Opinião acerca dos últimos acontecimentos em Portugal

Day 2,443, 17:37 Published in Portugal Portugal by D a n t e

Antes de mais, sei que estou a publicar isto no jornal LUP, mas o texto que se segue tem 0 a ver com a LUP. É uma opinião pessoal, e não está de forma alguma ligada à LUP.

Vou dar um pouco a minha opinião dos últimos acontecimentos. Acho que o correcto seria começar do início, começar com o TIC.

Eu fui um dos que no governo do CaioMario, o primeiro mês em que se falou do TIC, negociou com Espanha um tratado ibérico. Na altura estava a favor. Estava a favor quando havia garantias que eles iriam cumprir o acordo. Isto é, quando haveria ~200.000 cc espanhóis em tesouros Colombianos, que nos seriam transferidos caso Espanha quebrasse o acordo. Estava a favor quando havia pontos que salvaguardavam que Portugal não tivesse que lutar contra a CUA, caso atacasse Espanha. Não que isso neste momento seja necessário, já que este TIC tem tanto de tratado de colaboração como o céu ser vermelho. Isto é um tradicional “eu não te toco, tu não me tocas”. Ridiculo. Completamente ridículo. Ainda mais ridículo foi isto não ter sido aprovado pelo povo português. Foi aprovado pelo Congresso? Ok. Mas quem é que tem palavra superior ao Congresso? O povo português. Serão 40 jogadores escolhidos não pelo povo, mas sim pelos presidentes de partido, a decidir se o inimigo de sempre passa de repente a ser amigo? Ou será antes a população a fazê-lo?
Podem dizer “Ah, mas há 2 meses no mandato do CaioMario foi aprovado o TIC”. Pois, foi aprovado UM TIC, não O TIC. Isto é, foi aprovado o que na altura foi apresentado. Novas condições = novas opiniões = necessidade de novo referendo. Trabalhou-se no TIC durante 3 mandatos. O do CaioMario, o do Kazuto e o do ReiLusitano. O CaioMario perguntou ao povo. O Kazuto não chegou a nada. E o ReiLusitano deixou 40 jogadores decidir por 500 ou 600 ou sei lá quantos portugueses jogam. Parece-me óbvio qual a abordagem mais correcta.


Passando ao ATLAS, não estou contra, pelo contrário. É com dois países nossos aliados, e poderá vir a tornar-se mais que amizade, mas sim irmandade, do estilo CUA. Mas novamente não houve referendo. Foi novamente decidido por três dúzias de jogadores seleccionados pelos presidentes de partido que Portugal passaria a fazer parte da ATLAS. Novo erro crasso do governo ao não dar a última palavra ao povo. De que serve termos tratados com nomes pomposos e com Portugal lá dentro se o povo não é a favor, e não o cumpre? Volto a dizer, não são 40 que decidem por 500 ou 600.


Agora quanto ao referendo LETO há que dizer que em 3 aspectos o governo conseguiu falhar redondamente em todos. Timing, imparcialidade e respeito pela população e aliados.

