[Fonema Eleitoral] Entrevista ao Alvaro Cunhal

Day 2,500, 10:31 Published in Portugal Portugal by Nivanio Carvalho

Saudações caros ePortugueses,




Como prometido é devido, cá está a primeira entrevista do Fonema Eleitoral dirigida a um candidato à presidência de ePortugal.

Peço desde já as minhas calorosas desculpas pela demora.




Entrevista:

1 - Sabe-se que é um veterano deste país, segundo suas prespectivas, diga-nos se acha que ePortugal está a decair ou a desenvolver, segundo sua experiência enquanto já antigo?

R: - Bom, eu habitualmente tenho uma opinião diferente da maioria dos jogadores.
Felizmente tenho tido, nos últimos meses, apoio de vários jogadores para continuar com as minhas opiniões politicas e sinto que a comunidade deseja algo de novo.
Eu não defendo que Portugal esteja no bom caminho mediante tudo o que se tem passado e principalmente devido à falta de investimento nos novos jogadores.
Já várias vezes emiti a minha opinião sobre como poderemos criar o tal investimento e penso que já vão dois anitos desde que apresentei o primeiro projecto para esse fim.
É uma questão de prioridades que devemos de assumir o que queremos.
Se gastar dinheiro numa guerra de 2 semanas for mais vantajoso do que usar esse dinheiro para emprestar aos novos jogadores ou através de doações, tudo bem.
Mas não creio que a comunidade esteja de acordo com isso pelo que tenho sentido e lido.
Respondendo objectivamente à tua pergunta, creio que Portugal está num período de retrocesso e só não é pior, porque de uma maneira geral os outros países também estão a perder muitos jogadores. Poderá ser o principio do fim do jogo, ou pelo menos, da maneira como o conhecemos.


2 - Quais as estratégias mais rentáveis para mobilização deste jogadores que estejam, possivelmente, a perder o ânimo do eRepublik que os leva a abandonarem o jogo?

R: - Em primeiro lugar, temos de ter a noção que a maioria dos jogadores desistem no mesmo dia ou no momento em que fazem login pela primeira vez e como tal a retenção só pode existir ou ser aplicada nos jogadores que queiram jogar isto e que gostem do que o jogo é.
Após concordarmos que a retenção não será de 100%, poderemos implementar politicas para atingirmos metas satisfatórias que serão um misto entre o que o novo jogador quer e vá estar e aquilo que queremos em quanto sociedade oferecer a quem entra.


Exemplos de novos jogadores:

- Aquele que entra e desiste no mesmo momento.
- Aquele que volta no dia seguinte de desiste.
- Aquele que joga durante uns dias, meses ou anos.


Aplicando as politicas que podermos definir a incidir naqueles que permaneceram no jogo nem que seja voltar no dia seguinte ao registo poderemos monitoriza-los.

Exemplos de politicas:

Apoio governamental ou privado
1 - Criar uma equipa responsável por contactar os novos jogadores (registos).
2 - Definir um prémio por cada novo jogador encaminhado pelos patrões, pois todos os dias, novos jogadores entram e aceitam uma oferta de trabalho.
3 - Programa de acompanhamento dos novos jogadores como foi o projecto ApP (possivelmente voltará).

No fundo o importante será haver um organismo responsável pela retenção dos novos jogadores e que trabalhe de forma isenta e com a concordância da comunidade.
Eu sei que é difícil, mas se assim não for não resulta, conforme está provado.
A forma de criar algum consenso é juntar os "gatos" todos no mesmo sitio, fecha-los e passado umas horas abrir a porta.

3 - Fale-nos Quando e Como foi que acessou o eRepublik pela primeira vez?

R: - Creio que ainda posso falar um pouco sobre essa altura, embora já conto com quase 4 anos de jogo e como tal não tenho fiel memória sobre essa altura.
Tive acesso a jogo por intermédio de um colega de tribo, Rapaz_avr, num outro jogo, apresentou-me o jogo e vim experimentar (até hoje embora esta seja a segunda conta, a primeira foi banida).

