Os últimos dias

Day 1,560, 04:44 Published in Portugal Portugal by John Bokinski

Ao final de 38 meses a jogar eRep lá me decidi a pagar os 2 gold e a criar o meu jornal. As razões que me levaram a nunca ter criado um jornal foram o facto de 2 gold, serem 2 gold e eu não gosto de gastar gold, e de quase sempre que tinha vontade de escrever encontrava sempre um artigo com o qual globalmente concordava e que bastava spammar um pouco os comentários para confirmar a minha anuência ou enfatizar um ponto não coberto pelo artigo, para me sentir satisfeito.

Nos últimos 3 dias apesar de terem sido escritos muitos artigos sobre a preparação das eleições para o congresso e temas conexos, na realidade não encontro nenhum que apresente os factos na perspectiva que eu acho mais relevante e por isso decidi avançar com a criação deste artigo.

(e começa o Walltext)

Em primeiro lugar quero realizar um pequeno resumo da minha percepção dos factos, não apenas dos últimos 3 dias mas com enfoque em factos relevantes para estes 3 dias. É uma descrição de factos públicos e sem ter contributos de bastidores que eu assumidamente não frequento muito e tento ser o mais objectivo possível na minha descrição.

Há cerca de 3 meses atrás, 3 cidadãos ePortugueses (Paisana, Marcelo Santos e Zé Alface) decidiram chantagear a comunidade e o governo ePortuguês a conceder-lhes poder para realizar um conjunto de medidas ou iriam promover, juntamente com um grupo de jogadores Sérvios um PTO ao nosso país que lhes permitiria chegar ao poder e tomar as medidas que queriam, incluindo passarem ePortugal da EDEN para a ONE.

De seguida estes cidadãos, usando os direitos que o facto de serem congressistas lhes concedia, para dar cidadania a vários cidadãos Sérvios e constituíram o Team Servia.

No entanto, o número de cidadãos Sérvios que conseguiram trazer para o país não foram suficientes para fazerem um PTO a um dos principais partidos ePortugueses e nas eleições de 25 de Janeiro não foram convidados para integrar nenhuma das listas ao congresso dos principais partidos e obviamente não foram eleitos.

Durante este mês de Fevereiro parte do Team Sérvia foi voltando às origens. Há cerca de 10 dias os maiores partidos portugueses iniciaram uma cooperação visando assegurar que todas as vagas a congressistas das suas listas se encontravam preenchidas por cidadãos que consideravam adequados.

Entretanto vários cidadão na preparação para as eleições do congresso promovem a entrada de cidadãos num novo partido (Mafia), que inclui elementos do Team Servia, mas que nunca se aproxima dos 5 maiores partidos e como tal não tem condições para participar nas eleições ao congresso.

Na passada quinta-feira, um dos líderes (Júlio de Matos) do Movimento Minerva (MM) escreveu um artigo em que comenta a sua dificuldade de colocar nas listas do MM elementos da MU SPA uma vez que tinha vários membros do Team Sérvia nas suas fileiras e não sabia em quem confiar. O artigo provocou polémica e foi mal recebido por vários elementos dos SPA que não se reviam de todo nem nestes comentários, nem na Team Sérvia e que defendiam que a MU não tinha orientação política.

Apenas 24 horas depois, Júlio de Matos cria um novo artigo desta vez classificando as actividades que visavam assegurar que as listas dos partidos Top5 estejam completas como atitudes anti-democráticas e declara que não irá preencher a suas. Em resultado das listas não estarem preenchidas vários elementos do Team Sérvia entram nas listas do MM.

[editado por correcção] Anteriormente existiu um comunicado de um dos líderes do Team Sérvia anunciando o fim do “Team” e que os cidadãos Sérvios voltariam ao seu país.

No dia de eleições, de acordo com comentários de elementos da comissão política do MM, estes procuram organizar os seus militantes de forma a evitar a eleição dos 2 candidatos Sérvios. Nada é comentado sobre os 2 elementos do ex-Team Sérvia portugueses.

No final, são eleitos 4 ex-elementos do Team Sérvia pelo MM, 2 portugueses e 2 sérvios.

