"L'État c'est moi" - ou, Carta ao Presidente Volkofff

Day 1,697, 12:44 Published in Brazil Cuba by Greywacke
"L'État c'est moi"



Estimado e amadíssimo presidente Volkofff,

O objetivo desta missiva é, antes de tudo, desculpar-me.

Desculpar-me duas vezes, na verdade, a primeira pela imagem (sem nenhuma intenção de ser desrespeitosa) com a qual coroo este artigo, e a segunda vez pelo comentário que deixei em sua mensagem à nação, por sinal vossa excelência tem um estilo assaz comunicativo e agradável.

Saiba que tenho vossa excelência em especial apreço, pois é quase uma unanimidade nacional, o homem que teria levado nas costas, pelo menos um governo e meio, de estar conduzindo seu próprio governo com maestria e acima de qualquer possibilidade de críticas, além de ter realizado o feito até então inimaginável de vencer nas urnas o “ebrasileiro mais influente da história”! Algo que me deixa pasmado até o momento.

Insisto neste ponto para deixar com clareza cristalina que desejo, do fundo do coração, que tenha muita felicidade no seu mandato e que seus projetos sejam todos coroados de êxito. Qualquer dano que minhas atitudes possam ter causados, assumo-os como de minha responsabilidade e os atribuo ao meu senso se humor um tanto degenerado, espero que compreenda.

...

Confesso, porém, um tanto constrangido, que tenho apenas um desconforto com sua pessoa... é sua imagem, seu avatar.
Como se diz usualmente, “o problema não é com vossa excelência, é comigo”. Eu tenho uma sincera aversão por cães. Não os acho nada fofinhos e a visão deles em nenhum momento me desperta sentimentos de lealdade e fidelidade.
Dito isso, prossigamos.

...

O fato é que estas duas desculpas necessitam de alguns esclarecimentos adicionais, como poderá ver no texto que se segue.

Vamos ao segundo fato pelo qual me desculpo (do qual, como poderá ver, deriva o primeiro pedido de desculpas):





Amado presidente, vossa senhoria não imagina como eu gostaria que isso fosse verdade!

Pelo menos as decisões estariam sendo tomadas por uma pessoa eleita por nós. Mas não parece que as coisas ocorrem exatamente assim. Como eu gostaria que cada presidente democraticamente eleito pudesse dizer com apenas um leve rubor no rosto: "L'État c'est moi!" (o Estado sou EU!, o Brasil sou EU!).

(Por isso a homenagem à vossa excelência como Luiz Cãotorze, tome-a portanto como essa homenagem, nunca como uma crítica!)


Mas como explicar que as decisões pelas quais vossa excelência assume inteira responsabilidade, tenham sido tomadas, ou pelo menos gestadas, em mandatos anteriores?

Não haveria um Richelieu, uma eminência parda, não apenas no vosso, mas em todos os governos?





Quem decidiu sair da TERRA?

Quem decidiu brigar com a Romênia? (bom, esta nem precisa explicar...)

Quem decidiu que era uma boa ideia se aliar à Servia, Hungria e Polônia?

Quem derrubou o Traiker da ABAI? (e como ele subiu lá?)

Quem está perseguindo a Gislaine pelas suas opiniões?

Onde essas decisões são tomadas?

Quem tem acesso livre a essa casa para debater?



Longe de mim me posicionar contra essas decisões! Amo mudanças, pedras que rolam não criam musgo), mas questiono a maneira como são feitas essas coisas.

Não tenho acesso ao Cantinho Brasileiro, não consigo encontrar o Bunker Brasil, toda vez que entro no Fórum vejo as mesmas mensagens sobre jogos que não jogo e brigas pessoais. Onde se escondem? Quão profundas são essas sombras?
(não Olorum, isto não é mimimi!)


Espero que seja apenas mais uma teoria da conspiração que me assalte. E espero que aceite minhas desculpas.


Beijos e abraços muito carinhosos deste cidadão que muito o admira.



Greywacke