sobre a mensagem do "embaixador" espanhol

Day 2,241, 14:37 Published in Portugal Portugal by John Bokinski

Muitos de vocês já tiveram oportunidade de ler este artigo, colocado por um cidadão português a pedido do governo espanhol:

http://www.erepublik.com/en/article/-esp-por-embajada-espa-ntilde-ola-en-portugal-discurso-de-abertura-2360861/1/20

Se não tiveram a oportunidade de ler o artigo, sugiro que o leiam para avaliarem a falta de ética do governo espanhol.

Neste artigo um membro da equipe do MOFA espanhola simula uma carta de um hipotético embaixador de Espanha em Portugal gozando com os portugueses afirmando que o governo português tem o “povo” português cativo e que se recusa a negociar um pacto com Espanha e depois anexa alguns artigos de trolleio, quer de um cidadão português (aquele que ficou em último nas eleições) e de um cidadão espanhol.

O trolling entre cidadãos portugueses e espanhóis é natural, e desde que feito com bom gosto e inspiração até pode ser engraçado.

O trolling quando é efetuado pelos representantes de um governo de um país a outro país, é falta de vergonha e revela a pequenez e mesquinhez dos jogadores que compõem o governo espanhol, muito especialmente a equipe de política externa que esteve envolvida em toda a linha neste artigo.

O comportamento do governo espanhol nos últimos 3 meses tem sido de uma ética deplorável e os seus aliados já compreenderam isso. Neste momento, um jogo de interesses obriga a TWO a manter-se junta (unida é uma palavra demasiado forte), mas a forma de o governo espanhol operar não passou despercebido. Por vezes a memória das comunidades é curta, mas quando a trafulhice é muita, tarde ou cedo, virá o dia de prestar contas.

Relembro os cidadãos mais jovens do que se passou nos últimos meses no que respeita à relação com Espanha:

1 – Após vários meses de guerra com Espanha, Portugal tinha recebido um influxo significativo de novos jogadores, no entanto, estando numa posição geo-estratégica que não nos permitia ter reais hipóteses de ganhar mais do que batalhas pontuais e tendo os cofres quase vazios, decidiu negociar com Espanha um NAP que permitisse a Portugal ter congresso e algumas regiões e a Espanha controlar as regiões com recursos que precisava, sem oposição.

Acabámos por aceitar um acordo bastante humilhante em que Portugal recuperava 3 regiões, mas dava à Polónia como “árbitro” do acordo, 500k PTE’s caso houvesse incumprimento e impedia Portugal de ter MPP’s fora da TWO em número superior do que os que tinha com países TWO.

O acordo também previa que os governos dos 2 países promovessem a aproximação entre as duas comunidades, algo que não foi perseguido com demasiado entusiasmo pelos portugueses, mas não foi perseguido de todo pelos espanhóis, que sistematicamente maltrataram os representantes portugueses em qualquer negociação que se tentasse do NAP.

Este acordo foi apoiado por uma maioria de jogadores portugueses que ansiava mudança e uma vida mais sustentável para os novos jogadores, mas houve também um número significativo de jogadores que recusou aceitar o acordou por não confiar nos espanhóis ou porque a guerra contra Espanha era o que lhes dava motivação para jogar eRep.

2 – Logo no primeiro mês de vigência do NAP cidadãos espanhóis abriram RW em Portugal e o governo liderado pelo Tritius deixou que Portugal vencesse para que pudesse reclamar os 500k PTE’s de garantia. Esta atitude marcou logo o espírito com que Espanha encarava este acordo.

Justiça seja feita ao governo polaco que, apesar de ser o maior aliado de Espanha, percebendo que havia um incumprimento grosseiro ao espírito do contrato desta vez não aceitou entregar garantia a Espanha. No entanto nos meses seguintes a incompetência de alguns congressistas portugueses fez com que assinássemos um mpp com o Canadá que não podíamos fazer e os espanhóis lá conseguiram justificar ficarem com a maior parte da garantia que existia. Mesmo sem garantia o NAP continuou por mais alguns meses.

Por vezes alguma RW era aberta e Portugal acabava por ganhar por falta de entusiasmo espanhol na defesa, mas o governo português sempre diligenciou que o território fosse devolvido. Saliento que o governo português sempre instruiu os seus cidadãos a não lutar nestas RW’s, num entanto, as forças militares aos dispor do governo português têm muito pouco dano, por isso bastava uma MU portuguesa grande querer ganhar a guerra ou algum país estrangeiro, e a RW seria ganha caso Espanha não defendesse.

