ANÁLISE DO MODELO SEMIÓTICO-TEXTUAL
Celio Azevedo Jr
Teorias da Comunicação
O modelo semiótico-informacional fala da negociação entre emissor-receptor, a transferência da informação para a transformação de um sistema em outro, garantida pelo código, afirmando que a dessimetria entre os mesmos não é tida de forma suficiente em consideração. O modelo semiótico-textual aparece como um desdobramento mais complexo da teoria semiótica.
Nesse modelo já não são as mensagens que são veiculadas, o que pressuporia uma posição paritária entre emissores e receptores, e sim os conjuntos de práticas textuais como afirma Mauro Wolf em sua análise.
Na década de 80 o autor também detectou a crise em que o modelo informacional e seus desdobramentos estavam. Os motivos foram a presença de quadros de referência mais gerais para os estudos dos mass media, a mudança de problemáticas consideradas principais, a progressiva inutilidade da pesquisa empírica de baixo perfil e a existência de abordagens diferenciadas sobre o conceito de comunicação.
Os signatários recebem, além de mensagens reconhecíveis a partir de códigos compartilhados, conjuntos de práticas textuais oriundos da Cultura, possibilitando a apreensão do modo como os dados sociológicos dos aparelhos dos mass media (fluxo unidirecional, centralização, formatos rígidos, etc) se transformam em mecanismos comunicativos que incidem sobre os processos de interpretação, aquisição de conhecimentos e sobre os efeitos do veículo.
O que falta ao diagnóstico de Wolf é a expansão da presença e da importância da dimensão da Cultura e das mídias na sociedade atual, além de se perceber para onde a tradição teórica estava migrando, como as das ciências cognitivas. Embora o campo seja muito híbrido, é possível afirmar que um sétimo tipo de modelo do processo comunicacional surgiu nele, o Modelo Cognitivo, que trabalha com a lógica de que a mente é um sistema que trabalha com as informações.
Célio Azevedo.
Comments
Promete que é a última palavra, vai!
Impossível.
faltou um ou dois parágrafos no fim associando diretamente isso a algum contexto do erepublik, mas está de parabéns ao menos por ter trazido um pouco de palavras difíceis e este dialeto de ciências humanas é importante ser trabalhado dentro do jogo, muitas vezes o jovem quer expressar uma idéia e não possui a linguagem necessária, noutras, falta quem tenha uma bagagem cultural que permita contra-argumentar coisas que são ditas como verdades absolutas aqui.
jogos como o erep na minha opinião deveriam ser divulgados para mais gente, usados como ferramenta de aprendizado político em escolas, universidades, etc. Parabéns pela iniciativa, mas tenta relacionar mais com o jogo!
abraços
A idéia do modelo em questão representa a ditadura da mídia de massa perante ao simulacro que a existência cosmopolita implica no cotidiano daqueles que em si, e por si, objetivam a satisfação aparente em detrimento ao coletivo individual. Claramente inspirada no Cubismo de Picasso, o artista em questão, no caso eu enquanto máquina, imprimiu de forma inebriante as desvantagens singulares que os máscaras da sociedade pós-multi-culturalismo eu não acredito que você está lendo até agora. Pegadinha do malandro. http://tinyurl.com/verduraouvermole
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