantagem de salvaguardar a existência de um congresso Português, um CP Português e condições económicas mais favoráveis.

Com a não aceitação da paz é provável que sejamos wipados. Concordo que a EDEN irá procurar defender países que estão a ser atacados por várias forças e reconhece na nossa posição que não temos receio desse wipe e que esperaremos pelo momento oportuno para voltarmos a estar no mapa. Espero que quem apoiou a não aceitação do tratado de paz tenha consciência que isso pode implicar vários meses de wipe e sem congresso e impostos o Estado português terá mais dificuldades em coordenar a comunidade e não poderá manter algumas das iniciativas de apoio à comunidade (armas, empréstimos etc). Digo isto, porque as vantagens desta recusa é o potencial de mobilizar a comunidade portuguesa para fazer a ocupação espanhola muito cara para esse país. Se continuarmos a olhar para o nosso umbigo e a refilarmos que temos menos armas e menos bónus então numa perspectiva comunitária mais valia termos aceite a paz. Para que esta decisão tenha um efeito positivo na comunidade portuguesa é necessário que provoque mobilização contra Espanha e os interesses espanhóis.

A minha posição pessoal se tivesse que votar este acordo de paz seria o de votar não, porque acho que a sua aceitação iria colocar a nossa comunidade num beco sem saída de divisão e falta de um ideal a seguir. A não aceitação empurra-nos para um lugar mais difícil mas mantemos um objectivo, um ideal, reconstruir Portugal.

E quando digo reconstruir Portugal não estou a dizer que comecemos a abrir RW contra Espanha à maluca. Quando lutarmos contra Espanha vamos precisar de aliados e não ganhamos sem aliados, excepto se fizermos um esforço económico muito maior que Espanha. Na realidade para Espanha essas RW são simpáticas, permitem-lhe cumprir os 25 kills das MU’s e nós gastamos dano que é muito mais útil em outro sítio.

É difícil fazer crescer a nossa comunidade no curto prazo de forma a chegar à comunidade espanhola, mas alguma coisa tem de ser feita para melhorar a esse respeito e também temos de assegurar melhor aliados que Espanha. Porque a luta pelas nossas regiões é mais importante para nós do que para os espanhóis.

Para isso é preciso que lutemos pelos nossos aliados como uma unidade. Seja ela as FAP, ou as outras MU’s, é preciso grande coordenação e clara compreensão pelos nossos aliados do nosso valor. O MoD português, eleito ou designado terá que ser a nossa face diplomática e terá que ter músculo para poder fazer a diferença. 250m de dano não é muito mas é alguma coisa.

Hoje estava no IRC de distribuição da Argentina à espera para lutar, ia levar 10m porque a minha divisão tinha acabado e os Argentinos pararam temporariamente a distribuição. Entra um jogador português (com rank maior que o meu, não era um noob) e vendo que tinham acabado de parar a distribuição comenta “Sem distribuição não têm o apoio de Portugal”.

A comunidade representada por esse jogador não é a comunidade que existia quando entrei no jogo, mais, se esse jogador representa a comunidade portuguesa então eu não pertenço à comunidade portuguesa. Mas acredito que não representa, continuo a achar que somos uma comunidade leal, apesar de dividida, e solidária. Não estamos cheios de putos medalheiros que lutam por qualquer coisa que lhes dê bling (mesmo que tenhamos alguns).

Uma das coisas que têm sido escritas nos media do Brasil com alguma frequência é que os Portugueses e os Espanhóis têm uma acesa rivalidade em RL, isso é um enorme disparate. Existe mais rivalidade entre as diversas regiões de Espanha do que entre Espanha e Portugal, actualmente os portugueses e os espanhóis até se aturam moderadamente bem (melhor que os brasileiros e argentinos RL). Sempre existiu uma rivalidade entre a comunidade Espanhola e Portuguesa no ERep porque desde cedo Espanha nos tentou por o pé em cima e sempre foi uma das comunidades mais batoteiras do jogo (bans massivos por multis, ouro criado do nada, etc). Já fomos wipados por eles muitas vezes mas sempre demos a volta por cima e se houver união estou certo que colocaremos de novo no seu sítio, mas temos de ter paciência.

Acho que precisamos de os líderes actuais e os antigos, (aqueles que sabem trabalhar em grupo) falem mais, e acordem bem numa estratégia. Depois de ter uma estratégia, mobilização e trolitada neles.

Força Portugal