[Impostos] Mais alguns considerandos sobre receitas fiscais
General Destroyer
Caros amigos
Na sequência do artigo que lancei esta tarde relacionado ([Impostos] Alguns considerandos sobre as alterações - http://www.erepublik.com/en/article/2452612/1/20), e da proposta alternativa do Duque do Porto que entretanto surgiu, resolvi olhar para o mercado e ver os efeitos na receita fiscal por via da cobrança de impostos na venda de armas Q7.
Assim sendo, às 20h25 de hoje, recolhi os dados referentes às primeiras 50 propostas existentes no mercado nacional de armas Q7. Os valores variavam, a essa hora, entre o mínimo de 6,10cc e um máximo 21,41cc, sendo que dez das propostas eram oriundas de cidadãos estrangeiros.
Seguidamente analisei as receitas fiscais que o Estado Português iria arrecadar se - por mero milagre - essas propostas fossem todas adquiridas num instante. E verifiquei que, com as actuais condições fiscais, o Estado Português iria arrecadar uma receita total de 22 193,28 cc.
O passo seguinte era, naturalmente, olhar para as outras duas propostas de alteração de impostos que estiveram em discussão ao longo do dia de hoje. A primeira era do Duque do Porto, que propunha uma alteração do VAT para 1% e do Import Tax para os 5% (estranhamente depois colocou em votação no congresso uma proposta de 1% de VAT e 10% de Import Tax).
Olhando para esta proposta, verificamos que ela não implica uma perda de receitas por parte dos cidadãos estrangeiros que vendem em Portugal já que a carga fiscal total continua a ser de 6%, mas representa um alívio para os cofres dos produtores portugueses, que passariam apenas a descontar 1% por via do VAT ao vender armas Q7. Aplicando estas alterações aos dados anteriores e acreditando no mesmo milagre do bot comprador de armas, teríamos as seguintes receitas fiscais para o Estado Português: 12 970,68 cc.
A segunda proposta em cima da mesa, e que motivou o meu artigo anterior, foi apresentada pelo Tiago Matos e consistia numa alteração do Import Tax para os 7% e uma redução do VAT dos 5% para os 3%. Para os cidadãos nacionais isto representaria um alívio de dois pontos percentuais na despesa fiscal, enquanto para os cidadãos estrangeiros a vender em Portugal representaria um acréscimo de quatro pontos percentuais face à realidade fiscal actual.
Porém, nesta proposta específica, e porque representa um acréscimo de custos fiscais para os cidadãos estrangeiros que vendem em Portugal, decidi analisar esta proposta em dois prismas. Na versão 1 apliquei as alterações fiscais às mesmas 50 propostas existentes no mercado às 20h25 de hoje. Assim, aplicando a mesma fórmula que nos exemplos anteriores e acreditando no mesmo milagre, teríamos uma receita total de 24 692,00cc.
Na versão 2 da análise a esta proposta procedi a uma ligeira alteração. Tal como defendi no artigo anterior, acredito que com uma alteração destas o mercado nacional deixará de ser minimamente atractivo para os cidadãos estrangeiros que tenham licença de venda para o mercado português. Partindo dessa minha crença pessoal, decidi retirar todas as propostas de cidadãos estrangeiros, ou seja saíram dez das 50 propostas iniciais. Com este novo factor tido em conta teríamos uma receita fiscal de 6 916,95cc.
Partindo destes cenários hipotéticos, o que sucederia então à receita fiscal estatal por via dos impostos aplicados na venda de armas Q7?
Bom, se olharmos ao quadro que abaixo publico verificamos que apenas na versão 1 da proposta do Tiago Matos obtemos um aumento da receita fiscal face à realidade actual, conseguindo o Estado Português arrecadar mais 2498,72cc do que a verba recolhida actualmente se as primeiras 50 propostas fossem compradas.
Os restantes dois cenários iriam resultar numa perda de receitas fiscais para o Estado Português. Nomeadamente no que diz respeito à versão 2 da proposta do Tiago Matos, em que retirei as vendas estrangeiras em Portugal. Se tal acontecesse, como alguns defendem que deve acontecer, neste cenário hipotético aqui traçado o Estado português teria uma perda de receitas fiscais de 15276,33cc face à realidade actual.
Já no que diz respeito à proposta do Duque do Porto, se a mesma fosse aprovada, o Estado português iria perder nestas 50 propostas uma verba total de 9222,60cc.
Ou seja, do meu ponto de vista o único cenário em que o Estado português conseguiria um acréscimo das receitas fiscais por via da venda de armas Q7 seria se a proposta do Tiago Matos fosse aprovada e sem a saída das propostas de cidadãos estrangeiros. Algo que não acredito que sucedesse.
E pronto, assim fica mais um modesto contributo para este debate do congresso português.
