[Bitorino] NE's e AS's. Algumas questões ao congresso

Day 2,702, 04:31 Published in Portugal Portugal by General Destroyer


Caros Portugueses,

As últimas horas têm sido bastante polémicas e com mútuas trocas de acusações entre membros do Congresso, membros do Governo e população em geral.
No cerne de tudo isto está a campanha realizada contra o UK e, mais concretamente, o ataque ontem efectuado a Vestlandet, uma região norueguesa ocupada pelo Reino Unido.
Como todos bem sabem, esta campanha foi brutal em termos de danos, mas também em termos de gastos monetários. Fala-se em mais de 650 000 PTE’s em Combat Orders. Gastos que levaram o MoF a retirar para a sua conta todas as verbas do Estado, alegando estar a proteger os interesses do País. Situação que ocorreu numa altura decisiva para a campanha e que deixou, em fim de batalha e com a barra a favor de Portugal, os combatentes do lado português sem qualquer tipo de CO. Este movimento revelou-se decisivo para perder a ronda.

Debate-se agora se a atitude do MoF foi ou não a melhor, se o CP deveria ou não ter gasto tanto dinheiro em CO’s, se o Governo deveria ou não ter auscultado o Congresso sobre os gastos de verbas, se o MoF devia ou não ter retirado as verbas antes. Nomeadamente no artigo do MoF e no artigo do CP

Na minha opinião, procedeu mal o MoF porque não se pode substituir ao CP. Chama-se a isso golpe de Estado e, como alguns já referiram, existem actualmente mecanismos ingame para isso mesmo. Tudo o resto, às luzes do jogo, creio que se pode chamar de roubo. O CP é, por inerência dos mecanismos do jogo, o único titular das orgs nacionais e o único eleito pela população. MoF, MoFA, MoD, MDS são nomeados pelo Presidente do País.

Depois, invocar o ocorrido durante o AirStrike ao Japão para apoiar o gesto do MoF, é confundir a beira da estrada com a Estrada da Beira. Dueante o ataque ao Japão, com o SalvaZeus (aka FC Pancadaria) como CP, desapareceram verbas e armas não se sabe bem para onde nem a que título. Não há comprovativos nem justificativos das verbas desaparecidas. Aqui, pelo menos até prova em contrário, os gastos estão devidamente justificados pelo CP (algo diferentes de aprovados/apoiados pelo Congresso).

Paralelamente, o Congresso é, desde logo, co-responsável por toda esta situação. Foi o congresso que permitiu que os últimos dois governos entrassem em guerra. Aliás, acho mesmo que é hora de o Congresso, e sobretudo os principais críticos da decisão do CP de dar tudo por tudo nesta campanha, responderem a algumas questões, simples:
1- Quem aprovou o Airstrike à Holanda não foi o congresso, por larga maioria?
2- Quem aprovou o NE à Alemanha - considerado por eles uma provocação gratuita - não foi o congresso, por larga maioria?
3- Quem aprovou o NE ao UK não foi o congresso, por larga maioria?
4- Quando aprovaram isso tudo acharam mesmo que campanhas destas se ganhavam com orçamentos de CO's de 100 mil PTE's?
5- Têm noção do impacto brutal que esta atitude do MoF vai ter na união da comunidade?


Seria bom que o congresso, num gesto de coragem, torna-se públicas as discussões tidas no fórum sobre o AirStrike à Holanda e os NE’s ao UK e à Alemanha.

Até porque ontem e anteontem, mais uma vez, voltamos a ver a comunidade portuguesa unida numa única causa. Gente a tankar como se não houvesse amanhã, como se esta fosse a mãe de todas as campanhas. No feed da minha MU vi apelos de um congressista para darmos tudo por tudo. “Temos de Ganhar a UK em Vestlandet! É para dar tudo, é o ultimo recurso.”

O que mudou entretanto?
Acobardaram-se perante os gastos? Acharam mesmo que uma campanha destas se ganhava com meia dúzia de tostões? Ou já se esqueceram dos gastos que se tiveram quando combatemos o UK nos Açores? Ou defendem que AirStrikes e NE’s devem ser feitos just for fun e, portanto, a malta luta só um bocado para se divertir e depois recolhemos a casa? Ei, isso chama-se Training Wars e os termos das mesmas costumam ser definidos previamente, para acautelar os interesses dos dois países envolvidos.

Com toda esta indefinição e, sobretudo, a decisão do MoF de tirar o tapete aos portugueses e aos aliados num momento crucial da campanha (eu chamo a isto traição, há quem chame um acto de coragem), partiu-se a espinha da comunidade em duas. Este gesto do MoF está, aliás, ao nível da decisão do Álvaro Cunhal quando em 2013 decidiu dar por concluída uma campanha de RW’s contra Espanha num momento em que Portugal liderava e se preparava para recuperar mais uma região. Argumento dessa vez? Já tínhamos garantido o congresso.

Qual o impacto que isto vai ter, também, na imagem pública de Portugal? Estarão os nossos aliados, no futuro, dispostos a vir lutar por um país que a meio de uma campanha diz “eh pah, esperem, já gastamos muito, acabou a diversão”.

Por fim, com toda esta situação conseguiu-se ainda outro feito fabuloso: perdemos a última região da Holanda e perdemos a região ocupada em Cuba para ajudar um país amigo a livrar-se do seu ditador.O que sucedeu na prática? Pela falta de coerência e estratégia do Governo e Congresso não conseguimos ajudar Cuba, que continua ocupada por um ditador.

Bem, acho que já temos aqui pano para mangas e é melhor ficar por aqui. Fica, de novo, o desafio ao congresso: Tornem públicas, com carácter de urgência, as discussões tidas no fórum sobre o AirStrike à Holanda e os NE’s ao UK e à Alemanha.

Seria importante para toda a população saber o que se andou lá a discutir, quem apoiou o quê e o que foi efectivamente proposto. Não se trata de uma caça às bruxas, trata-se de uma questão de transparência.

Haja coragem!


14.Abril.2015

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