[Ditadura] Análise ao discurso do Grupo Ditatorial

Day 2,706, 04:03 Published in Portugal Portugal by General Destroyer


Caros portugueses

Como já todos estão a par, ou pelo menos deveriam estar, Portugal passou a viver, nas últimas horas, numa Ditadura. Este movimento antidemocrático foi imposto por um conjunto de goldbuyers sob o pretexto de que apenas queriam repor a democracia que, defendem eles, um grupo de jogadores terá “roubado” a Portugal.
Ora nós entendemos que é preciso desmontar esta tese e, sobretudo, demonstrar que alguns dos argumentos que apresentam no primeiro artigo público que emitiram após este acto cobarde são, na verdade, autênticas mentiras ou manipulação da realidade.

Analisem então o primeiro documento emitido pelo grupo ditatorial.

Como todos sabem, durante a tarde de ontem iniciou-se um golpe militar em Portugal. Ao contrário do que muitos dizem ou acham, o objectivo não é prejudicar Portugal. O golpe militar não foi feito para se subir impostos, não foi feito para se mudar a diplomacia de Portugal, não foi feito para se roubar o dinheiro, não foi feito para se fazer um “one-man-show”. Foi sim feito para governar.

Factos: Um golpe antidemocrático, imposto pela força dos Visa contra um governo democraticamente eleito e aceite pelo povo, não pode ser considerado uma acção militar para proteger ou favorecer o País. Os termos em que foi feito, no momento em que foi feito, é um ataque sério e hostil à democracia portuguesa, à grande maioria da comunidade portuguesa e aos valores democráticos que sempre nortearam Portugal.
Se este golpe não foi feito para mudar absolutamente nada, como é referido no artigo, então porquê levá-lo a cabo? Para afagar o ego de meia dúzia de goldbuyers que se julgam donos da comunidade e que acham que graças ao dinheiro que investem têm o direito de impor a sua vontade?

Quer-nos parecer que este golpe tem muito pouco de democrático.

Análise: Entre os principais promotores deste golpe militar estão seis antigos presidentes de Portugal. A saber: Sucateir0, CaioMario, PedroMagno, Xtryker, Passos Coelho, Thydan. Além de ex-líderes políticos e militares, como TugAvender, Andre3567, Mary Si, Johannes Valkkynen, Pedrito is Dark Side, entre outros.
Defendem muitos destes jogadores que temos vindo a ser governados - via Congresso e Governo - por um grupo muito restrito de jogadores, que oprimem a população e impõem a sua vontade. Motivo pelo qual tomaram o poder pela força, para devolver a moral e os bons costumes a Portugal.
Apresentando-se como verdadeiros D. Sebastião saídos das brumas da madrugada, estes “Salvadores da Pátria” omitem factos importantes e absolutamente decisivos para análise das verdadeiras intenções deste Grupo Ditatorial.
Muitos dos promotores deste golpe de Estado tiveram responsabilidades directas e de especial relevância na condução dos destinos nacionais no último ano e meio. Seis deles foram presidentes do País, muitos deles foram congressistas, líderes partidários, líderes de MU’s. Muitos deles, democraticamente eleitos, tiveram nas suas mãos a possibilidade de mudar o destino do País, o rumo diplomático, militar, económico e social. Alguns deles preferiram hostilizar as instituições democráticas acusando-as de impedir a sua governação quando, em vários casos, estavam “apenas” a impedir que a incompetência governativa trouxesse ainda mais estragos ao País.

Agora, instados por um mecanismo ingame, procuram impor a sua vontade sob a capa da democracia e da Salvação da Pátria. António de Oliveira Salazar não o diria melhor.



Passemos à análise de mais uma parte do artigo.

Explicaremos agora no texto que se segue algumas linhas de ideias que serão seguidas, e algumas informações. Comecemos pelas informações:

-> Haverá governo como todos os meses. Isto é, haverá Vice-Presidente, Ministro dos Negócios Estrangeiros, Ministro da Defesa, Ministro das Finanças e Ministro do Desenvolvimento Social, e respectivas equipas;
-> As Organizações Governamentais FA Portuguesas e Cantinho dos Novatos continuarão cedidas à Unidade Militar FAP, e projecto privado eEscola, respectivamente;
-> O governo eleito continuará a ter voz. Incluir-se-á o presidente eleito nas discussões, e decisões, tal como a equipa por ele escolhida;
-> Continuará a haver comunicação com o congresso, e consulta do congresso antes de serem tomadas decisões que afectem o país.


