[Bitorino] PTO ao Partido Revolucionário - Factos e Considerandos

Day 2,283, 05:25 Published in Portugal Portugal by General Destroyer


Caros amigos,

Como bem sabem, nas últimas duas semanas publiquei dois artigos (Carta Aberta aos Militantes do Partido Revolucionário http://goo.gl/EiGqu8) e AMS Matias: O falso patriota
http://goo.gl/aXmedN
), onde denunciava algumas das patifarias cometidas pelo jogador em questão ao longo do último ano. Quer como presidente do Partido Revolucionário, quer como membro do congresso.
Esses artigos inseriam-se na lógica do que tem norteado a minha postura ingame: denunciar publicamente os erros que entendo como verdadeiramente graves quando cometidos por estruturas governativas - como o Congresso e/ou o Governo - ou por estruturas partidárias. Foi assim quando Juve Leo e Sassa.Mutema procuravam pagar para angariar votos, foi assim com CP’s desaparecidos e será assim no futuro.

Contudo, paralelamente a estes artigos de denúncia, outras manobras se preparavam nos bastidores da política portuguesa para afastar da liderança do partido os elementos mais próximos de AMS Matias, isto é, o Alvaro Cunhal.
Apelando a um dever patriótico de afastar do poder quem se portava mal no congresso e no partido, começou a ser preparada com a devida antecedência a tomada do poder pela força, isto é, um Political Take Over (PTO).

O objectivo era simples: Uma mensagem dirigida aos líderes dos partidos portugueses mais numerosos apelava a que os seus presidentes convidassem militantes do seu partido a mudar-se para o Partido Revolucionário no dia das eleições e, nesse dia, votar na candidatura “democrática”: Mr Kirito. Tudo para eleger este candidato em detrimento de Álvaro Cunhal


Quem promove esta mensagem? Não, não é o candidato. É um outro elemento da comunidade portuguesa, coincidentemente, o então MoFA.
Quem de imediato concordou com o projecto? O então presidente do PRD e CP em exercício: teXou.


O circo estava montado e o candidato ansioso:


Outra questão, desde logo, me deixou de pulga atrás da orelha. Quem é, afinal, este Mr Kirito que tanta confiança granjeou entre alguns dos mais destacados e antigos membros da comunidade portuguesa?
Trata-se de uma conta com pouco mais de um mês de existência, que apareceu a nível partidário, nas últimas eleições para o congresso, tendo concorrido pelo Partido Portugal, indicado pela presidente do Partido Democrático.
Porém, tirando isto, aparentemente pelo menos, mais nada se sabia sobre esta figura. Ora, como muitos já sabem, o Mr Kirito foi também Miguel Angelo Marques (http://www.erepublik.com/en/citizen/profile/8109131) ou MrMarques (http://www.erepublik.com/en/citizen/profile/8274963). Duas contas que o proprietário pediu aos administradores para apagar.

Chegado o dia das eleições era preciso não deixar esmorecer os ânimos. E o MoD português, talvez liderando as tropas democráticas, dava o exemplo:



É claro que se pode sempre alegar, como o MoF já fez, que são actividades extraordinárias e que “apesar dos cargos que ocupam, os jogadores têm direito a manter as suas actividades extra governo/congresso”. Claro que sim. Tal como têm o dever de honrar, antes de mais, os cargos que ocupam.

Confrontado no fórum do Governo pelas acusações de membros do Governo apoiarem, e incentivarem ao PTO, o CP deixou o repto inequívoco a um congressista: “ és congressista ... lança o IMPEACH. Se não tiveres coragem ... olha ... deixa trabalhar o governo porque não tenho tempo para politiquice”.

Ora eu, olhando para isto, fiquei com uma dúvida. Então o CP não tem tempo para “politiquice”, mas tem tempo para apoiar um PTO? Então… mas… isto não é… naaaa. Um PTO não é politiquice. É democracia no seu estado mais puro e honesto. Afinal de contas, só se estava a tirar do “poleiro” um “troll”.



Perguntam vocês, e muito bem, então, mas por que é que só agora vens falar nisto?
A pergunta é naturalmente pertinente. Tendo estado praticamente sem jogar entre 6.ª feira à hora de almoço e 2.ª feira de manhã, antes de mais pretendia perceber até que ponto aquele apelo do Leal9001 na mensagem aos presidentes do Top6 tinha sido coisa isolada ou continuada no tempo.
Depois, porque sendo alertado para o facto de haver membros do governo ligados a este movimento, queria perceber até que ponto o seu envolvimento era real ou apenas o diz-que-disse.
Por fim porque ontem foi lançado no fórum do governo, pelo Álvaro Cunhal, uma proposta para a expulsão de membros do governo por envolvimento no PTO (http://www.erepublikpt.com/forum/viewtopic.php?f=301&t=18283). O que poderia ajudar a reunir mais alguns elementos sobre esta história.



Considerandos
Alguns elementos da comunidade portuguesa têm defendido que este não foi um PTO, mas sim a vontade de mudança no Partido Revolucionário.
Por definição, na wikipedia do eRepublik, PTO é definido como “a highly successful, unexpected stroke, act, or move; a clever or cowardly action or accomplishment, relating to or pertaining to politics”.
Ora, a verdade é que houve, de facto, uma movimentação massiva de elementos para o PR em vésperas de eleições ou no próprio dia com o intuito de levar à vitória o candidato Mr Kirito. Basta olhar para a evolução dos dados referentes ao número de militantes do PR nos últimos 23 dias.



A verdade é que pela iniciativa de várias pessoas foi possível uma conta específica vencer as eleições no Partido Revolucionário e, assim, afastar os “trolls” da liderança do partido com maior número de militantes. E, com isto, grande parte da comunidade rejubila e aplaude o movimento “democrático”.

Era preciso tirar AMS Matias e seus seguidores da liderança do Partido Revolucionário? Sim, era.
Só se conseguia tirar AMS Matias da liderança assim? Obviamente que não.

Mas, olhando para esta satisfação de alguns, eu deixo uma pergunta. E se no próximo dia 15 de Março estes “trolls” decidirem juntar-se todos e votarem em massa num determinado candidato - o Alvaro Cunhal, por exemplo - para a liderança de um partido do Top5? Por exemplo o Partido Democrático ou o PRD, apelando também eles que é preciso tirar do poder quem não se preocupa com Portugal? Também vão bater palmas efusivamente ou, aí, já vão condenar esta acção vergonhosa?

Será que o combate político se faz pela apresentação de ideias, projectos, iniciativas que possam representar uma mais-valia ou pelo afastamento dos centros de decisão daqueles que um determinado grupo considera como “indesejável”?

Seria bom que alguns dos que aplaudem esta iniciativa ponderassem bem aquilo que defenderam e metessem a mão na consciência.

Eu, por mim, continuarei a defender aquilo que sempre defendi e a fazer o que sempre fiz: combate político pela apresentação de ideias e iniciativas que sejam mais-valias. E não pela tomada de poder pela força quando, de facto, não é a soberania nacional que está em causa, como sucedeu, por exemplo, nos idos de 2012.

Cada qual saberá de si.

Abraços a todos

Bitorino
19.Fevereiro.2014


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