[RA] O cérebro por trás da AMAN: Entrevista com Bruno Gallotti, General do EB.

Day 2,726, 17:39 Published in Brazil Brazil by NestinhoBR

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Nesta edição traremos uma entrevista com Bruno Gallotti, General do Exército Brasileiro e líder da Academia Militar das Agulhas Negras.

Gen. Bruno Galloti é o cérebro por trás da AMAN, Unidade militar do Exército Brasileiro destinada a retenção de dano. Ele entrou para o EB e assumiu a difícil incumbência de organizar e gerenciar a MU que formará os futuros tanks do EB.



Revista Araguaia: O Exército Brasileiro, mesmo enquanto FAB, já foi uma das principais forças militares do país. Hoje, já não possui mais o mesmo brilho. Para o senhor, qual o papel e a importância do Exército Brasileiro?

Gen. Bruno Gallotti: O papel do Exército sempre foi o de proteger a nação. Mesmo em tempos de crise, como a que vivemos em 2014, o EB manteve-se com seus próprios recursos. Hoje é difícil encontrar alguém que queira lutar pelo EB pelo estigma que ficou de pouca distribuição, sendo que, com a reestruturação, podemos dar até 160FFs de armas e comida, coisa que muita MU não faz. Mas, como MU secundária e sempre relegada, o EB cumpre seu papel em 4º lugar quase sempre, mesmo com a maioria 2 clicks e inativos.

RA: O Exército Brasileiro passou recentemente por uma completa reestruturação. O EB uniu-se ao FODOCE e deu espaço a uma nova MU, a AMAN, que é uma MU de retenção de dano. O senhor acredita no sucesso desta nova configuração do EB?

Gen. Bruno Gallotti: Com certeza! Para mim missão dada é missão cumprida! A reestruturação do EB será feita em etapas, mas precisamos de gente que acredite no EB. Hoje temos gente trabalhando em diversos setores do EB para a reestruturação ser completa. A AMAN é um sucesso e cada dia mais soldados confiam em mim para a sua instrução militar.

RA: O senhor é o posto máximo da AMAN e a conhece como poucos. Quais são os maiores desafios da AMAN? É difícil trabalhar com cadetes?

Gen. Bruno Gallotti: Na verdade não é difícil. É preciso ter um certo pulso e pôr ordem, mas nunca precisei disso. Acredito na liderança por competência e por meritocracia. Dou aos cadetes a mesma possibilidade de falar o que pensam, como querem tocar suas contas, etc. Meu trabalho é mais de direção e apoio.

RA: Diferentemente da RL, no eBrasil os militares também podem participar de partidos políticos e até mesmo se elegerem. O senhor é, atualmente, congressista pelo Partido Militar-PM. Como o senhor enxerga a relação entre a política e as MUs, especialmente o EB? É possível criar e manter uma neutralidade do EB?

Gen. Bruno Gallotti: É ESSENCIAL manter a neutralidade no EB. Não existem políticos dentro do EB, somente soldados. Eu sou congressista do PM e, sem excluir, general no EB. Mas uma coisa não pode e NEM DEVE se misturar com outra. Mas eu confesso que o módulo político já me atraiu mais, hoje prefiro ficar à frente do EB do que ser congressista ou qualquer outro cargo.

RA: Na política, há uma espécie de clube dos políticos e pouca participação popular. Em sua visão, a que se deve isso?

Gen. Bruno Gallotti: A palavra chave é CONTINUIDADE. Já participei de diversos grupos que necessitavam de políticos que continuassem as políticas externas e internas para que o Brasil não desandasse. A grande verdade é que somos segundo plano diplomático na geopolítica e precisamos de aliados. Num mundo onde o dinheiro grita mais alto que a força, é preciso ter jogo de cintura para manter e aumentar a participação sem ter muito dinheiro. Por isso forma-se grupos oligárquicos para manter o "status quo" e evitar que um presidente entre e mude a política exterior para pior.

RA: Deixe uma mensagem para os leitores da Revista Araguaia.

Gen. Bruno Gallotti:Em primeiro lugar gostaria de agradecer a oportunidade de falar. Nos dias de hoje é raro as oportunidades que as pessoas ouvem outras, ou lêem 🙂 Gostaria de pedir que lutem pelo Brasil, comprem e sejam brasileiros. O melhor do Brasil não é o brasileiro, mas sim a mistura de todos os povos que compõem a sopa cultural que é o Brasil. Cada traço cultural tem suas vantagens e desvantagens, mas me orgulho muito do meu país. Posso ser "old fashion", mas o Brasil para mim sempre será minha casa.

A Revista Araguaia agradece ao Gen. Bruno Gallotti: pela entrevista e a você, leitor.

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