A figura do Presidente

Day 1,871, 15:37 Published in Portugal Portugal by Nuno Vieira

A figura do Presidente


Portugal tem tido ao longo dos tempos todo o tipo de cidadãos eleitos como Presidente, os bons, os maus, os razoáveis, os ausentes, os amigos do alheio e até os retornados.
Todos eles desempenharam o seu papel como figura máxima do País, uns melhor que outros é certo, no entanto todos figuram na História de Portugal como eleitos pelo povo ou repescados pelo Congresso por razões de força maior.

Um cidadão cumpre os serviços minimos ao trabalhar, treinar e lutar, já o mesmo não se pode dizer de quem é eleito como CP, o qual tem de dar muito do seu tempo a uma comunidade que por vezes não reconhece os sacrificios adjacentes à função de “gestor da nação”. É imperativo que o candidato seja possuidor de certas capacidades acima da média para que possa ser visto pelos seus pares como alguém elegível e capaz de governar com sucesso.


Algumas dessas capacidades:


> Acima de tudo deve ser idóneo e estar livre de quaisquer suspeitas.

> Deve ser uma pessoa que previligie o diálogo e a abertura a opiniões contrárias.

> Deve ter uma boa noção da realidade afecta ao espaço temporal no qual se candidata.

> Capacitado para governar ou tomar medidas não populares aos olhos dos cidadãos desde que beneficíem o País.

> Apresentar um plano de governo credível e não fantasioso.

> Constituír uma equipa de trabalho também idónea e com capacidade de o ajudar na tomada de decisões e efectivação das mesmas.

> Afastar-se de combates politicos e tomada de posições a nível partidário.

> Constituir uma base de trabalho com o Congresso repartindo algumas das decisões a tomar.

> Conhecimentos de relações externas é quase uma obrigatoriedade nos dias que correm.


Apresentar estas caracteristicas, ou pelo menos algumas delas, é um bom começo para ser bem visto aos olhos de quem vota mas faltou aqui uma que é talvez a mais importante de todas, a capacidade de análise própria e a noção se realmente temos o que é preciso para assumir tal cargo. O candidato deve parar para pensar um pouco para si e, internamente, analisar se é ou não uma mais-valia para o País e para a comunidade em geral. Ser um novato com poucos meses de jogo não é por si só sinal de um mau Presidente, até porque estará com certeza rodeado de uma equipa para o ajudar, no entanto há sempre algo que vamos ter de decidir sozinhos e a inexperiência pode ser fatal numa só decisão mal tomada. Ser mal visto pela generalidade da comunidade também não é sinónimo de falhanço mas nesse caso a pressão e a conflictualidade que se pode gerar entre Presidente e cidadãos pode levar a erros, vinganças e demais pregos espetados na prosperidade do Estado. Nomes desconhecidos tornam também as coisas mais dificeis numa comunidade que é pequena mas que convive diáriamente e não tem grande disponibilidade para entregar o País e o seu dia a dia a quem não se deixa ver ou simplesmente não tem grande apetência para o convivio.



É importante que os cidadãos lidem de perto com as lides da Governação desde cedo para que se possa garantir a formação de novos líderes para o futuro e não deixar o País refém de quem numa altura má se queira apoderar do poder sabe-se lá com que objectivos. A inclusão de estagiários devía ser quase uma obrigatoriedade nos diversos governos eleitos.


*Nota*
Este é um texto de opinião pessoal que não exclui à partida a existência de opiniões contrárias ou visões diferentes sobre a temática descrita.





Obrigado

Nuno Vieira