O inicio de jogo não foi nada fácil, penso ter demorado uns 3 meses para me adaptar e tive bastante sorte por contar com a ajuda do jogador já referido e ainda do meu grande amigo Juve Leo (antigamente, Helder Medeiros, no inicio ainda o tratava por senhor, hoje em dia é ao insulto [estou a brincar]).
O sistema de jogo era completamente diferente, sendo que o modelo militar não faço ideia como se processava, tinha um outro design e acho que nos tínhamos de mover para o sitio do conflito e aquilo ainda durava umas boas horas.
A nível económico, era uma miséria, os ordenados nem para o pão que a gente usava para trabalhar davam ... havia também um sistema de ranking genero o rank militar mas adaptado à parte económica em que cada jogador, ao trabalhar ganhava experiência nesses ranks e depois produzia mais, além do factor da vida contar para as unidades produzidas pelo trabalho.
A nível politico, quando comecei a entrar neste mundo, tenho a dizer que era diferente.
Quem ia para os Açores ou Madeira era eleito com o próprio voto praticamente ...
Depois ainda tínhamos um modelo em que o jogador votava directo em quem queria eleger e não no partido como é o sistema actual.
Adoraria voltar ao modelo antigo, não a nível regional, mas a nível nacional concorrêssemos todos e os votantes votariam em quem gostassem mais.


4 - O que acha de uma Designação de "Ministro do Parlamento" ao Representante do Congresso?

R: - Não creio que faça sentido algum.
Neste jogo habitualmente definimos o lugar de ministros aos elementos do governo que ocupem áreas onde são os titulares.
Vejamos, habitualmente há 4 ou 5 ministros: MoFA, MoF, MDS, poderá haver alguém que faça o contacto com o congresso ou com a população que se designa Ministro da Comunicação ou algo semelhante e não estou a ver de momento outro cargo, além do vCP que no fundo é o número dois do governo segundo a nossa comunidade já que vemos no Presidente o Primeiro Ministro e não o Presidente.

Mas não creio que o nome dado ao Representante do Congresso tenha alguma relevância na sua função. O que precisamos é mesmo de alguém que consiga desempenhar bem o cargo e tentar fazer com que os partidos usem o forum ou outra maneira de comunicação.
Por exemplo, em termos de comunicação no jogo, poderia ser criada uma mensagem entre Representante do congresso e 1 elemento por partido representado no parlamento, ou seja, uma mensagem colectiva de 6 pessoas e em que poderá o jogador representar o seu "grupo parlamentar" (no fundo o partido).

É preciso é pensar o que queremos e como queremos fazer.

5 - Qual a tua opinião acerca da criação de novos postos de trabalho no eGoverno?


R: - Cada governo fará a sua equipa, portanto não opino sobre a necessidade de recrutar mais gente ou não.

Aquilo que há uns valentes meses apresentei em artigo (a título de curiosidade podem sempre ve-lo) seria haver ministérios a funcionarem de forma autonomia e o que mudaria seria apenas o ministro, como acontece na vida real.
Mas como a nossa comunidade não se dá, não haveria consenso sobre os jogadores nos ministérios e isto seria impraticável.

6 - Acha ePortugal um bom país para empreender?

R: - Dificilmente quem pode mudar-se de país fica cá ou fica a trabalhar cá, apenas por amor ao país ou ao estado continuaria.

Qualquer jogador que pense mais do que o que sente afastar-se-à do país.
Os outros países permitem o ganho de um maior ordenado além de um bónus nas empresas que for detentor.
Praticamente nenhum jogador com muitas empresas ficará cá muito tempo, a não ser por ambições politicas ou por amor ao país, para assim descontar para o nosso estado e não para outro.

No passado e actualmente vários jogadores preferem procurar um país aliado com bónus a um inimigo, mas não deixa de ser uma fuga a meu ver.
O máximo que Portugal poderá fazer para fixar mais jogadores, além de poder praticar uma politica de atrair jogadores será aumentar os bónus nem que seja a negociar regiões em troca de uma quantia monetária, empréstimo de regiões.
Através da guerra não temos capacidade de as manter, além de que em lutas de resistência há a possibilidade de perdermos a região e não ser financeiramente viável a manutenção da mesma.

7 - O que acha das Secretarias de Estado?


R: - Tanto quanto a pergunta 5, quem poderá decidir os cargos será o presidente ou equipa governamental aquando a criação da própria equipa, sendo que chamar ministério ou secretaria seria a mesma coisa.

Na minha opinião, bastam 4 ou 5 titulares e depois cada um, dentro das necessidades, deverá ter 1 ou 2 jogadores para o caso do titular não poder fazer tal tarefa ou apenas para dividir tarefas não ficando com o trabalho todo.

8 - O que achas dos concursos que por sua vez promovem aqueles que se tenham empenhado na RL, como o 2º concurso do MDS?