A partir daqui dou a minha opinião, e não factos:

O preenchimento das listas de candidatos a congressista por parte dos partidos é uma das componentes da vida partidária. Os 5 maiores partidos portugueses que possuem cada um mais de 100 militantes não devia ter dificuldade em preencher essas listas, e caso achem que existem elementos que gostariam de ver como seus candidatos que estão em partidos abaixo do Top5 ou independentes, são livre de pedir a sua participação.

O não preenchimento dessas listas de forma diligente e consciente enfraquece o próprio partido e não dá a melhor imagem da organização do mesmo ao exterior. No passado, tem sido frequente os partidos portugueses não se preocuparem demasiado com o preenchimento das suas listas, excepto quando Portugal está em risco de PTO.

O MM assume que não preencheu as suas listas, não por esquecimento, mas com a intenção de permitir a elementos não pertencentes ao partido a entrarem nas listas livremente.

Discordo totalmente desta posição do MM, porque os congressistas eleitos por um partido são sua responsabilidade e se queremos abrir as listas a independentes ou cidadãos de outros partidos, somos livre de o fazer mas confirmando que estes cidadãos têm as características adequadas à participação no congresso.

As acções do MM leva-me a considerar que alguns dos dirigentes do partido pretendiam conceder a oportunidade ao Marcelo Santos e ao Zé Alface de participarem nas eleições ao congresso. Mais uma vez discordo com o MM, caso fosse esse um dos seus objectivos, porque considero que as acções tomadas a cabo por esses cidadãos são tão graves e contrárias ao interesse do nosso país que nenhum político português responsável os devia considerar como candidato.

Estes cidadãos não só tentaram chantagear a comunidade portuguesa e o seu governo, como, não se declaram arrependidos do que fizeram. Apenas comunicaram que a Team Sérvia tinha sido desfeita apesar de alguns deles terem ficado cá.

Agora se o MM achava que estes cidadãos são candidatos adequados ao congresso então devia assumir as suas convicções, inclui-los nas suas listas e assumir os custos políticos das suas acções. Apesar de discordar da posição do MM, neste caso teria de lhes reconhecer coragem política.

O que fizeram foi deixar esses cidadãos participar na eleição pelas suas listas e agora não pretendem reconhecer a responsabilidade por estes e pelos restantes elementos não oficiais eleitos pelas suas listas. Nesse caso não reconheço qualquer coragem política, mas sim a tentativa de criar um sistema de eleições directas num jogo que confere direitos de governação a congressistas que obviamente não seriam concedidos a deputados eleitos directamente e como tal uma mistura dos conceitos que em conjunto considero não funcionar.

Finalmente em relação à sociedade portuguesa. Acho que existe demasiado jogadores em partidos e simultaneamente poucas ideias trazidas para a discussão em fórum por parte dos dirigentes políticos. E não falo só de acções práticas, falo também de ideias estruturantes, o que queremos para o nosso país, uma potência militar ? económica ? que ideal de sociedade queremos ter ? e porque consideramos uns países amigos e outros inimigos.

Se tivéssemos respondido a essas questões seriam muito mais fácil os governos e partidos desenharem medidas para os atingir.

Revolta-me que todas as eleições para o congresso ande gente a tentar comprar ou pedir o voto dos cidadãos e que os partidos movam os seus militantes de região para região para que estes consigam a eleição de mais um congressista com base na organização do partido e não pelo mérito do candidato reconhecido pelos cidadãos da região. E isto acontece não em situações de PTO mas nas eleições normais, e nós achamos que isto é tudo normal ? se procuramos ameaças à democracia em ePortugal, elas estão nestas atitudes e não no sistema de congresso que o jogo nos impõe.

Se procuram que a comunidade seja mais participativa, promovam o debate, mas debatam grandes ideias e não microeconomia, procurem pôr os partidos à parte destas discussões e expressem as vossas opiniões. Mas sobretudo, sejam responsáveis. Não deixem que a irresponsabilidade de alguns seja ignorada e não punida, é um dos problemas do Portugal real mas não tem de ser um problema para ePortugal.