Leis(?) Nacionais
RodStark
Como todos sabemos, o eRepublik é um jogo dividido em países, simulando, inclusive, a existência de um Estado, composto, de regra, por um território, nação e governo soberano.
Conforme a mecânica do jogo, constamos a presença de um Poder Executivo, representado pelo presidente e seus ministérios, e de um Poder Legislativo, composto por nossos congressistas.
Leis gerais ou ingame?
As eleições e diversos projetos de lei chamados ingame são estabelecidos pelo próprio sistema do eRepublik, de modo que, a princípio, as atividades de nossos representantes seriam relacionadas às regras previstas pelos administradores.
Diante disso, demonstra-se evidente que nosso país, notadamente os membros do Congresso Nacional, teriam duas opções a seguir: limitar-se aos dispositivos presentes no próprio jogo ou assumir o papel de Poder Legislativo de forma ampla, criando um conjunto de regras a fim de regular nossa sociedade como um todo.
Analisando-se os projetos de lei aprovados nos últimos anos, é fácil perceber que nossos parlamentares optaram pela segunda opção, podendo citar, como exemplo, as normas a respeito da concessão de cidadanias e responsabilidade fiscal.
Congresso brincando de faz de conta?
Ocorre que, para que as leis tenham realmente eficácia, é necessário que o Estado faça uso de seu poder coercitivo, sob pena de transformá-las em simples textos sugestivos ou recomendações. Imagine-se o que seriam as leis de trânsito sem a possibilidade de imposição de multas ou as penais sem a existência de prisões.
Por esta razão, é possível perceber que as leis aprovadas por nosso Congresso Nacional, em razão da inexistência de punições, muitas vezes são desrespeitadas por nossos próprios representantes, como no caso de “suspensão informal da lei do FEG” pela e😜
residente ou concessões indevidas de cidadanias por alguns parlamentares.
Desta forma, tem-se a impressão que nosso Congresso Nacional em grande parte de seus debates está simplesmente brincando de “faz de conta”. Assim como em nosso fórum há um eBrasil Imperial, com títulos de nobreza e outros gracejos, em nosso Congresso Nacional há discussões e aprovações de recomendações pomposas. A diferença é que, no primeiro caso, os participantes estão obtendo justamente aquilo que propõem.
Modelo inadequado
Percebe-se, assim, que o modelo de Estado apresentado pelo eRepublik, por si só, não se demonstra suficiente aos anseios do parlamento e de nossa própria população, diante da ausência de um órgão julgador e da possibilidade de aplicação direta de punições aos eventuais infratores.
Nesse contexto, sugere-se a nossos parlamentares que reflitam a respeito do tema, decidindo se é possível e prudente criar novas regras a fim de dar efetiva eficácia às leis aprovadas ou, caso contrário, devemos abandonar integralmente o processo de debate sobre quaisquer normas que não aquelas previstas dentro do próprio sistema do eRepublik.
Do contrário, tem-se a impressão que estamos somente fechando os olhos para a realidade e utilizando valiosos recursos humanos para horas de debates sem qualquer resultado prático.
Rod Stark
Paraná e Santa Catarina
Comments
Bem... o congresso sempre tem a possibilidade de dar impeachment no presidente que não respeita.
Mas claro, como geralmente são uns ca**es, a última vez que isso aconteceu faz anos - mesmo com as maiores caquinhas tendo acontecido e os maiores noobs se elegendo...
Sim, mas além de voltada somente para o presidente, é uma decisão política, não sendo baseada em alguma lei que determine o impeachment como punição por seu não cumprimento. O impeachment seria um dos mecanismos utilizados para punição, como outros possíveis, mas isso dependeria de um estudo sobre o modelo a ser aplicado.
Ah, e obrigado pelo endosso.
Votado! 😁
E o que vc sugere RodStark? Temos tentado profundamente manter a ordem no plenário.
Coisas como retirar o acesso a congressistas dos debates, perda de direito a voto e coisa do gênero ostracismo para parlamentares com conduta idevida. Porém a falha maior está ingame, onde não se pode simplesmente caçar o mandato do congressista... Quanto ao CP, sim pode-se propor a deportação, mas como esse é um jogo e jogo politico é muito forte aqui, dificulta a aplicação desta lei... Pois como eu disse a movimentação politica do jogo nestes casos serve apenas para defender interesses de grupos.
Minha sugestão está justamente na parte final do texto. Analisar o modelo e verificar se há uma saída possível ou então abandonar esse tipo de debate. Não acho que adianta cada lei prever um modelo de punição diferente... isso só abre margem para acusações entre os partidos.. Tem que pensar no sistema como um todo. Pelo que verifiquei em diversos outros países existe um órgão julgador e punições são aplicadas (pretendo fazer um estudo disso em uma outra edição). Agora continuar fazendo leis que podem ser simplesmente ignoradas... não vejo razão para isso. É tempo jogado fora e o congresso sendo feito de bobo.
Votado. Eu concordo com voce. A questao é as punições são difícies sem as ferramentas in-game. Alguns bons projetos apresentados nessa legislatura estão esbarrando nesses pontos.
Lido, votado e patrocinado. Gosto muito de acompanhar suas atividades jornalísticas. Pena que... Bom, você é um bom homem! Espero que se mantenha ativo para todo e sempre no jogo.
Pena que o quê? 😛
Esteja no partido que está. Mas não vou entrar nesse mérito, é uma opção sua. 🙂