R: - Para mim é praticamente indiferentes.
Se servir para motivar a comunidade ou aumentar o número de activos e participantes, será positivo.

9 - O que acha de um "Ministério da Comunicação Social"?

R: - Conforme disse numa pergunta anterior caberá sempre ao governo a criação de cargos e dos seus nomes, isto é, a criação de um cargo que não seja usual.
Normalmente os governos dividem-se entre a competência do CP e vice, Ministério das Finanças, Ministério da Solidariedade, Ministério da Defesa e o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Falando relativamente ao que eu penso, eu em praticamente todas as candidaturas apresentei um cargo que faria a ligação entre o congresso e o governo, para que não haja nenhuma falha na comunicação pelo forum, mas esse cargo não era limitado a essa função, pois poderia servir de elo para as Unidades Militares e os Partidos com o governo.

Há uns largos meses, surgiu na nossa politica nacional um cargo que no fundo era o que descrevi acima e ainda era aquele que fazia os comunicados (tendia a fazer) chamado Ministério da Comunicação ou algo semelhante.
Não me preocupo com o nome que possamos dar mas sim com os objectivos que cada plano governamental deva responder assim como a quantidade de jogadores nas equipas.
Em caso de haver pouca gente há cargos que podem ser acumulados.

10 - Qual o impacto que têm os partidos políticos no desenvolvimento político social do ePaís?

R: - Na minha opinião, os partidos políticos, exceptuando uma ou outra vez pontualmente, nunca funcionaram.
Não temos nenhum partido que possamos dizer, o partido X defende isto, e portanto tem a ideologia Y.
Há espaço a um aparecimento dos papeis dos partidos mas para isso seria preciso que a comunidade assim o desejasse.

Seria preciso em primeiro lugar mais gente para trabalhar nos partidos, depois seriam precisos cargos dentro dos partidos para trabalhar os problemas da sociedade e dar resposta aos mesmos, ao mesmo tempo que fariam outros trabalhos internos.
Nenhum partido se agrupa assim, limitando-se a ser uma ferramenta que o jogo obriga a ser usada para lançar jogadores ao congresso e à presidência.
Talvez se houvesse introduções no jogo de sistema de forum no próprio jogo, como outros jogos o têm, poderíamos ter partidos a funcionar como noutros jogos funcionam tribos ou alianças.

Até lá, não vejo nenhuma alteração.

11 - Apoia a coligação de partidos cujo o seu número de membros em média duas semanas irregula em menos de 10 membros?

R: - É sempre positivo haver um género de coligações para que mais partidos sejam representados a nível nacional, o que pode trazer para a mesa diferentes opiniões.
Resta desde logo ponderar caso a caso, para sabermos se é credível a coligação ou não.

12 - Qual a área (sector) que estará mais focadado, caso ganhe as eleições?

R: - A area que eu irei investir mais é a que na prática contribuí para existir, no MDS.
Na altura não havia nenhuma iniciativa privada ou governamental de ajuda aos novatos e decidi criar o Armas por Portugal, com a colaboração de vários jogadores conseguimos que o projecto estivesse vivo durante um ano e tal.
É obvio que tenho também objectivos importantes para cada um dos ministérios, como por exemplo no MoFA saír da atual aliança, no MoF continuar o excelente trabalho iniciado pelo Cold31 e no MoD fazer eventos de dano coordenado para auxiliarmos os aliados.

13 - O que lhe leva a candidatar-se a presidência?

R: - Bom, eu volto novamente a recandidatar-me porque não tenho encontrado respostas aos desafios que têm surgido na nossa comunidade e porque não vejo os outros candidatos a terem ideias semelhantes às que eu defendo.
Não faz de mim o candidato especial ou que eu seja melhor do que os outros, mas sim uma alternativa aos outros candidatos e depois restará a cada um dos eleitores votar naqueles que confiem mais, que tenham melhores ideias ou projectos. A equipa também é importante para levar a bom porto o trabalho governamental.

14 - Qual a mensagem que deixa aos ePortugueses?


R: - A mensagem que deixo aos portugueses é a seguinte:

Em primeiro lugar que se divirtam, porque isto é um jogo e serve para nos entreter.
Depois deixo uma palavra de esperança (minha) para que todos os jogadores pensem pela sua cabeça e analisem bem os casos sem preconceitos ou predeterminações.



Bom, foi assim que decorreu a entrevista ao nosso candidato à presidência.

Boas, cumprimentos e conto com a vossa opinião, o vosso comentário, voto (se merecer).



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