Começo a falar do timing. Ficou mais do que claro - ao lançar-se o referendo 1 dia depois da oficialização da ATLAS - que o objectivo principal do nosso governo era sairmos da LETO para se criar a ATLAS. Deu para se ver isso de forma mais clara nos comentários do CP no artigo do referendo. Porque não, tal como nas duas outras situações acima mencionadas, decidir o destino de Portugal recorrendo aos 40 congressistas e apresentar depois aos portugueses? Digo, aos 18 congressistas, já que de 40 congressistas só 18 participaram na votação no fórum privado acerca da saída ou manutenção na LETO. Algo que me parece fraquito. Estará o congresso tão desinteressado, ou terá o governo simplesmente não ter feito com que cada congressista dissesse “É isto que quero” e pudesse votar conscientemente? Isto é, não ter respondido a perguntas, ou ter apresentado só parte dos factos.
Falando de parte dos factos, passemos ao segundo dos 3 aspectos acima mencionados, a imparcialidade. Ou deveria dizer a parcialidade? Foram apresentadas 2 razões no artigo de referendo. Mas ao invés de serem, tal como deveriam, razões pró e contra a saída só foram apresentadas razões pró-saída. Sim, houve coisas más. Prioridades não actualizadas, Brasil (não que tenha algo directamente a ver com a LETO) e as passadas eleições para SG. Mas será que não há também factores positivos? Penso que haja. Lembro-me do mandato do Sir Einstein, quando se esteve em guerra com Venezuela, México e Brasil. Ter-se-ia conseguido o que se conseguiu sem apoio da LETO? Ter-se-ia conseguido o que se conseguiu sem prioridade máxima da LETO em grande parte das nossas batalhas? Não. Impossivel.
Há coisa de 2 meses atrás, quando o Chile quis entrar por PT via Açores, e se tentou bloquear o ataque chileno com a TW com México. Ter-se-ia conseguido evitar o wipe pelo Chile se a LETO não tivesse sido organizada o suficiente para poucos aliados lutarem por Portugal, e lutarem sim pelo México? (recordo que era necessário Portugal perder os Açores para o México).
Houve várias coisas boas na LETO. Desprezar isso por completo e apresentar apenas 2 razões, ambas pró-saída, num artigo referendo governamental, que supostamente deveria ser imparcial é uma completa falta de vergonha e respeito.
Passo então ao último dos 3 pontos, o respeito pela população e pelos aliados. Desde quando artigos governamentais, com discussão nos comentários, são apagados? Se o referendo foi mal lançado editar-se-ia o artigo e avisava-se que a votação iria reiniciar, e todos os votos a partir da hora X seriam válidos, antes disso seriam ignorados. Ou cancelava-se e criava-se novo artigo. Mas deixava-se o anterior. Cada artigo governamental faz parte de Portugal. E cada parte de Portugal tem que ser preservada. Agora sempre que houver um artigo governamental terei que tirar print do artigo e dos comentários, por receio de serem apagados? Por amor de Deus. Podem ser CP, ou vCP, ou seja lá o que forem, mas isso não vos dá o direito de apagarem coisas a vosso bel-prazer. Correu mal? Correu mal. Corrige-se o erro. Mas não é fazendo um erro ainda maior.
Quanto à falta de respeito pelos aliados, podemos não gostar de algo, mas não se publica mensagens privadas da LETO ou representantes LETO. É engraçado e tal ver alguém dizer que tem o apoio de determinado grupo para fazer determinada acção mas isso não signifique que seja verdade. Tomemos o seguinte exemplo: o ReiLusitano, como CP de Portugal, diz: “Queremos A ou Portugal e todos os portugueses vão lutar contra a Bielorússia.”. Será que todos os portugueses o iriam fazer? Estarão sequer todos os portugueses informados acerca disso, antes de o ReiLusitano o ter afirmado? Muito provavelmente não. Foi o que aconteceu, pelos comentários que vi, na situação do NueveOcho. Falou por falar, lançou um bluff a ver se dava em algo. Se não me engano o NueveOcho na MEK é unicamente membro, não terá portanto qualquer tipo de poder de decisão sobre onde a MEK luta e onde não luta. Não que algum MEK tenha. O comandante diz, mas o membro pode não querer cumprir. Mas claro, a publicação dessa conversa (incompleta e tirada de contexto) leva-nos de novo ao ponto 2, à (im)parcialidade.



Para acabar este artigo tenho a dizer que sou a favor de uma saída da LETO, mas não pelas razões apresentadas pelo ReiLusitano. A LETO não funciona como deveria por uma simples questão: não há inimigos em comum nem grandes afinidades entre a grande maioria dos membros. Há lá países que não me dizem nada. Montenegro? República da Moldávia? Estarem em wipe, ou com todas as regiões é-me igual ao litro. E o sentimento muito provavelmente é recíproco. Eu nunca iria gastar milhões e milhões de dano por algum desses países. E muito provavelmente nenhum deles o iria fazer por Portugal. Estamos na mesma aliança não por sermos aliados, mas sim por termos amigos em comum. Não é assim que isto tem que funcionar. Ninguém estará disposto a gastar dano, a sacrificar regiões, impostos e bónus por um país que não lhe diz nada.