[BS] O Despotismo Democrático

Day 2,669, 12:27 Published in Brazil Brazil by Dio Vigon



Olá, pessoal!

Neste mês de março completei 5 anos jogando eRepublik. Um marco certamente inferior ao de vários jogadores que me precederam na história do Novo Mundo, mas importante por celebrar não apenas uma data pessoal, mas coincidir com o início de um novo ciclo na geopolítica do jogo: a Era das Ditaduras.

Claro, o novo advento do golpe de Estado ingame vem apenas instrumentalizar um comportamento que já foi cometido e repetido a exaustão ao longo da história, pois são incontáveis os governos ditatoriais que já existiram no eRepublik (sendo o mais famoso deles, o glorioso Império do Paquistão, governado por Dio Brando e até hoje cultuado pelos roleplayers mais nostálgicos). Porém, nenhum deles existiu com a mudança mecânica que concede ao Ditador algumas facilidades interessantes.

Eu sei que muita gente já explorou o tema proteção, pois os países democráticos ficaram expostos ao risco de golpe advindo de qualquer grupo e, por isso, muitos países já optaram pelo modelo despótico por conta própria. O que é uma baita ironia, como o título do último artigo do Ministério da Defesa fez questão frisar. E embora os ditadores democraticamente definidos busquem tornar a mudança um tanto inócua, achei curioso mencionar algo que podem ser bastante interessante (e até causar problemas, dependendo do andamento da ditadura): o tolhimento da atuação do congresso ingame.



A solução de um problema que solucionava problemas

Não é segredo para ninguém que o congresso tem sido ao longo de toda a história do nosso país, uma faca de dois gumes. A mesma ferramenta que muitas vezes serviu para equilibrar a estrutura de poder e impedir desmandos e abusos do executivo, também já foi utilizada como arma coercitiva e até mesmo inquisitória. Perseguições políticas, engessamento de decisões, destinação duvidosa de verbas governamentais e muitas outras decisões alegadamente democráticas que já nos prejudicaram. Além dos problemas individuais (e foram muitos), como propostas incorretas, concessão de cidadanias a inimigos, fraudes em doações etc.

É imperioso dizer, porém, que mesmo com todos os seus problemas, o congresso ainda é e continuará sendo (a menos que haja alguma mudança maluca) um elemento fundamental das bases do país, devido às diversas decisões benéficas que já tomou e tomará no futuro. Mesmo assim, sua ausência durante a ditadura que se anuncia é, sem dúvida, uma mudança considerável, já que não se trata de um país wipado, mas de um país em sua plena capacidade produtiva, social e militar. Situação distinta da que tivemos em 2014, durante os vários meses sem congresso (e sem território).



O futuro do eBrasil

Finda a guerra do golpe no Rio Grande do Sul (que ironia), estamos sob a égide de nossa primeira ditadura. Com a ausência de um congresso, mas com estabilidade política e econômica, obtida depois de tanto tempo, o que devemos fazer? Quais serão os desafios do eBrasil? O que os brasileiros tem, na prática, para almejar como nação? Essa sempre foi minha grande dúvida nesses 5 anos de jogo e, certamente, será a dúvida dos próximos anos que virão. Espero que toda a comunidade brasileira possa respondê-la em conjunto.



Um grande abraço,
Vigon,
a ovelha negra do eBrasil.

in omnia paratus