E isso veio a acontecer numa fase em que formalmente o NAP já não existia apesar de o governo português continuasse a respeitar a regra dos 3 territórios. Vários países da CoT se uniram contra a Espanha, depois desta ter invadido os USA e Portugal recuperou o Norte numa RW que Espanha não se esforçou por defender. Como Espanha na altura tinha NE em outros países e tinha que recuperar muitos territórios, o Norte não podia ser devolvido. Finalmente Espanha reconquistou a generalidade dos territórios, incluindo o território americano de Maine onde tem também alumínio como no Norte. Espanha deixou de precisar do Norte para ter bónus 10/10.

3 – Mas apesar disso, o governo espanhol exigiu a devolução do Norte e não existindo um NAP formal que nos obrigássemos a devolver o território, o governo português, aceitou que o território fosse devolvido e pediu em troca apenas que a Espanha não bloqueasse a entrada de Portugal na ACT. Durante este período, Portugal tinha desenvolvido boas relações com muitos países TWO, ACT e pro-TWO e a entrada na ACT fazia sentido numa perspetiva de integração numa aliança.
As negociações prosseguiram e Espanha exigiu que Portugal deixasse de assinar mpp’s com países TWO para que eles não perdessem mpp’s quando nos atacassem, e quando tudo parecia preparado para que um acordo fosse assinado, Espanha veio com uma última e absurda exigência… Portugal teria de cancelar os seus mpp’s com a Argentina e a Colômbia e atuaria de forma a ajudar Espanha a bloquear a entrada destes países na TWO/ACT.

Durante o período que estivemos em NAP com Espanha, Portugal sofreu muitas humilhações e maus tratos, mas existem limites para tudo. E Portugal não é uma marioneta de Espanha nem vende aliados !

Se a Argentina e a Colômbia fosse adversários da TWO/ACT seria compreensível a exigência de Espanha (seria uma exigência da própria TWO). Mas estes países têm mpp’s com quase todos os países TWO (exceto Espanha) e a única razão de não terem entrado na TWO apesar de lutarem alinhados com eles é … Espanha não quer !
Como disse anteriormente, tudo tem um limite, e ser marioneta de Espanha era algo que não podíamos aceitar. Portugal não aceitou a proposta e esperou que o novo governo espanhol fosse mais razoável. Cedo verificámos que pelo contrário.
Logo no primeiro dia foi declarado NE a Portugal e foi feito um ataque que os espanhóis pensavam fácil porque tinham-se assegurado que Portugal não tinha mpp’s com países TWO. Mas mesmo os aliados de Espanha percebem quando existe manipulação e comportamentos eticamente incorretos. Muitas MU’s de países aliados de Espanha lutaram contra eles nesse dia e nos dias seguintes e desta vez foi Espanha que foi humilhada chegando a ter a sua capital isolada do resto das suas regiões.

As possessões que Espanha tinha na Venezuela e no Canadá nunca mais foram recuperadas e Espanha passou de ter 10/10 para ter 8/10 bónus e provavelmente ainda chegará a 7/10 porque Aquitane será para devolver à Sérvia.

Portugal pode ter perdido as suas regiões mas conseguiu provocar igual dano a Espanha. E mais importante, Portugal recuperou a união, na luta contra Espanha, mesmo que alguns trolls continuem a animar os nossos media com alguns disparates, todos estamos focalizados em lutar contra Espanha e provocar-lhes o maior dano possível.

É por isso que quando um governo espanhol fala de NAP só pode ser trollanço. Ser enganado uma vez não é vergonha, mas ser enganado duas vezes pelo mesmo só caí quem quer. E os portugueses podem ter os seus defeitos, mas temos uma memória longa….

Escrevo este artigo não apenas para que os mais jovens estejam bem informados. Escrevo para também para que o governo português não sinta necessidade de responder. Porque trolls não merecem resposta de um Estado, o governo espanhol pode não saber isso, mas nós sabemos dividir as águas.

A resposta deve e será dada no campo de batalha. Mas não precisa ser hoje, temos todo o tempo do mundo para isso.

Força Portugal