A canção do Retorno

Day 3,353, 09:54 Published in Brazil Brazil by Epita1997

Comecei no Erepublik no fim de janeiro de 2009, na época, eu era um garoto de 11 anos, com uma curiosidade insáciavel por política e história (eu era uma criança precoce nesse sentido). Naquela época eu fiquei fascinado pelo módulo social que o jogo proporcionava, o Brasil já tinha uma comunidade com alguma relevância, e um môdulo econômico da época permitia que com alguma inteligência, um jogador pudesse ficar rico sem gastar um centavo.

Meu primeiro partido foi a União Socialista Brasileira, que foi onde comecei a interagir no módulo político do jogo, por meio dos chats de MSN (os mais novos não sabem como era bom..) e IRC. Por meio desses canais, fiz alguns dos meus melhores amigos no jogo, como o Gulitiwi (um dos meus melhores amigos, até hoje), dinossauro, nuutxer, Jazar, Ryan Cullen (outro com quem mantenho contato) e vários outros, que para evitar prolongar o artigo em excesso, não irei citar.

Foi por meio dessa amizade mútua que eventualmente surgiu o ODIN, partido que durante dois ou três anos foi a principal organização política brasileira. Nós gostávamos de pautar a atividade e atuação de nosso partido pela lealdade, competência e seriedade para com os interesses brasileiros, e é por isso, creio eu, que tivemos a maior parte dos presidentes do Brasil na época.

Depois disso atuei pelo MPB, sucessor espiritual do ODIN, mas confesso que nunca tive por ele o mesmo entusiasmo que via no ODIN. Foi no MPB que tive a minha experiência mais relevante no governo, como MoFa do governo do Nikola Tesla (junto do Locothi, não sei se ainda jogam, amo vocês), em fevereiro/março de 2014.

Naquela época, o Brasil estava dominado, acho, pela Argentina, e todo o nosso mandato era pautado por tentar, a duras penas, reunir recursos e soldados suficientes para libertarmos o nosso território. Era um governo feito por meia dúzia de pessoas, em condições um pouco estressantes, lidando com aliados egocêntricos e membros da comunidade que frequentemente não eram muito compreensivos. Ou seja, era como todo governo que já existiu no mundo, embora eu não entendesse isso muito bem na época.

No final das contas, falhamos em libertar o Brasil, mas foi um grande esforço que me ensinou a enorme dificuldade que é tomar as rédeas de uma situação de governo, de qualquer entidade, em qualquer lugar, e que aumentou ainda mais a minha enorme curiosidade por aprender sobre a política.

Todavia, o fim deste período coincidiu com a minha entrada na faculdade e no movimento estudantil de minha Universidade, que me levou a abandonar totalmente este jogo, de forma que eu não conheço ou entendo o contexto no qual o Brasil se encontra atualmente. Me agrada bastante ver que alguns dos dinossauros com quem eu convivi durante a minha longa vida neste jogo ainda estão aqui, mesmo que sem o mesmo entusiasmo.

É minha expectativa e esperança, que mesmo sem ter os mesmos níveis de atividade de antes, que eu possa ser capaz de contribuir de alguma forma para a reconstrução da comunidade brasileira, que me parece, em primeira impressão, muito diminuída em relação ao que já foi.

Para falar um pouco de quem eu sou fora daqui, meu nome real é Djacir Cordeiro, tenho 19 anos de idade, sou de Fortaleza, onde curso o 7° semestre de Direito na Universidade de Fortaleza. Também sou parte da atual gestão do Diretório Central dos Estudantes, (onde sou o responsável pela comunicação com os alunos e auxílio aos Centros Acadêmicos, para resumir bastante) e um membro pouco ativo do Centro Acadêmico de Direito.

Espero que vocês tenham gostado de ler esta breve exposição. Eu descobri nesse tempo fora do jogo que eu gosto de escrever bastante, espero que não tenham se importado.