BARÃO DO RIO BRANCO: SER FORTE PARA GARANTIR A PAZ

Day 2,615, 16:14 Published in Brazil Brazil by Bar. de Copacabana
BARÃO DO RIO BRANCO: SER FORTE PARA GARANTIR A PAZ

por Tuniquinho do Arrebol

O Barão do Rio Branco sempre defendeu a tese da necessidade de ser forte militarmente para garantir a paz. Não haveria como manter uma postura de liderança continental sem um poderio militar preparado e eficaz. Vejamos os escritos do nobre diplomata:

"Não depende da vontade de uma nação evitar conflitos internacionais.

Os povos que, [...], desdenham as virtudes militares e se não preparam para a eficaz defesa de seu território, dos seus direitos, e da sua honra, expõem-se às investidas dos mais fortes e aos danos e humilhações consequentes da derrota.

Entende-se entre nós que só depois de começada a guerra se aprende a guerra."


A partir destas reflexões, passo a analisar a nossa atual situação, sob o aspecto militar.

Há uma semana, em sede de comentário no Jornal do Ministério da Defesa, citei uma frase do personagem de Denzel Washington no filme "O Protetor":

You pray for rain, you gotta deal with the mud too.

Em tradução livre:

Se você reza por chuva, você deve estar preparado para lidar com a lama.

Estava me referindo ao nosso recente ato de agressão contra a Europa, particularmente contra a eUK. Na época deixei claro que a Grande Ilha iria reconquistar seus territórios e voltaria com força total.

Não estou aqui para criticar a ação militar, até porque ela foi fruto de uma decisão política legítima. Mas, perguntei, assim como ainda pergunto: o que ganhamos com isso?

Em nossa história recente, quando a eArgentina ocupava, inteiramente, o território nacional, a eUK foi uma das nações irmãs que se esforçou para tentar nos libertar, infelizmente em vão.

Dúvidas deixadas a parte, até porque prefiro não levantar polêmicas políticas, passo a analisar o real valor militar de ser aliado da eArgentina.

Não se deve negar que o poderio militar de nosso vizinho e eArgentina é algo a ser respeitado. Porém, este é rivalizado por outra potência militar em nosso continente, qual seja o eChile.

A nossa realidade territorial recente e a política atual parecem concretizar um determinado quadro: a subordinação pátria à vontade político-militar argentina em troca da devolução de nosso território. O grande irmão mais ao sul, em troca de nosso território e paz na fronteira, nos utiliza de fantoche para empreitadas violentas contra nações que até pouco eram nossas irmãs, mas inimigos capitais dos argentinos.

Qual o real comprometimento da nossa vontade política de preparar nossas forças armadas para que não sejamos apenas um fantoche de nosso "aliado"? Não seria o caso de mantermos uma aliança apenas política, acompanhada de uma neutralidade militar, até que estejamos fortes o bastante para decidir os rumos de nossa pátria?

Entrar em uma guerra por entrar, sem capacidade de manter os territórios ocupados e muito menos defender o nosso próprio território é uma estratégia militar legítima? Entendo que não. Só trouxemos perdas e vergonha para a nossa nação. Estamos testemunhando um caso de infantilidade ou, quero acreditar, de imaturidade político-militar?

Não estou fazendo um juízo de valor de nossas alianças, mas rogo para que nos preocupemos primeiro com a nossa realidade para depois decidir sobre a interferência na realidade alheia. A utopia de uma Sociedade Internacional nessa simulação parece que nunca irá se concretizar, a dinâmica do sistema imposto não permite. Mas somos donos de nosso destino e temos ainda alguma influência político-militar para decidir o caminho a ser tomado.

Um "aliado" que nos empurra para um conflito armado de grandes proporções é realmente um aliado? Pensem.

Por fim, já me adiantando às críticas que receberei por estar integrando a Marinha Real Inglesa (Royal Navy), informo que, por dever de consciência, submeti requerimento formal ao Almirantado inglês para lutar por minha pátria, mesmo que contra forças inglesas. De pronto fui atendido.

Finalizo esse artigo com a frase clássica do maior general de todos os tempos, unificador do Império Chinês, Sun Tzu:

"O verdadeiro objetivo da guerra é a paz."

Busquemos a paz, a fim de nos prepararmos para a guerra.

Desejo a todos bons ventos e mares tranquilos. Tenham força e perseverança.

Cordialmente,

Tuniquinho do Arrebol
Almirante da Armada Imperial Brasileira
Barão de Copacabana



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