A globalização excludente (e o que estou fazendo para me incluir nela)

Day 1,322, 17:16 Published in Brazil Brazil by Gorte Brenta Servo

A globalização excludente do eRepublik (e o que estou fazendo para me incluir nela)


“Um dia , a monotonia tomou conta de mim
É o tédio , cortando os meus programas, esperando o meu fim...”


Por volta do início da década de 30 do século passado, quando garimpávamos no rio Yukon, no norte do Canadá, um colega meu sempre cantarolava essa canção do folclore inuit enquanto voltávamos para o acampamento depois de mais um dia de labuta bateando os depósitos de aluvião.



De fato era uma rotina enfadonha, e só conseguimos o suficiente para pagar a passagem de volta...


Como disse no meu último artigo, eu também estava entediado com este e-mundinho.
Minha revelação provocou algumas reações inesperadas, com algumas pessoas (algumas com opiniões muito diferentes) me mandando PMs falando sobre o assunto, outros pedindo que eu lesse seus artigos motivadores, outros até me oferecendo postos e obrigações....

Em primeiríssimo lugar: muito obrigado a todos, não sabia que eu era tão notado assim, é sempre bom para o ego saber que alguma influência você tem.


E, em segundo lugar, conforme pude responder para alguns, mas não para todos (por isso o faço agora), minha bronca não é com ninguém em particular (ou em geral), nem com a situação do país (mas isso, é claro, contribui). Meu problema é comigo mesmo, e com minha inadequação para a nova realidade do Erepublik, onde sua relevância é diretamente proporcional ao tempo de permanência logado e consumindo alimentos.

Ao trocar mensagens com uma dessas pessoas preocupadas comigo, ele deduziu que meu problema é que Plato fez uma “Globalização Excludente” e eu era um dos excluídos.



Eu não tinha conseguido colocar as coisas nesses termos, mas já tinha percebido que agora eu “não servia” mais para ser alguém com pretensões de alcançar altas patentes militares, não em um tempo compatível com o da maioria (?) das pessoas.
O artigo que ensinou como se lutar com máxima eficiência, contou com um comentário que eu gostaria de ter feito: “Perfeito, agora só falta eu largar meu emprego e minhas responsabilidades.”



Para compensar a superprodução de alimentos criada artificialmente com o programa “empresas para todos”, Plato criou, também artificialmente, o superconsumo de alimentos, e com ele o de armas, reerguendo a economia mundial em um passe de mágica. Só que alguns ficaram de fora dessa nova super-economia.




Eu disse no meu artigo anterior que, quando encontrasse algo para fazer, eu avisava.

Pois bem, eu já tinha desconfiado que meu problema também seria o de outras pessoas: falta de auto-suficiência para lutar tantas vezes por dia, logo, mais pessoas iam passar a comprar alimentos no mercado, os preços iam subir, para produzir mais, os empresários teriam de contratar.

Bem, para fazer isso, empregar gente, eu tenho tempo (pelo menos com as regras atuais).

Parei de lutar não só porque eu era irrelevante (ou quase) nas batalhas, mas porque precisava economizar recursos para ampliar minha base agro-industrial e de logística para passar a fornecer mais recursos ao mercado, permitindo que mais pessoas lutassem mais e com preços mais acessíveis.

Também me perguntaram se eu assumiria o comando da Resistência Partisan, que ficou órfã (não sou só eu que está frustrado/entediado com a situação), depois de muito pensar, para não dizer o “sim” irresponsável ou o “não” óbvio, percebi que era possível unir as duas coisas harmonicamente: desenvolver as empresas com e para a resistência.



Estou então na fase de juntar capital, procurando o BNDES para financiar a compra de mais terrenos, para dar um upgrade nas empresas que já possuo e para abrir empresas no setor de armas. Alimentos para todos, armas para a Resistência, é assim que gostaria de contribuir para a sociedade (claro, juntando um ganho justo para mim).

Lutar agora, apenas para não deixar as armas enferrujar, quando a produção estiver suprindo as necessidades de nossa resistência e minhas, volto a despejar dano sem pensar no futuro.

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Então peço aos amigos que não se preocupem comigo, estou apenas mudando de rumo e peço aos soldados da Resistência Partisan, aos que restaram, que não desanimem e que tenham paciência, em breve comunico meus planos de reestruturação e em que podem me ajudar.


Só espero que Plato não mexa muito na economia e exija que eu me conecte de hora em hora para atualizar as ofertas no mercado ou para vigiar operários.