Levantar Âncora

Day 3,042, 16:05 • Published in Portugal Hungary • by RMarujo

Há algum tempo, quando navegava sem rumo na net, dei com um novo mundo, o eRepublik.
Aportei em ePortugal e misturei-me com os indígenas.
Fiquei fascinado com os seres que por lá habitavam e pela forma como viviam.
Todos se odiavam e todos se amavam.
Todos dependiam dos outros, mas todos tentavam aniquilar os outros.
Lá vivi bons momentos, era um lugar onde a união dependia dos confrontos, a força derivava dos conflitos, ou seja, nada era estático e pacífico, por isso todos estavam vivos e lutavam por algo.
Tenho pena de não ter lá chegado mais cedo, pois pelos relatos dos anciãos, os tempos áureos já tinham passado (embora os anciãos digam isso em todos os mundos), mas ainda vi esta comunidade tornar-se num império, cheio de pujança.
Um dia tive noticias perturbadoras da minha terra natal (RL) e tive que recolher á minha embarcação, só indo a eTerra para trabalhar e treinar.
Passados uns meses, quando voltei, tudo estava diferente, ninguém brigava, ninguém se insultava... ninguém vivia... como se uma peste tivesse aniquilado grande parte da população.
E senti-me novamente um estranho, mas sem vontade de me tentar integrar numa comunidade onde poucos se lembrariam de mim, pois também não deixei lá nenhum legado ou feito marcante.
Escrevi bons artigos neste diário, modéstia á parte, (gostava que lessem a minha trilogia "Why I Love Havoc Legion"), e foi difícil metê-los no TOP 5 dos artigos, e este artigo da treta só com o meu voto vai lá chegar, e provavelmente ninguém o vai ler.
Mas tinha que o escrever para que o meu último artigo não fosse politico, pois foi sempre o que menos gostei de lá fazer (e menos jeito tinha).
Forreta como sou, vou aproveitar o resto do tempo de ginásio que já está pago, e depois vou levantar âncora destas terras, vou ter saudades, e não ponho de parte voltar um dia, mas temo que quando voltar já cá não encontre ninguém.
Agora é tempo de novas aventuras, noutros mundos.

Boa eVida para todos, e até um dia, aqui ou noutro porto.

Abraço