Factos: Não passa de uma declaração de intenções. Tão credível como a credibilidade que tem um grupo de jogadores que, pela força e contra a vontade democrática de um povo expressa nas urnas no dia 5 deste mês.
Podem estes elementos argumentar que a escolha foi entre “um mal menor”. Pois bem, onde estavam então estes patriotas no passado dia 3 de Abril? Por que não regressaram ao seu País, como agora fizeram, e se submeteram à vontade do povo, com o seu programa eleitoral, a sua equipa governativa, os seus projectos? Receio de verem o seu projecto chumbado nas urnas? É que pelo condicionamento da população não poderia ser de certeza, já que o projecto que agora apresentam é aparentemente tão bom que não há como não votar nele.

Análise: Se havia assim tanta vontade de manter todas as instituições a funcionar normalmente, por que motivo lutaram então para impor uma ditadura? Pela medalha no perfil, pelo orgulho ferido após o desastre inglês? A verdade é que o actual Ditador foi um dos impulsionadores do ataque ao Reino Unido, procurando associar a vontade do Governo de lançar um NE ao UK ao plano que estava a ser traçado pelo MEK para assinalar o MEK Day 2015. Foi também o actual Ditador um dos elementos que incentivou o CP em funções a colocar mais Combat Orders e a ignorar as vontades do Congresso, para podermos ter verbas disponíveis para vencer a campanha com o UK.
Interesse mesmo em vencer a campanha ou desejo de sacar o mais possível os cofres do Estado? Fica a questão.

A verdade é que este processo de intenções anunciado pelo Grupo Ditatorial não passa de um rebuçado que se dá a uma criança. Basicamente aquilo que o grupo pretende é criar um aparente clima de democracia em que CP, vCP e restantes ministros fazem um papel de fantoche, sempre poderem fazer o que quer que seja para contrariar os planos do Grupo Ditatorial, visto que apenas este tem poder de voto.

Uma ditadura efectiva precisa de criar um clima de aparente democracia, acenado com eleições “livres” enquanto se socorrem de alguns fantoches para legitimarem a sua autoridade através do voto popular.



Analisemos, pois, mais um trecho de fabulosa prosa.

Em relação a este mês concretamente, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Squibeel, continuará em funções. O MoD não deve querer, e o MDS já deu a sua opinião, negativa. Sobre o MoF, preferimos não compactuar com o mesmo este mês, a não ser que o presidente eleja um novo. de qualquer forma o convite está feito.

Factos: Mantém-se os ministros que não afrontam o Grupo Ditatorial. Os que são contra são pura e simplesmente eliminados.

Análise: Esta benevolência é mais um pseudo-sinal de democracia e liberdade, um pouco há moda do democrata de Santa Comba Dão, que até eleições “democráticas” promovia. Depois, claro, ocorriam encontros ocasionais, como aquele que levou Rosa Casaco ao encontro do general Humberto Delgado nos arredores de Badajoz a 13 de Fevereiro de 1965. É claro que estas decisões do Grupo Ditatorial são meras “obrigações” para manter a funcionar de forma adequada a democracia no País. Forçados a tal, coitados. Quase à semelhança do desgraçado do Rosa Casaco. “Disciplinadamente tive de aceitar a missão, mas não deixei de chamar a atenção dos meus superiores para os perigos que implicitamente acarretaria tão perigosa incumbência”, contava em entrevista, a 21 de Fevereiro de 1996, o antigo chefe da Brigada da PIDE.



Debrucemo-nos sobre mais um troço desta auto-estrada da democracia.

Seguindo então para as ideias, e planos para o futuro:

-> Abrir-se-á uma PM entre o conselho de revolução de e o CP eleito nesse mês e iremos seguir o programa deste, caso a maioria dos gestores concorde com ele.

-> O conselho de revolução irá nomear um MoFA, um MoD, um MDS e um MoF que irão ajudar os ministros do governo eleito.

-> Caso o Ditador não tenha acesso a um lugar secreto para comunicar com o congresso, este irá tentar facilitar e arranjar maneira de comunicar e levar as opiniões dos congressistas em conta para não prejudicar o país.