Abraço a todos a partir da Argentina
~~~~ SHOUT IT ~~~~
[Impostos] Mais alguns considerandos sobre receitas fiscais
http://www.erepublik.com/en/article/2452870/1/20
Comments
Este estudo só deu para rir.
Seria Milagre comprarem sequer as 400 primeiras armas do texou.
Seria o fim do mundo se comprassem todas como o estudo que fizeste.
Estudos baseados em surrealidade são obviamente surreais.
Sim, está demonstrado que o estado perderia receita.
A partir do momento em que o país passasse a diferenciar em mais de 1% a diferença de vendedor nacional e internacional, dificilmente algum estrangeiro iria vender cá porque no mercado de origem ou noutro onde tivesse a licença seria mais vantajoso.
É o que eu digo, IT tem de ser de 1%, se for 2% já poderá não dar lucro ou dar menos lucro ao vendedor estrangeiro e ele deixa de vender cá, não ajuda a descer os preços no mercado e ainda por cima não paga impostos cá.
Boa análise, obviamente votado.
o mercado está estagnado... só com um milagre é que vendiam tanta arma... mas votado. O estudo é um exercício útil.
Bom estudo 🙂
Essas weaps que tenho no merc tuga são para posterior venda num momento de inflação no blackmarket 😃
Só referir que no estudo Tiago Matos V2 obténs menos receita também porque assumes que a procura diminui ou vai a outro lado se aquelas ofertas desaparecem e o valor for superior a 21PTEs.
Esta é uma das muitas variáveis que não se controla.
Para se fazer um estudo conclusivo seriam necessárias variáveis como:
Oferta: Quantidade, valor, periocidade
Procura: Quantidade, valor máximo disposto a pagar, hora de compra
E mesmo assim não controlavas tudo pois, num exemplo rapido, um jogador pode estar disposto a pagar só até 6. E de manhã haver a 5,99. Mas vem esse jogador de manhã ou de tarde?
Não é fácil e invejo quem com maior ou menor eficiência se dispõe a apresentar dados para tentar argumentar uma opinião.
Votado
E quanto mais não seja, o artigo serviu para me lembrar que tenho armas à venda xD
Mais uma vez, parabéns pelo artigo.
Mas acho que tem algumas falhas...
1º Acho que só deviam ser considerados valores realistas (sou novo aqui, mas acho que ninguém compra armas a 20cc), pois são os preços mais altos que provocam as maiores diferenças.
2º Quando tiras os jogadores estrangeiros, deves substitui-los pelo mesmo número dos portugueses que vierem a seguir, pois a oferta é maior que a procura por isso pode ser considerada ilimitada.
3º (este não é falha) Há factores que dependem uns dos outros, pe, com menos ofertas (realistas), os preços têm tendência a subir, pois não é preciso baixar tanto para conseguir vender, obviamente não há aqui ferramentas que possam dar dados sobre esta elasticidade do mercado.
De qualquer forma, penso que estás a apontar o caminho certo para se fazer este tipo de análises, por isso, mais uma vez parabéns.
Votado.
Concordo com o RMarujo, acho q devias tirar da anälise os valores que estäo completamente fora da margem razoävel. Acho q tudo o que esteja acima de 10 PTE ë irrealista neste momento.
Esses numeros provocam uma distraccao sobre o conteudo do artigo. relativamente âs alteracoes fiscais constantes e impactos no mercado.
Apesar de como ja foi referido, a analise ter algumas falhas, acaba por demonstrar com numeros e não apenas teorias, o impacto que as varias prepostas poderiam ter nas receitas do estado.
Uma das coisas que me salta a vista é que uma das razões que é utilizada para defender o aumento da import tax é para acabar com o preço mais competitivo de quem se encontra no estrangeiro, mas se temos "apenas" 20 % de ofertas de estrangeiros (em termos de ofertas e não de quantidades oferecidas) o mercado não esta assim tão inundado como alguns querem fazer crer.
Como foi referido existem ofertas com valores irealistas, mas será que o valor da oferta mais baixa é competitivo? 6 cc quando se pode comprar noutros mercados a menos de 5.5cc?? estamos a falar de um valor 9% mais baixo, e nem é preciso gastar moving tickets/ cc em deslocações, basta ir ao #itrade.
Embora perceba a crítica em relação aos valores considerados no estudo, deixo duas notas:
1 - Não é a primeira vez que, de repente, há compras massivas de armas nos mercados locais. Normalmente ocorre nas ´vésperas de torneios, é claro. Uma das últimas vezes que tal sucedeu as armas chegaram aos 17/18cc sensivelmente. Não é tão descabido assim este cenário, mas percebo e compreendo os vossos reparos RMarujo, jotapelx e Gameiro101.
2 - O principal motivo que me levou a procurar uma amostra com 50 propostas foi o ter um universo de estudo amplo, que não fosse contaminado por uma ou outra proposta mais "descabida". É claro que isso tem o seu lado positivo e negativo.
Votado.