-> Todos os MPPs assinados serão falados com o congresso primeiro e com a equipa do Presidente eleito nesse mesmo mês.


Factos: O Grupo Ditatorial impôs uma ditadura para manter tudo como estava. O congresso pode votar, os ministros têm uma palavra a dizer, políticas a definir, rumos a seguir. Há uma abertura total para o diálogo.

Análise: Afinal de contas o Grupo Ditatorial impôs uma mudança para ficar tudo igual. Espírito democrático ao mais alto nível, sendo que, no fim, apenas um tem o poder de voto e de decisão. É assim uma espécie de União Nacional, em que não se sabe quem são os elementos que a constituem, quem são os elementos que compõem os órgãos de decisão, mas onde se sabe que a palavra final é, afinal de contas, a do Ditador.
Como afirmava o Decreto n.º 21608, de 20 de agosto de 1932, e basicamente o Grupo Ditatorial defende, “os direitos e liberdades individuais dos cidadãos constituem garantias fundamentais, que derivam da natureza fim do homem, mas na sua acepção e exercício não podem ir contra os de outrém, ou contra os da sociedade, ou contra a moral, e podem ser legalmente suspensos se o exigir a salvação comum”.



Olhemos agora para a Pièce de Résistance deste artigo.

Antes de dar este artigo introdutório por concluído, repito o que acima já foi dito. Trabalharemos em conjunto com os jogadores eleitos democraticamente, o Presidente, a sua equipa e o Congresso, desde que haja vontade de trabalhar da parte deles. Nada poderemos fazer se não nos são dadas as ferramentas para trabalhar em conjunto, ou se não houver interesse por parte do Governo/Congresso em trabalhar em conjunto.

Factos: Apesar de não se saber quem são os membros que compõem o corpo gerente/administrativo deste Grupo Ditatorial (sabemos que é a “cabeça” da equipa e quem é o BES do grupo, mas desconhemos os restantes elementos), eles estão dispostos a trabalhar com todos… Com todos? Não. Apenas com aqueles que afinem pelo diapasão do Grupo Ditatorial.

Análise: A postura radical e ditatorial do grupo não consegue ficar escondida até final do artigo e acaba por vir ao de cima em modo de contradição.
Mais acima refere-se que “caso o Ditador não tenha acesso a um lugar secreto para comunicar com o congresso, este irá tentar facilitar e arranjar maneira de comunicar e levar as opiniões dos congressistas em conta para não prejudicar o país”. Porém, nesta parte final, a máscara cai e fica o alerta: Ou é como nós queremos ou a nossa vontade é imposta. Ou, de forma mais disfarçada, “Nada poderemos fazer se não nos são dadas as ferramentas para trabalhar em conjunto, ou se não houver interesse por parte do Governo/Congresso em trabalhar em conjunto”.



Conclusões
A aparente boa vontade democrática do Grupo Ditatorial não passa, afinal, de uma máscara para procurar disfarçar os verdadeiros intentos do grupo. Ou bem que as coisas funcionam como o Grupo Ditatorial quer ou então, escudados na falta de colaboração do CP e Congresso para impor os seus desejos e vontades.

Em vários pontos o Grupo Ditatorial afirma que instaurou este golpe militar para não mudar nada na actual forma de actuaçaõ das instituições, ao mesmo tempo que trabalha para repor a democracia e salvaguardar o bem comum da população e do país. Só falta falar de Deus, Pátria e Família, para todos nos sentirmos impulsionados a colaborar com este grupo.

Porque ai daquele que não concorde com as suas linhas programáticas. Rapidamente será eliminado e silenciado, para a sua voz opositora não incomodar as mentes dos carneiros que aplaudem este ataque à democracia e à soberania do Estado Português.

Espero que este nosso artigo ajude os portugueses a perceber quais os reais intentos deste Grupo Ditatorial e como os mesmos, na verdade, são tão ou mais perigosos do que a Team Servia e todo o seu projecto de ocupação política e militar de Portugal.

De uma coisa temos a certeza: as acções ficam com quem as pratica. E o nome de muito bom jogador ficou agora conspurcado com o triste ataque à soberania e à democracia portuguesa.

Destes vossos amigos,

Bitorino
csc11


18.Abril.2015

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